RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência…

24 de maio de 2015

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

Sim, a RetroArkade existe para te lembrar como está ficando velho. E prova disso é o nosso assunto de hoje, o clássico Paciência, que completou 25 anos e continua sendo jogado por muita gente.

Foi exatamente isso que você leu. Aquele Paciência que estava em seu Windows 95 e sempre era jogado quando você enjoava (ou não tinha) os outros clássicos games para o sistema, ou quando não podia acessar a Internet pois não era sábado “depois das duas da tarde”, já está completando sua vigésima quinta primavera e com retorno confirmado para o Windows 10, após ter ficado de fora (pode ser baixado, mas não vem “de fábrica”) da oitava edição do sistema operacional da Microsoft.

E para mostrar que o jogo está com a popularidade em alta, a Microsoft vai promover campeonatos para promover a “volta” de seu jogo, e com certeza terá muita gente interessada em ser o melhor “Paciência” do mundo. Bom, hora de voltar no tempo novamente e relembrar nossos bons momentos com o jogo de cartas do Windows.

House of Cards

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

Embora estamos falando especificamente da versão digital, o jogo não é criação da Microsoft, claro. O Paciência que conhecemos vem lá do século XVIII e tem vários nomes de acordo com os povos. Entre os britânicos, era o “jogo da paciência”; os franceses o conhecem como “Sucesso” (com alguns relatos de que até Napoleão Bonaparte jogava em seus momentos de folga); enquanto os portugueses, e escandinavos chamam o jogo de “Kabal” ou “Kabala”.

Na época, os jogos de carta tinham um lance de “previsão do futuro”. Perder no Paciência ou não conseguir resolvê-lo (já que embora use estratégia, é um jogo que conta com a sorte do espalhar de cartas) era um sinal de maus tempos chegando, enquanto ganhar de primeira era sinal de muita sorte.

E o jogo foi sendo jogado e compartilhado até os anos 80, aonde entra a “firma” do Bill Gates. A Microsoft ainda não era a potência que é hoje e o Windows não era sinônimo de “sistema operacional” como é hoje (e foi mais ainda alguns anos atrás), porém já estava em crescimento com seus projetos. Com isso, em 1989 o estágiário Wes Cherry (que não recebeu royalities) desenvolveu a versão digital de Solitaire (o nome original de Paciência, tradução óbvia).

O objetivo do jogo nos computadores era servir como uma demonstração da proposta da Microsoft com o seu sistema, que consistia em elementos como mostrar a riqueza gráfica da época, com os gráficos EGA de 16 cores (lembre daqueles computadores dos filmes dos anos 80 de tela preta e caracteres verdes e entenderá a evolução) e o arrastar e soltar, algo muito comum nos dias de hoje, mas novidade na época.

E em 1990, o primeiro Paciência chegou ao Windows 3.0 (se você usou um Windows sem ser “de ano” e sem ser 7 ou 8… parabéns por todos estes anos de vida =D). Susan Kare, uma designer que havia participado do design de elementos para o Macintosh, foi a responsável pelo design das cartas. O jogo foi inserido no referido Windows e após isto, virou a febre que dura até hoje, especialmente por causa da propagação dos computadores e praticidade, já que era o computador quem embaralhava pra você as cartas.

A, 2, 3, 4…

As regras são bem simples e facilmente assimiladas por quem começa a jogar, seja no computador ou no baralho mesmo. São 52 cartas espalhadas em um monte de 7 cartas que da direita para a esquerda contam de seis a uma carta, e as cartas restantes vão para o monte. O objetivo é criar quatro colunas com as cartas em seus devidos naipes na ordem numérica, usando o monte das sete cartas como apoio para facilitar as cartas que são viradas, respeitando a alternação entre vermelhas e pretas.

Ganha quem consegue completar as quatro colunas de cartas com seus devidos naipes e perde quem “trava” no jogo, não conseguindo nem completar as colunas nem mover novas cartas para o monte.

Haja Paciência…

Com o sucesso do primeiro jogo, foi natural que além das atualizações gráficas e visuais de acordo com as novas versões do Windows, novas maneiras de se jogar Paciência apareceram. Da própria Microsoft podemos citar algumas, como o Free Cell, versão simplificada que veio com o Windows 95 e o Paciência Spider, que acompanhava o Windows XP e também fez muito sucesso. Isso sem mencionar os inúmeros jogos que chegaram aos computadores e celulares com o passar dos anos.

Abaixo, veja algumas versões lançadas de Paciência, vendo como mudou pouco com o passar dos anos:

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

Aprendendo a jogar cartas pelo computador

RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência...

Um jogo popular como Paciência obviamente iria gerar um legado sem precedentes. O maior deles: ensinar a jogar cartas por computador. Se hoje temos Hearthstone, um pouco do crédito deve ir ao Solitaire. Outros jogos de cartas para videogames e computadores, como o Pokémon Trading Card Game ou o SNK vs. Capcom – Card Fighters, também tomaram umas aulinhas de Paciência para trazer suas propostas de jogo.

Claro que não estamos falando de influência direta, mas também não tem como reconhecer que algo tão “analógico” como um jogo de cartas não foi melhor transportado ao mundo digital com o jogo de cartas da Microsoft.

Qual a melhor maneira de comemorar os 25 anos de Paciência? Jogando, ora essa! Aproveite para relembrar os bons momentos que passou quando o jogo era a “única opção” de seu computador e hoje, com tanta coisa disputando a nossa atenção, continua sendo um preferido.

2 Respostas para “RetroArkade: 25 anos de Paciência, muita Paciência…”

  • 24 de maio de 2015 às 13:56 -

    Renan do Prado

  • Ahhhh Paciência…. matou meu tédio muitas e muitas vezes no passado kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Paciência Spider eu não era bom, e Free Cell nunca consegui terminar, mas paciência eu mandava bem!!!

  • 24 de maio de 2015 às 18:32 -

    Giovani

  • Eu jogava muito o 3D Pinball no Windows 95.

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