RetroArkade: A união entre HQ e videogame nunca foi tão perfeita como em Comix Zone

19 de outubro de 2014

RetroArkade: A união entre HQ e videogame nunca foi tão perfeita como em Comix ZoneEm terra de videogame, leitor de HQ é herói! Pelo menos em Comix Zone, um dos jogos mais interessantes já lançados para o saudoso Mega Drive. Quer relembrar como era bom “folhear páginas” no jogo? Então vem com a gente!

Os anos 1990. Talvez o último suspiro da verdadeira criatividade e liberdade de ideias. Não que vivemos em uma era ruim, mas o medo de perder dinheiro faz com que as empresas de jogos sempre lancem jogos iguais e iguais, deixando a liberdade criativa apenas para os independentes (e um viva aos indies!).

Mas não foi sempre assim. No “auge máximo” da guerra entre Nintendo x SEGA (que cá pra nós, era muito mais saudável e divertida do que esta que estamos vendo nas eleições) vimos grandes pérolas aparecerem para aquecer a disputa e entre muitas que nem vou citar aqui (para ganharem RetroArkades próprias no futuro), existiu Comix Zone.

Já falamos sobre este jogaço em outra oportunidade, mas não custa relembrar mais uma vez: o que era você ter controle de um personagem (Sketch) que é jogado para dentro de sua própria HQ pelo vilão que ele próprio criou? E passar por desafios que saiu de sua própria mente pois a história é dele? E porquê diacho uma ideia tão simples e excelente como esta fica engavetada nas reuniões de negócios das desenvolvedoras hoje?

RetroArkade: A união entre HQ e videogame nunca foi tão perfeita como em Comix Zone

Pois bem, só a ideia já valeria comprar o cartucho, mas além disso, o jogo é muito bom! Bem construído, com um “herói” bem carismático e personagens bem modelados, e de forma literal, pois o vilão os desenha na sua frente e ainda te desafia com frases bem clichê que você gosta.

Os cenários são os quadrinhos da fase, passando quadrinho a quadrinho e podendo até escolher seu caminho em algumas ocasiões. Os desafios são de certa forma os mesmos o jogo todo (luta – aciona alavanca – usa o ratinho para alcançar onde você não chega), mas não é tão repetitivo assim. O que o jogo é: DIFÍCIL PRA CARAMBA! Se você reclama de Dark Souls, jogue um pouco de Comix Zone então. Os inimigos são apelões, bloqueiam seus golpes com frequência e exigem muita habilidade de sua parte. Cair em um buraco é GAME OVER!

Mas a dificuldade logicamente não é um “ponto ruim”, é apenas algo feito para que quem curte esse tipo de desafio (e nos anos 90 os jogos eram realmente terminados apenas pelos bons!) e encarava o cartucho como um desafio a ser batido. Para os vencedores, a recompensa de se divertir enquanto “pula a página” (ou passa de fase, se preferir).

RetroArkade: A união entre HQ e videogame nunca foi tão perfeita como em Comix Zone

Música: a gente reclamava do som do Mega mas adorávamos as músicas dos jogos da SEGA. Com Comix Zone era a mesma coisa. Trilha tensa, mas ao mesmo tempo divertida, ajudando a criar o clima “HQzístico” do jogo. E após passar por inimigos desenhados e quadrinhos cada vez mais difíceis, a recompensa: uma luta final épica com consequências que não vou dizer para não estragar nada!

Comix Zone é um daqueles jogos que dá muita saudade. Além de bem feito e com uma direção de arte impecável, está lá na prateleira das grandes ideias que ninguém tem mais (tirando alguns bons indies que temos por aí). Não sei você, mas seja remake ou alguma ideia “emprestada” deste título daria um jogo muito interessante, mesmo que fosse nas PSN/Live da vida ou mesmo em nossos celulares, não acha?

Mas felizmente você pode jogar Comix Zone em vários dispositivos: além de estar na PSN e Xbox Live, você também encontra o título na coletânea de Mega Drive também para Playstation 3 e Xbox 360, além de uma versão para PSP (que funciona no PSVita). Além disso, com aquele Mega Drive portátil que inclusive citamos outro dia, também é possível instalar este clássico e jogá-lo. E garanto: é muito legal ler HQ enquanto joga (ou jogar uma HQ), confira você também mais um clássico que fizemos questão de lembrar aqui!

6 Respostas para “RetroArkade: A união entre HQ e videogame nunca foi tão perfeita como em Comix Zone”

  • 19 de outubro de 2014 às 12:21 -

    Giovani

  • Cara!Comix Zone é demais mesmo!Tudo funciona perfeito nele.Quem não conhece tem que dar uma jogada.Se ele fosse lançado hoje,pela primeira vez,seria um sucesso com certeza.O áudio do Mega Drive só perde pro SNES na hora de reproduzir vozes,mas k entre nó,o SNES é um console que foi projetado uns 2 ou 3 anos depois.Tinha obrigação de ter um hardware um pouco melhor.Mas mesmo assim o som do Mega tem um timbre,um sabor nos graves que nenhum outro console tem. Junior.Adorei seu texto.Acompanhou meu café da manhã deste Domingo.Só achei que na parte “…No auge máximo da guerra entre Nintendo x Sega…” ficou um pouquinho redundante,já que auge pode ser entendido como o máximo de qualquer coisa.

    • 19 de outubro de 2014 às 15:56 -

      Junior Candido

    • Entendo essa guerra como uma sequência de “auges”, mas o máximo mesmo foi no ano de 1995! Daí a licença de ser redundante de propósito Valeu!

  • 19 de outubro de 2014 às 15:38 -

    Alan Carvalho

  • Eu só discordo quanto a dificuldade, sempre quando pego pra jogar eu acho de boa,  é questão só de pegar as manhas, tinha muito jogo mais difícil, mesmo assim era o meu jogo favorito do mega, com certeza tá no meu top 10 de todos os tempos  

    • 19 de outubro de 2014 às 15:56 -

      Junior Candido

    • Comix Zone é difícil, Contra é IMPOSSÍVEL! hehehehe

      • 28 de outubro de 2014 às 10:52 -

        Alan Carvalho

      • Só te digo uma coisa: Battletoads do nes.

  • 19 de outubro de 2014 às 21:30 -

    Paulo Macedo Junior

  • Um dos jogos que mais joguei na minha infância.

    Mas cara, ô diabo de jogo difícil!

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