Review do leitor – Toy Story 3 (PC, PS3, X360, Wii)

Toy Story é uma das maiores franquias de animação 3D já feitas e o terceiro filme não deixa a peteca cair. Será que o game de Toy Story 3 mantém o nível da animação? Confira neste review feito pelo leitor e colaborador Marcelo Costa!

Franquia do primeiro longa metragem da história do cinema totalmente animado em 3D, o jogo Toy Story 3 chegou para ficar no mercado brasileiro. Quem já viu algum dos três filmes da série sabe que os estúdios Pixar, responsáveis pelo título, mantém um nível de sofisticação capaz de emocionar crianças e adultos em cinemas ao redor do mundo.

Com TS3 não é diferente. Aqui, o jogo funciona tanto para aqueles que assistiram ao filme, como para aqueles que nunca chegaram perto dele. O jogo começa com um curta-metragem (outra especialidade da Pixar), onde o vaqueiro Woody deve resgatar um trem desgovernado cheio de órfãos, enfrentando o malvado Doutor Porquinho – sim, você que assistiu ao filme, há uma conexão com a primeira cena.

A produção do jogo ficou por conta da Disney Interactive, a mesma responsável pelo recente game Alice no País das Maravilhas. Se você conhece a versão do filme de Tim Burton para os consoles, não se assuste. A Disney soube corrigir muitos dos aspectos falhos da adaptação anterior das telonas.

Comparando, em Alice o país das maravilhas deve ser explorado livremente, o que confundia muitos jogadores, já que era possível passar pelas fases e voltar ao princípio dela, sem ao menos completar a missão pretendida. Em Toy Story 3 há também essa possibilidade, mas com missões muito mais coesas, que não deixam o jogador vagando pelo mundo virtual sem sucesso. O modo do velho oeste retrata todo o mundo que o xerife Woody vive. Desde a cidadezinha com povoados e seu prefeito pedindo para completar missões, a corridas a serem disputadas montando o simpático cavalo Bala no Alvo, complementam todos os detalhes do universo Toy Story.

Este modo é também o mais difícil e complexo a ser completado devido a enorme quantidade de missões envolvidas. O estilo “western-RPG” atrai no começo, mas pode se tornar cansativo ao ficar olhando correndo de um lado para o outro para completar missões parecidas – e mesmo lembrando, não é o objetivo do jogo reproduzir algo como Zelda e seu cavalo em Ocarina of Time. Além disso, como os gráficos do jogo não chegam a ser muito detalhados (a escolha de uma engine que suporte apenas DirectX 9 em computadores certamente vai decepcionar aqueles que compararam o game nos consoles Xbox360/PS3), o que leva muitas vezes a buscar uma “agulha no palheiro” dependendo da missão.

Tirando a falta de preocupação gráfica, a Disney Interactive acertou em cheio em outros aspectos, como ao trazer os dubladores da versão brasileira do cinema para ambientar o game, favorecendo o entendimento dos fãs para todo o território nacional. Uma oportunidade única também para conferir como os brinquedos foram parar em determinadas cenas no filme – como no início, onde todos estão reunidos no baú com um telefone e o aparelho celular, mas como os aparelhos chegaram ali?

Após concluir a primeira missão do jogo, é possível escolher onde continuar jogando através de um tabuleiro. Há desde o videogame do próprio Buzz Lightyear – onde o jogador poderá voar, disparar raios laser e enfrentar criaturas espaciais – missões na casa do Andy ao modo do velho oeste descrito acima. Há fases que são feitas para serem jogadas em dois jogadores, onde ambos terão que trabalhar como uma equipe e para conquistar o objetivo. Mas cada uma muito bem pensada, exigindo bastante atenção sempre de quem está com o controle.

E um detalhe, após cada missão cumprida, haverá quase sempre um curta-metragem (engraçadíssimo) como se fosse uma cena excluída do filme. Esse ponto irá conquistar cinéfilos, mas também aqueles que estão jogando pela ótima estrutura que o jogo em si oferece. Assim como os filmes da Pixar, o jogo Toy Story 3 é uma ótima pedida tanto para crianças como adultos se divertirem por horas e horas.

Este review foi feito pelo leitor Marcelo Costa (@m_cello). Quer ver seu texto aqui no blog da Arkade também? Entre em contato através do nosso formulário e nós lhe daremos mais detalhes.

Fábio Torres