Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?

21 de abril de 2015

Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?

Tudo bem que a indústria tem que evoluir e produzir consoles e jogos cada vez mais modernos e completos, mas… que tal lançar hoje bons jogos para consoles antigos?

Recentemente postei uma matéria falando sobre Back to 1995, jogo indie japonês de survival horror feito nos melhores moldes “anos 90” possível: gráficos serrilhados, texturas em baixa resolução e telas de loading. Também é bem comum observarmos vários jogos se inspirando em gráficos 8-bit, como Mega Man 9 e 10 ou Hotline Miami. E não podemos nos esquecer de Pier Solar, o jogo feito por uma comunidade para Mega Drive que elevou as capacidades do console ao extremo (e ganhou versão para os consoles atuais)

E andei reparando que qualquer notícia que publicamos do tipo “Veja jogo X como seria no PSOne” ou “Confira este jogo que usa gráficos retrô” é sinônimo de curtidas, compartilhamentos e muita discussão da galera. E um comentário em Back to 1995, do leitor Carlos Schneider, me chamou a atenção. Ele diz:

Cara tomara q sua profecia se realize, sinceramente eu exijo gráficos bons só quando vou jogar no Pc ou no Ps4, no mais me divirto tanto quanto no meu Gamecube ou no Ps1 com bons jogos. Se olharem q tem mercado pra isso serei um dos primeiros a consumir jogos novos para consoles antigos assim como tantos por ai. As industrias fonográficas voltaram a investir forte no vinil, e isso prova muita coisa.

Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?

Isso me fez pensar. Coleciono discos de vinil e entendo bem as iniciativas recentes com os bolachões. Os discos não são hoje o melhor e mais prático meio de se compartilhar músicas, em tempos de iTunes e “downloads gratuitos”. Porém existe um público fiel, que além de buscar os clássicos, também consome muito lançamento em LP. Como fã de Bruce Springsteen que sou, tenho no acervo um Born to Run bem cuidado, mas ainda procuro um High Hopes (disco lançado no ano passado) em boa qualidade. Assim como U2 e tantos outros.

E se você vai em uma loja de vinil competente, é normal ver discos novos do Green Day, Foo Fighters e até de artistas nacionais como a Pitty e os Los Hermanos. Geralmente com recursos dos nossos dias, como a possibilidade de baixar todas as faixas em MP3. Além disso, temos que entender que a tecnologia do vinil também melhorou, com vitrolas mais espertas e discos sem chiados.

Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?

High Hopes, de Bruce Springsteen é de 2014 e tem versões em CD, iTunes e LP.

Seria uma boa algo semelhante com os videogames, não acha? As grandes desenvolvedoras tirando o pó dos kits de desenvolvimento antigos, e produzindo títulos interessantes para Playstation, Nintendo 64, Super Nintendo e muito mais. Claro que vemos muitos desenvolvedores independentes com projetos assim, mas estou falando de andar no shopping e ver um display de um Uncharted para o PSOne, só como exemplo.

Podia ser uma oportunidade para que os estúdios pudessem adaptar grandes sucessos ou mesmo fazer jogos exclusivos para estas plataformas, que contam com uma base instalada gigante (ainda existem muitos Playstations instalados em casas por aí) e eu pelo menos, fico muito curioso de saber como seria um título AAA feito hoje para qualquer console antigo usando de todos os recursos disponíveis hoje, para driblar as baixas resoluções, os gráficos quadrados ou os sprites de poucas cores.

 

Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?

Mas claro que sou a favor da evolução e de novas ideias e projetos. Claro que quero ver o Playstation 4, o Xbox One e até o Wii U mostrando suas capacidades em jogos melhores e mais completos. Mas também acredito que com bom planejamento, fugindo de riscos e produzindo material de qualidade, poderíamos sim ter um Assassin’s Creed ou um God of War para consoles de ontem. Se eles adaptam para celulares, também podem fazer o mesmo para o Nintendo 64.

Sem contar que desenvolvedores independentes podiam ter oportunidade de conferir novos meios de apresentar seus projetos, geralmente baseados na criatividade e não no explendor gráfico. Hotline Miami rodaria numa boa nestes sistemas (devidamente adaptado), só pra citar um exemplo.

Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?

E é isso, fica a sugestão para as empresas gigantes dos games: continuem evoluindo os jogos e consoles, mas tentem dar uma atenção para os consoles antigos. Claro que o sucesso não seria o mesmo do que um Bloodborne, porém, assim como o vinil, uma base fiel faria com que esse “novo ramo” não fosse uma aventura.

Todas as imagens dos jogos (NeoGAF)

19 Respostas para “Voice-Chat Arkade: Que tal jogos novos para consoles antigos, hein indústria?”

  • 21 de abril de 2015 às 16:30 -

    Xivisth 7's

  • esse povo ta nem ai pra gente, querem dinheiro. e retornar a um console antigo e fazer novos jogos na engine antiga, ou seja, sair do modo ‘produção em massa’ deles, não rende nada de dinheiro, soh prestigio.

    • 21 de abril de 2015 às 16:36 -

      André Costa

    • Não só como não dá dinheiro como gera prejuizos, só de pensar no tamanho da pirataria no PS1 e PS2 ja é de desanimar qualquer produção.

  • 21 de abril de 2015 às 16:52 -

    leandro leon belmont alves

  • a ideia seria bacana, seria um sonho se ainda produzissem jogos de PS1 e Saturn (why not?) por exemplo a essa época. mas acho que daria trabalho, não os jogos , mas sim re-produzir esses consoles novamente. sei que é possível achar até um Neo Geo  ou MSX em um bom estado se a pessoa quiser, mas nem todo mundo confia no Mercado Livre para fazer compras dessa. quem sabe um dia isso aconteça e vire moda, mas por hora está longe de acontecer

    • 21 de abril de 2015 às 18:28 -

      Binholouco13

    • a solução seria a retrocompatilidade, eu mesmo adoraria poder jogar meu Soul calibur 3 de PS2 no meu Falecido PS3!

  • 21 de abril de 2015 às 18:07 -

    Juliano Szlachta

  • Sou MUITO a favor dessa ideia, mas com alguns jogos, como é o caso do Metroid e demais jogos que foram referência nessas plataformas. Mas como mostra a imagem ilustrativa, The Last of Us? Nem pensar. Pra que fazer algo que já temos e em um modelo superior? Se for por exemplo modelos de games estilo desses Indies que saem pra PC direto. Adoraria ver um Shovel Knight pra SNES ou Nintendinho ou um UnEpic pra PS1 ou Snes mesmo, seria perfeito. Ou qquer continuação de Super Metroid ou algo do gênero, sería sensacional.

    • 21 de abril de 2015 às 18:32 -

      Binholouco13

    • Exatamente o meu pensamento! se fosse possivel uma continuação de Sunset Riders ou mesmo de SOTN! cara não pensaria 1 vez antes de comprar! rs 

    • 22 de abril de 2015 às 02:10 -

      Maykon Felix

    • Ja pensou se continuassem o jogo ‘Shenmue’ no Dreamcast? Ia ser simplesmente sensacional. 

      • 22 de abril de 2015 às 13:43 -

        Norktah

      • Rapaz esse ai eu to esperando desde que o dreamcast ainda estava em alta.

  • 21 de abril de 2015 às 18:22 -

    Binholouco13

  • Muito bom! pra acender mais ainda a discussão também penso em porque as empresas não dão continuidade a séries bem sucedidas nos sistemas antigos e que não deram as caras nas novas gerações ou não tiveram sucesso nelas? Já pensou jogar um novo Harvest Moon,Super Bomberman,Lost Vikings,Dig Dug,etc….

    • 22 de abril de 2015 às 12:19 -

      Paulo

    • foi lançado um bomberman para 360 imagino que tenha saido para ps3 tb, não foi bem recebido pela critica. dificilmente sairá outro visto que a hudson faliu 

  • 21 de abril de 2015 às 18:36 -

    Carlos Schneider

  • Fico honrado por ter ajudado a contribuir pra uma matéria de um site que gosto tanto. Já que vivemos a fase da remasterização seria algo sensacional ver jogos e franquias novas  ”demasterizados” como TLOU para consoles antigos assim como jogos inéditos. Infelizmente alguns obstáculos como a pirataria podem atrapalhar, mas existem INÚMERAS pessoas que comprariam tais jogos até pq ainda há um comércio forte de jogos e consoles antigos/usados tanto para colecionadores quanto para gamers saudosistas. A comparação com o Vinil é extremamente válida e representa bem que temos consumidores fiéis dispostos a ter o produto, tanto é fato que voltaram com força total. Tomara que tenhamos não somente iniciativas Indie de projetos assim, mas que as grandes produtoras invistam nessas idéias.

    • 23 de abril de 2015 às 03:50 -

      Babiro

    • Nem acho que a pirataria seria um obstáculo agora, pelo menos não um grande. Ao meu ver, a maioria das pessoas que têm consoles antigos, têm porque gosta, quer colecionar e poder jogar os clássicos, e a maioria iria preferir comprar o game original. Acho que a pirataria se deu mais por conta da falta de condição(óbvio) mas as pessoas que têm esses consoles têm também uma condição um pouco melhor. Afinal não é qualquer garoto de 14 anos que compra um Super Nintendo usado, por exemplo.

  • 21 de abril de 2015 às 20:14 -

    Janderson Siqueira

  • Sou totalmente pro. Eu mesmo acompanhei toda a evolução do Playstation e ainda mantenho toda a minha coleção com jogos antigos e novos, aproveitando a retro compatibilidade do ps3 fat. Uma pena que ele ta velhinho e eu já tive que conserta-lo duas vezes. Se o ps4 tivesse este recurso já o teria aposentado… 

  • 21 de abril de 2015 às 20:51 -

    Dinart Filho

  • Cara, como utopia/ideia/insight/whatever, isso seria fantástico. Há muitos developers independentes que pensam  quase que nas mesmas linhas que a matéria, porém a realidade é outra:1- É mais caro produzir um jogo pra consoles antigos que pros atuais:Os devkits antigos eram bem rudimentares se comparados a game engines, então vc precisaria de programadores pra fazer o alicerce em baixo nível (programar em baixo nível significa programar em linguagens mais parecidas com códigos interpretáveis por máquinas do que com a sintaxe humana, tipo zeros e uns e afins). Programadores de baixo nível (os faixas-preta da programação) são mais caros, raros e difíceis de recrutar e isso iria aumentar e muito o risco do projeto, a margem de lucro e o preço final do produto.2 – O mercado:Os fans de retrogames são uma minoria, lembrando que a segmentação retrogamer, na maioria das vezes está ligada a plataformas específicas (que só joga genesis, que só joga snes e por aí vai), o que dificultaria o mercado do desenvolvedor, uma vez que teria que acertar na mosca na plataforma desejada, ou isso ou portar pra várias plataformas, o que iria encarecer gigantescamente o projeto, visto que os devkits são totalmente diferentes, seria como fazer de novo o mesmo projeto.Prensagem:Prensar um cartucho é algo inimaginavelmente mais caro do que prensar uma mídia óptica. Chega a ser proibitivo e no final das contas, o processo seria artesanal, penoso e pouco lucrativo.Distribuição:Hoje a indústria do videogame é um ninho de cobras se devorando. Pra se tornar conhecido, relevante e bem sucedido, a grana pra propaganda teria que ser enorme (como sempre é), fora isso, o developer teria que ter um contrato com grandes varejistas e assegurar a quantidade que eles precisam. O que aumentaria e muito o risco do projeto que a essas alturas já é caro e penoso.Resumindo: O risco e a margem de lucro almejada não valem a pena. Produzir um jogo assim é mais como “ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro”. Seria algo pra se orgulhar no futuro, aparecer em sites obscuros e ter a prova material da paixão pelo retrogame. Funciona bem como atividade de fim de semana, não como projeto pra se ganhar dinheiro. 

  • 21 de abril de 2015 às 23:53 -

    mikemwxs

  • Questões muito relevantes. As grandes desenvolvedoras ganhariam muito se começassem a pensar um pouco fora da caixa. Muito trabalho indie tem explorado bem o mercado e se destacando justamente pela pegada retrô, explorando nichos ignorados pelo mainstream.

  • 22 de abril de 2015 às 08:36 -

    Leonardo

  • Isso que vocês estão pedindo tem nome.. se chama Demake! Eu sou a favor também, mas somente acho graça em demakes de 8 e 16 bits. Para a geração PS1 em diante, parece o mesmo jogo que o atual, mas somente com os gráficos piorados.

  • 22 de abril de 2015 às 12:34 -

    Diego Albuquerque

  • Eu faria parte desse publico fiel, com certeza!!! Só espero que as empresas possam de alguma forma ver esse apelo através dessa materia ou algo semelhante na internet (não pesquisei, mas imagino que já devem ter pensado sobre)!

  • 23 de abril de 2015 às 15:01 -

    Kevin Mariano

  • O único problema que vejo nisso e a portaria ser muito alta nesses consoles antigos e foram que muita gente vende o atual para pegar o próximo console

  • 23 de abril de 2015 às 16:03 -

    gibagehrke

  • Isso me faz lembrar da vez q a tectoy vendeu o Mega drive com lançamentos da EA, como FIFA e o Need for Speed Pro street convertidos da versão de celular

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