Análise Arkade: Andando pelas sombras de Contrast (PC, PS3, PS4, X360)
Já imaginou como seria depender da sombra de objetos e pessoas para realizar uma tarefa? Veja em nossa análise como a luz influencia o mundo de sombras e performance do recente Contrast!
Jogo indie de plataforma e quebra-cabeça que mistura 3D e 2D, Contrast foi desenvolvido pela Compulsion Games com uma premissa simples, mas que modifica consideravelmente a perspectiva do jogador. Essa é a válvula principal de Contrast: jogar por outra perspectiva, em similaridade com Portal, por exemplo.
Na prática, você se movimenta em um mundo em terceira dimensão, contudo, será levado a caminhar num mundo 2D de sombras para resolver puzzles e avançar no caminho.
A história – com clima de filme noir – é ambientada na década de 1920, e muitas referências àquela época são encontradas nos cenários, embalados ao som de jazz e influenciados pelo gênero performático “Vaudeville” – um estilo de show muito popular nos EUA e Canadá, desde o final do século XIX até o início da década de 1930, que reunia dançarinos, músicos, mágicos, acrobatas, peças teatrais, comediantes e até animais adestrados.
O ambiente, em parte distorcido e onírico como numa pintura de Salvador Dali, esconde alguns itens colecionáveis, que contêm certas informações sobre o enredo, em grande parte na forma de panfletos, jornais e outros escritos sem possibilidade de zoom, ou seja, temos que fazer um certo esforço para ler tudo.
Você joga com Dawn, uma mulher charmosa e silenciosa que acompanha uma garotinha chamada Didi, numa aventura envolvendo um pai endividado, a união de um casal e o grande mágico Vincenzo. Dawn pode pular, quebrar alguns obstáculos, mover objetos e, principalmente, andar pelo mundo das sombras.
A roda de uma bicicleta, um caixote velho, um saxofonista, pôneis num carrossel… Tudo pode se tornar caminho para Dawn no mundo das sombras. Deve-se aprender a lidar com a influência da luz sobre os diversos objetos para ter êxito. É curioso notar inclusive que os outros personagens existentes no game só são vistos através de suas sombras.
A determinada e esperta Didi é sua guia, levando Dawn através de variados locais em três atos do jogo. Pois é, são apenas três atos. Se há um grande pecado nesse game é sua curta duração, que pode ser de, aproximadamente, três a quatro horas, dependendo do seu ritmo de jogo.
Contrast começa a ficar mais interessante quando acaba, pois a história parece ter uma finalização apressada, com uma surpresa sobre o enredo e pronto. Fica aquele gosto meio amargo de que poderíamos ter mais levels e mais detalhes sobre a história — você definitivamente se sente no escuro, sem trocadilhos — , apesar de ter possibilidade de replay.
Se vale a pena? Sim, é um jogo muito interessante de se jogar e muito bonito de se ver. É como um show muito bom que fecha suas cortinas cedo demais, mas ainda assim vale o ingresso!
Contrast está disponível na PSN por R$ 31,00 e na Xbox Live por R$ 29,00. Na Steam, por R$ 24,99. Em breve, o game chegará também ao Xbox One.
Dream Caster. Assídua leitora de sci-fi e cyberpunk. Apaixonada por RPGs e puzzles. Quero desenhar tudo e tenho uma pandaren monk em WoW! Yay!
Babebiba
Cara, que jogo LINDO!
A Dawn tem cara de ser a Didi crescida. (:
PS: A abordagem com as sombras lembra Chroma!
Paulo Macedo Junior
Ok. Me convenceu. Comprando…
Luan Barbosa
Será minha primeira jogatina no meu vindouro PS4. \o/
Diego
Achei bem fraco o jogo, não li a análise, mas joguei e achei bem enjoativo! E olha que curto games no estilo
Juan
Diana o estilo do jogo é bem interessante joguei a demo e adorei vou ver se compro! Mas dos últimos arcades lançados o melhor foi o lançamento de CHILD OF LIGHT da Ubisoft o jogo é muito bonito e a mecânica do RPG lembra muito aquela que a gente jogava com os amigos na porta de casa! O jogo é simplesmente perfeito além de ser cute! rs
Inclusive queira ver uma análise do CHILD OF LIGHT aqui no Arkade.
Abraço.
Rodrigo Pscheidt
Também estamos jogando Child of Light, Juan!
Em breve nossa análise estará no ar, fique ligado! ;)