Análise Arkade: Hora de morrer ainda mais na DLC Ashes of Ariandel de Dark Souls III

A primeira DLC de Dark Souls III enfim chegou, trazendo uma área completamente nova, novos inimigos e muito mais mortes para os jogadores corajosos o suficiente para encarar o desafio. Então venha com a gente e vamos desbravar juntos nossa análise da DLC Ashes of Ariandel e tentar continuar vivos até o final!

Um mundo sem fogo, eternamente congelado

Uma das principais características de Dark Souls são suas DLCs, conteúdos extras que adicionam muito mais desafio aos games da série e expandem ainda mais seu complexo lore (que já discutimos na coluna Depois do Fim) e suas dificuldades. Pois há uma regra não dita no que se trata de DLCs na série Souls: Elas devem devem ser muito, muito mais difíceis. E dificuldade existe aqui aos montes, mas falaremos disso mais pra frente.

Ashes of Ariandel começa nos apresentando um novo e misterioso personagem que aparece na fogueira da Capela Purificadora em súplica. Ao falarmos com esse NPC, ele nos pede ajuda, nos pede para mostrarmos o fogo para uma dama, e nos apresenta um fragmento da Pintura de Ariandel, e ao tocarmos no fragmento, somos sugados para dentro do Mundo da Pintura de Ariandel, um lugar isolado em meio ao gelo e neve, que serve de lar para criaturas desgraçadas e perdidas.

E nossas boas vindas a esse novo mundo é uma criatura que nos diz para encontrarmos nosso próprio buraco apodrecido e ficarmos lá em paz, como as criaturas desse mundo. E logo começamos a entender o que está acontecendo, com a podridão tomando conta desse mundo, mas um coisa não muda: Assim como em Lothric, as criaturas desse mundo também querem nos matar, e elas conseguirão.

As novidades vindas do mundo gelado

Ashes of Ariandel apresenta vários inimigos novos para nos matar de novo e de novo. E conforme avançamos nesse novo mundo, os inimigos vão ficando mais fortes e mais grotescos. Temos cavaleiros em armaduras, matilhas de lobos gigantes e criaturas pavorosas, como moscas gigantes em seus muitos ninhos de milhares de ovos banhados em sangue. Ainda existem outros tipos bizarros de inimigos, mas não quero estragar a desagradável surpresa.

Junto desses inimigos, temos novos equipamentos poderosos para o jogador, com novas armas, magias e armaduras. Com destaque para a Espada de Ônix, uma poderosa espada com o poder do fogo negro, uma magia que dispara um disco luminoso que retorna para o jogador, e as Penas de Corvo, várias facas incrivelmente rápidas e que causam sangramento. Essas armas se tornarão um verdadeiro pesadelo para os jogadores que se aventurarem no PVP da série, que também falaremos mais a diante.

E o ponto principal, os bosses dessa nova DLC. Dark Souls é uma série com vários bosses incrivelmente memoráveis, daqueles que quem enfrentou jamais esquece. Como Artorias, Ornstein & Smough, Sif, Kalameet, The Pursuer, Aldrich, Nameless King entre muitos outros que tornariam essa lista enorme. E sempre novos bosses são adicionados, eles precisam de algo para ficarem marcados na memória do jogador, e esse algo a ser marcado é trauma.

Ashes of Ariandel possui dois bosses, um opcional e o seu boss principal, que é preciso ser derrotado para a conclusão da DLC. O boss opcional é bem difícil, porém a adaptação a ele é rápida. Mas o boss principal, é um dos que eu jamais esquecerei, pois exigiu de mim três horas seguidas (Não exige Rage Quit para mim quando se trata de Dark Souls, eu só paro quando consigo!) e dezenas de tentativas para conseguir derrotá-lo! A batalha é belíssima, com suas cutscenes, seu clima, a culminação do lore da DLC. E é cruel, sadicamente cruel!

Essa foi uma batalha tão intensa que só ela já vale a DLC para quem é fã de Dark Souls. Afinal, se você vai jogar a série, você tem que querer passar por esses apertos e momentos de pura raiva não é verdade? E nessa nova DLC, os jogadores estão muito bem servidos com doses cavalares de frustração e morte.

Uma DLC longa, porém curta

Algo que tem dividido um pouco a opinião dos jogadores em relação a DLC é sua duração. Coisa de mais ou menos 10 horas, contanto que você explore cada centímetro do mapa. Comparando com as DLCs de Dark Souls II e Bloodborne, a nova DLC é um pouco mais curta do que a dos jogos citados, mas isso não quer dizer que ela é uma DLC curta em si.

O mapa da DLC é gigantesco e labiríntico. Com várias áreas diferentes com muita exploração, além é claro dos vários inimigos a se enfrentar. A DLC possui áreas secretas que o jogador pode visitar, se procurar bem onde elas estão, e entre esses lugares, um certo ponto que agradará e muito aos fãs da série. Mas novamente, não quero estragar a surpresa.

Se por um lado a DLC é menor que as de outros jogos da série Souls, por outro lado ela compensa isso com sua enorme dificuldade. Que como já mencionado é muito cruel. Além de seu lore, que a primeira vista parece simples, mas se o jogador se aprofundar em seus detalhes conseguirá entender plenamente sua trágica e impressionante história, com alguns pedaços de informação que enriquecem ainda mais o já grandioso lore da série toda.

As arenas PVP

e a última novidade da DLC é a adição de uma arena dedicada a batalhas PVP. O modo de arena é acessível ao se adquirir um certo item dentro da DLC e usando-o na fogueira do Santuário. Na arena o jogador tem diferentes modos de combate, que são: Duelo, onde dois entram e um sai vivo, batalhas cada um por si para até 6 jogadores, e batalhas em grupo dois contra dois e três contra três.

Nos modos cada um por si, que vão de um contra um até 6 jogadores e nos modos em equipe, o que conta é o maior número de mortes contabilizadas. O jogador ou o time que matar mais inimigos sairá como o vencedor da arena. E ainda há um modo cooperativo, onde os jogadores podem chamar seus amigos para batalhar.

Por enquanto apenas uma arena está disponível, A Fornalha da Primeira Chama, porém outras arenas diferentes podem ser inseridas no game posteriormente.

E uma coisa muito legal é que a arena PVP possui regras, quase que inspiradas nas regras “informais” que os jogadores de Dark Souls estabeleceram. E essas regras são: Frasco de Estus proibido, ou seja, proibido uso de itens de cura. E Frasco de Estus das Cinzas limitado, ou seja, você pode recuperar seu MP, mas de forma controlada. Além disso, as batalhas possuem limite de tempo, se uma batalha estiver demorando demais pra ser concluída, um contador avisa quando estiverem faltando 30 segundos para o fim da luta. Se ninguém morrer até lá, no caso do modo Duelo, é declarado empate entre os jogadores.

Conclusão

Ashes of Ariandel é uma DLC obrigatória para todos os jogadores de Dark Souls III. A DLC é recheada de novos inimigos e uma dificuldade realmente absurda, com dezenas de mortes garantidas para os jogadores. Além disso, essa DLC era o que os jogadores mais ávidos pelo multiplayer do game mais esperavam, com um modo exclusivo para o combate entre jogadores.

Não se deixe levar pela “pouca duração” que a DLC tem. Afinal, o que ditará quanto tempo você levará para terminar a DLC é somente a sua própria habilidade, mas para o padrão da série, Ashes of Ariandel possui uma boa duração. Não é nem muito curta e nem muito longa, mas o principal de tudo: Ela é difícil pra caramba!

A DLC Ashes of Ariandel foi lançada ontem, dia 25 de outubro para Dark Souls III, que está disponível para PC, PS4 e Xbox One. O game ainda possui uma segunda DLC planejada para ser lançada no ano que vem.

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).