Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

25 de março de 2017

Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

Curte puzzles games criativos com boas doses de humor e desafio cabeludo? Então você precisa conhecer Death Squared, um jogo ótimo para se jogar tanto sozinho quanto de galera em coop local!

4 robôs e muita confusão

Death Squared é um puzzle game isométrico com uma proposta bastante simples: cada fase é um desafio único, onde seu  objetivo é simplesmente colocar cada robô em cima do círculo de sua cor correspondente. Parece fácil, né? Mas não se engane: este jogo possui um dos level designs mais sórdidos (no bom sentido) dos últimos tempos, e vai te fazer fritar os miolos muitas vezes!

Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

Existem basicamente 2 modos de jogo em Death Squared: o primeiro é o modo single player, onde um jogador sozinho assume o controle de 2 robôs diferentes, controlando cada um com um analógico. Aliás, o jogo adora “trollar” o jogador colocando o robô controlado pela alavanca esquerda do lado direito da tela, e vice-versa, então fique ligado!

Há uma pseudo-narrativa, que consiste basicamente de um operador conversando com uma inteligência artificial enquanto eles realizam testes de inteligência nos robôs. Os puzzles aqui são pensados para o formato, bem diferentes dos que encontramos no Party Mode.

Confira abaixo um pouco de gameplay single player:

O Party Mode, por sua vez, é a cereja do bolo: aqui temos um modo cooperativo local para até 4 jogadores, que coloca 4 robôs diferentes no “tabuleiro” e vai entregando puzzles cada vez mais complexos, que realmente testam o raciocínio e a capacidade de observação dos jogadores.

Esse é um daqueles jogos que não perde muito tempo com tutoriais e explicações: esteja você jogando sozinho ou com amigos, geralmente será simplesmente jogado em um cenário e terá que descobrir, na marra, como superar o desafio. Envolve muita experimentação, tentativa e erro, e, principalmente, coordenação das ações.

Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

Reuni mais 3 amigos e encaramos o Party Mode juntos. Confira 20 e poucos minutos caóticos e confusos do nosso gameplay abaixo. É uma pena que você não pode ouvir nossos berros e palavrões… e alguns detalhes a gente saca mais jogando do que assistindo, mas repare que em algumas fases, as armas de raios seguem os robôs dos outros jogadores, exigindo que o robô da cor correspondente sirva de escudo:

Gameplay e level design

Jogos geniais não precisam usar todos os botões do controle para serem bons. Em Death Squared cada jogador precisa apenas de uma alavanca analógica para mover seu robô pelo cenário, o que é mais do que suficiente para a resolução dos puzzles. É possível se abaixar, olhar para os lados, fechar os olhos, e tal, mas nada disso tem real utilidade no gameplay.

Por mais simples que pareça em termos de gameplay, Death Squared esbanja criatividade em seu level design. São puzzles inteligentes e elaborados, que aos poucos vão ganhando novas camadas — e mais dificuldade. Tiro o chapéu aos level designers, que estavam realmente inspirados na hora que criaram as (dezenas de) fases do game.

Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

Death Squared possui  aquele tipo de multiplayer que pode gerar discussões acaloradas, pois muitas vezes alguém vai achar que sacou um puzzle, quando na verdade só levou o time todo pro buraco. Mas ei, esse tipo de multiplayer costuma ser o mais divertido, então, embora jogar sozinho também seja bem legal, saiba que você só conhecerá o real brilho do jogo quando estiver no Party Mode com mais 3 players.

Audiovisual

O visual de Death Squared é simples, mas bem autêntico. Ele adota uma identidade com cara de laboratório, mas concede charme com os robozinhos, que são simpáticos, coloridos e podem até ter sua “cara” customizada com bigodes, pinturas e outros adereços simpáticos. Tem até o raio do David Bowie para você usar!

Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

A música está ali somente para cumprir tabela, e as locuções — que rolam em sua grande maioria no modo single player — se destacam pela maneira despojada com que conversam sobre temas variados. É um dos melhores papos entre homem e inteligência artificial que ouço desde a sagacidade ácida de Portal. Infelizmente não há legendas em português, mas quem entende um pouco de inglês vai se divertir muito com os diálogos.

Conclusão

Death Squared é um jogo que parece simples em uma primeira olhada, mas surpreende com puzzles extremamente inspirados, tanto para quem vai jogar sozinho quanto acompanhado. Seu Party Mode é incrível, e foi um dos coops “de sofá” mais divertidos que joguei desde o ótimo Overcooked.

Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared

Comprovando que boas ideias não precisam de execuções grandiosas nem gameplay complexo, este é um game que cativa por sua simplicidade, mas principalmente por sua criatividade, que é responsável por um desafio de alto nível. Se você está atrás de um jogo divertido e desafiador para curtir com seus amigos, dê uma chance para Death Squared e surpreenda-se.

Death Squared foi lançado em 14 de março, com versões para PC, Playstation 4 e Xbox One.

2 Respostas para “Análise Arkade: a genialidade cooperativa de Death Squared”

  • 24 de outubro de 2022 às 14:08 -

    Alex

  • Adorei a narrativa da matéria… jogo muito top a fase 72 pra mim até agora foi a pior kkk o modo party é muito bom sozinho também… sem palavras jogasso

  • 24 de outubro de 2022 às 14:10 -

    Alex

  • Vou visitar mais vezes aqui , quando precisar d uma explicação ou opinião sobre algum jogo …. parabéns a equipe

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