Análise Arkade: LastFight é pancadaria 3D no estilo do bom e velho Power Stone

1 de outubro de 2016

Análise Arkade: LastFight é pancadaria 3D no estilo do bom e velho Power Stone

Você jogou Power Stone? Curte esse tipo de jogo brawler de arena maluco? Então você precisa conhecer LastFight, game inspirado em uma HQ francesa (?!) que oferece uma pancadaria multiplayer muito divertida!

Contextualizando

LastFight é um jogo baseado em uma história em quadrinhos francesa chamada Last Man, co-criada por Bastien Vivès, Michaël Sanlaville e Balak. Confesso que nunca li a HQ, mas pelo que pesquisei, ela conta a história de um jovem lutador cujo sonho é ser o campeão do torneio de artes marciais de sua cidade.

A premissa é simples, mas ganha força com seu elenco de personagens. O jogo não tem muito lutadores — apenas 9 iniciais mais 1 desbloqueável — mas eles são bem variados, indo do bizarro ao cômico: temos guerreiras de armadura, homens-robô, mulheres-planta até homens-peixe, e por aí vai. Cada um deles tem suas próprias técnicas de luta e motivações para estar no torneio.

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A história da campanha é desenvolvida através de cenas estáticas.

O game pega um pouco dessa premissa, mas evolui para uma motivação no melhor estilo Double Dragon e Final Fight: sua namorada foi sequestrada pelo grande vilão, e para salvá-la, você precisa abrir caminho na porrada entre vários inimigos.

Pancadaria maluca tridimensional

LastFight não é um jogo de luta tradicional como Tekken ou Mortal Kombat. Sua visão é meio isométrica, o que concede total liberdade de movimentos para todas as direções. Muitos cenários inclusive têm níveis e plataformas, o que concede ainda mais mobilidade.

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Na prática, você possui três tipos de ataque: há um botão para ataques simples, outro para golpes especiais, e um terceiro para arremessos/utilização de armas e objetos do cenário, além de botões de pulo, esquiva e defesa. Os cenários são cheios de itens que você pode arremessar ou usar como arma: sofás, vasos, portas de avião (?!), bombas, televisões, armários, peixes (?!) e muito mais.

Alguns itens são simplesmente arremessáveis, mas existem power ups — tipo bazucas, mísseis, poções e luvas de boxe — que possuem habilidades únicas. Alguns cenários ainda contam com “armadilhas”, como a turbina do avião, que ocasionalmente funciona e puxa os guerreiros, causando dano.

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Tiro de bazuca à queima-roupa! :o

Também popam ícones que, quando acumulados, transformam o personagem em um mutante do Ben 10 superpoderoso. Dá trabalho juntar os 3 porque qualquer porrada te faz derrubar, mas quando você junta os 3, aproveite, pois o efeito dura poucos segundos, mas pode definir os rumos de uma partida.

Confira abaixo um gameplay 1 x 1 entre Richard e Coldkane:

Quanto mais gente, melhor

Se a luta acima não te deixou muito empolgado, fique tranquilo. LastFight fica realmente legal quando jogado em 4 players. As partidas entre 4 jogadores são bagunçadas e frenéticas, lembrando muito o bom e velho Power Stone. É armário voando pra todo lado, gente correndo e pulando loucamente, e muito mais.

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As brigas em equipes 2 x 2 são bem caóticas!

O modo campanha do jogo — que só pode ser jogado com 2 personagens — só oferece as lutas 1 x 1, de modo que a pancadaria em 4 players (que você também pode jogar sozinho contra a IA) fica renegada a um segundo plano, em partidas “avulsas”.

Confira abaixo uma caótica partida estilo “cada um por si” com 4 jogadores:

Legal, né? É aí que LastFight sem dúvida brilha, e oferece partidas extremamente divertidas. Mas é tudo offline — o bom e velho multiplayer local “de sofá” — então você vai precisar ter 4 amigos e 4 controles se quiser curtir o jogo desta maneira.

Há ainda um criativo modo de jogo chamado “pinball”, onde bolas gigantes são espalhadas pelo cenário, e os lutadores só tomam dano quando atingidos por uma “bolada” de outro jogador. A cor da bola muda, para todo mundo saber quem acertou quem. Novamente, é frenético, divertido e fica bem mais legal se jogado de galera.

Confira abaixo um gameplay do modo pinball:

Audiovisual

Como você deve ter reparado pelos vídeos acima, a produtora PiranaKing se esforçou para manter a essência da HQ intacta, de modo que todos os personagens falam francês. Felizmente, o jogo possui legendas em português brasileiro. A tradução vira e mexe dá uma escorregada, mas no geral quebra um bom galho. A trilha sonora fica na mesma: não surpreende, mas também não decepciona.

O visual em si é interessante por ser bem vibrante e colorido. Ainda que não esbanjem carisma, os personagens são bem interessantes e super diferentes um do outro. O jogo como um todo é bem simpático, e o visual de alguns lutadores até parece saído de alguma animação da Dreamworks, ou algo assim.

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O character design é muito bacana.

Provavelmente quem conhece a HQ e está familiarizado com estes personagens vai curtir muito mais o game, pois já está mais habituado com aquele universo. Mesmo sem essa bagagem, porém, é inegável que houve muito empenho em criar uma identidade visual bacana para o game.

Uma coisa engraçada é que a fonte utilizada para certos menus e mensagens é uma fonte que não possui acentuação, de modo que, quando traduzidas, algumas frases acabam ficando com caracteres bem zoados. Tipo assim:

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Fora este pequeno deslize, o jogo como um todo possui um ótimo acabamento, com poucos bugs e rodando suave (no PS4, versão que usamos para redigir esta análise).

Conclusão

LastFight é um jogo que pode acabar passando batido por muita gente, mas é especialmente recomendado para quem curtiu Power Stone, ou é fã de Super Smash Bros. e outros brawlers de pancadaria maluca. Se você conhece a HQ então, certamente vai pegar muito mais das piadas e referências e sem dúvida vai ter boas horas de diversão.

Análise Arkade: LastFight é pancadaria 3D no estilo do bom e velho Power Stone

Deixo o lembrete, porém, de que este é aquele tipo de jogo que só fica realmente legal se jogado de galera. Reunir os amigos para uma jogatina não é necessariamente obrigatório — como é em Chambara, por exemplo — mas é recomendável, pois certamente deixa tudo bem mais divertido.

LastFight foi lançado para PCs em maio deste ano em versão early access, e chegou em versão definitiva — e também ao Playstation 4 ao Xbox One — em 20 de setembro.

Uma resposta para “Análise Arkade: LastFight é pancadaria 3D no estilo do bom e velho Power Stone”

  • 3 de outubro de 2016 às 09:21 -

    Glauco Lima

  • Caramba, parece muito legal! Eu adorava Power Stone, sem dúvida vou experimentar esse jogo aí! Alguém sabe me dizer se tem demo disponível?

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