Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa’s Awakening

7 de março de 2017

Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa's Awakening

Os games do NES clássico eram realmente difíceis, lembra? No console inicial da Nintendo, tivemos games que se tornaram referência na dificuldade, atualmente fazendo o pessoal ‘da antiga’ até mesmo se questionar sobre como conseguia tal feito com idades tão baixas. Castlevania, Contra, Mario Bros, Metroid, todos estes games de plataforma eram extremamente difíceis, contando com recursos bem mais escassos e jogabilidade muito menos refinada do que atualmente. Antigamente, nem todos os games contavam com continues, load games, esperar para recuperar o hp ou qualquer outra ‘barbada’ dos games mais atuais (Dark Souls não conta, por favor), o desafio era muito maior.

A desenvolvedora Elden Pixels resolveu homenagear todos estes clássicos com Alwa’s Awakening, um game de plataforma com visual, dificuldade, ambientação e até mesmo sons que parecem trazidos diretamente da época do Nintendinho, em uma obra que encanta tanto quanto desafia.

Confira o trailer do game:

O Game

Em Alwa’s Awakening, você encara o papel de Zoe, uma garota normal que em uma noite de jogatina de videogames, acaba caindo em uma dimensão que não é a sua, evocada como última esperança pelo povo de uma terra dominada pelo mal. O game traz um background clichê, mas assim como os games mais antigos, o foco não era realmente na história em si, mas na jogabilidade e no desafio que ele trazia. De uma forma geral, antigamente os games tinham como foco ‘chegar ao final’, matar o chefão e salvar o mundo, princesa ou o que o valha, e Alwa’s Awakening segue essa premissa fielmente.

Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa's Awakening

Só mais um dia num vilarejo genérico

Jogabilidade Clássica

A jogabilidade do game é extremamente divertida, sendo um ótimo exemplo de game de plataforma estilo Metroidvania, com comandos simples, eficientes e que o jogador domina de forma rápida. A dica neste caso é jogar com um controle, para manter ainda mais o espírito retrô. Os comandos, simplificados, fazem Zoe andar para cima, baixo, direita e esquerda, assim como atingir seus inimigos com o bastão e lançar magias. Todo o combate é um pouco mais ‘duro’ como os games de NES (com movimentos mais retos), mas trata-se de uma enorme felicidade para os gamers nostálgicos.

Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa's Awakening

O game, como todo bom Metroidvania, conta com teleportes e checkpoints para viajar entre o mapa, facilitando a exploração. O game design é muito bem pensado como um game antigo: Áreas aparentemente inacessíveis no presente poderão ser visitadas no futuro com o advento de novas habilidades, os puzzles são simples e divertidos, geralmente envolvendo obstáculos a serem removidos/realocados, os inimigos dão respawn conforme você muda de área, sendo um problema caso você precise voltar, a quantidade de pontos de vida é extremamente baixa, o jogo possui muita atenção para parecer um game old school. A fórmula não é nada nova, mas é muito bem executada.

Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa's Awakening

Os Gráficos Apaixonantes

O aspecto gráfico de Alwa’s Awakening é encantador. A homenagem feita aos games de NES ficou incrível, parecendo realmente um game da época. Os gráficos são muito caprichados e detalhados, demonstrando uma maestria na utilização de pixel art: Os inimigos tem movimentos muito bem-feitos, os bosses são tão desafiadores quanto carismáticos (é adorável o design dos bosses) e os diferentes ambientes parecem ter muita vida acontecendo, mesmo sendo criados em 8 bits (se bem que em muitos momentos eu achei que estava mais para 16 bits, mas tudo bem).

Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa's Awakening

Que boss carismático!

Sons de Época

A trilha sonora é um show à parte: Nada menos do que 25 músicas inéditas foram criadas para o game, trazendo o melhor que há em matéria de game music retrô. Os sons do game também transportam o jogador para épocas antigas, com aqueles agudos mais estridentes e graves abafados e nostálgicos para muitos.

Ouça um pouco do som encontrado no game:

Conclusão

Alwa’s Awakening é um game difícil, cheio de desafios e áreas para serem exploradas, gráficos sensacionais, história simples e muita nostalgia. Tratando-se de um game criado por fãs de uma época antiga, ele não deve nada ao que homenageia, podendo ser considerado um clássico retrô fora de sua época (que nó na cabeça).

Alwa’s Awakening pode ser encontrado na Steam, para PCs.

Bonus: Saca só essa capa sensacional em estilo retrô!

Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa's Awakening

4 Respostas para “Análise Arkade: O retorno às plataformas em 8 bits com Alwa’s Awakening”

  • 8 de março de 2017 às 01:01 -

    Maxwell

  • “Castlevania, Contra, Mario Bros, Metroid, todos estes games de plataforma eram extremamente difíceis, contando com recursos bem mais escassos e jogabilidade muito menos refinada do que atualmente, sem continues, sem load games, sem esperar para recuperar o hp ou qualquer outra ‘barbada’ dos games mais atuais”

    Que?
    No Contra há continue (três, se não me falha a memória), idem para Castlevania (se não me engano, o continue do Castlevania é infinito).
    Existe load game/save game no Metroid (inclusive a opção continue é a primeira coisa que aparece), assim como no mesmo Metroid a pessoa pode recuperar a HP, basta ela matar monstros que liberam uma pequena esfera roxa.
    Não diria que Mario é um jogo extremamente difícil, até porque dá para conseguir o limite de números de vidas (99) apenas pisando no casco da tartaruga direto.

    • 8 de março de 2017 às 01:15 -

      Maxwell

    • Só um adendo: o save/load do Metroid era um password.

    • 8 de março de 2017 às 09:16 -

      Joao Bonorino

    • Olá Maxwell!

      Eu me expressei incorretamente, eu quis falar sobre os games daquela época, não sobre os títulos em questão. Vou corrigir, valeu pelo feedback ;)

  • 9 de março de 2017 às 01:03 -

    Douglas

  • Jogos desse estilo nunca devem sair do mercado, até porque são jogos divertidos e independente do gráfico ser inferior comparado com jogos atuais. Sempre gostei de jogos de plataforma e também gosto de jogos atuais com gráficos realista, mas nunca deixei de gostar dos antigos =)

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