Arkade Entrevista: O crossover indie em Phoenix Force 2 e os planos de uma financiadora brasileira entre a Splitplay e Labindie

8 de janeiro de 2015

Arkade Entrevista: O crossover indie em Phoenix Force 2 e os planos de uma financiadora brasileira entre a Splitplay e Labindie

Os indies brasileiros crescem a cada dia mais mais e estão perto de receber uma grande novidade. Confira o primeiro crossover de jogos brasileiros em Phoenix Force 2 e uma conversa sobre o futuro do desenvolvimento nacional com um dos fundadores da Splitplay, Rodrigo Coelho!

Um lugar bacana e interessante na indústria do videogame com certeza é a área dos desenvolvedores independentes nacionais, desenvolvedores estes que estão ganhando destaque pelo globo trazendo orgulho para todos nós, gamers que ficam felizes ao ver projetos saídos de nosso país sendo reconhecidos lá fora.

Os desenvolvedores da Joymasher (Oniken, Odallus), Swordtales (Toren), TawStudio (Mr. Bree) e da Behold Studios (Chroma Squad) são alguns dos estúdios que receberam atenção lá fora em diversos eventos internacionais e pela crítica especializada, enquanto ao redor do país temos vários estúdios com a promessa de explodir nos meses que virão.

Dentre eles temos duas pessoas que decidiram dar alguns passos a mais e fazer algo grandioso, o desenvolvedor da Awoker Games e responsável por Phoenix Force, Sergio Alonso, e Rodrigo Coelho, conhecido por ser um dos fundadores e CEO da primeira plataforma de vendas e distribuição de jogos brasileiros, Splitplay.

Arkade Entrevista: O crossover indie em Phoenix Force 2 e os planos de uma financiadora brasileira entre a Splitplay e Labindie

Sergio e Rodrigo tiveram uma ideia interessante para promover o projeto de crowdfunding para tirar a continuação de Phoenix Force do papel e fazer do jogo uma realidade. Assim surgiu a ideia de reunir vários personagens de jogos indies brasileiros para participar de Phoenix Force 2.

Phoenix Force 2, que está no Catarse para atingir a sua meta, receberá uma lista imensa de personagens icônicos dos jogos mais conhecidos na cena independente nacional, dentre eles temos:

Aritana e a Pena de Harpia, da Duaik.

Ballon, da Odig Games.

Mr. Bree, da TawStudio.

Porcunipine, da Big Green Pillow.

Odallus, da Joymasher.

Tormenta, do Trio Tormenta.

Gryphon Knight Epic, da Cyber Rhino Games.

Project Tilt, da Bitcake.

Captain Split, da própria Splitplay.

Arkade Entrevista: O crossover indie em Phoenix Force 2 e os planos de uma financiadora brasileira entre a Splitplay e Labindie

Animados com a ideia, decidimos ter uma rápida conversa via email com o CEO da Splitplay, Rodrigo Coelho, para entender um pouco mais desta iniciativa e aprofundar sobre o que teremos para o futuro do mercado brasileiro após está confraternização nacional entre os estúdios independentes:

Arkade: Phoenix Force é um  clássico shoot ‘em up, e todos os personagens que vão participar fazem parte de jogos que tem seus gêneros bem distintos uns dos outros. Então, como foi o processo de adaptar estes personagens em Phoenix Force?  E algum jogo indie brasileiro acabou não entrando no processo de seleção?

Rodrigo: Eu e o Sérgio da Awoker Games, criador de Phoenix Force, fizemos uma seleção de personagens representativos do nosso mercado e que pudessem se encaixar no gênero Shoot-em up. Os critérios foram basicamente 4:

1- O personagem deve atirar projéteis e voar ou poder ser adaptado para isso de forma que faça sentido; 2- O personagem deve ser criativo e com qualidade representativa do mercado brasileiro 3- O personagem deve ser de um jogo que tem potencial para agradar mais pessoas e que precise de mais reconhecimento; 4- O personagem deve ser de um jogo indie e seus desenvolvedores devem ser pessoas com vontade de criar algo legal e inovador, que gerará benefícios para todos e para o mercado brasileiro de games.

Certamente diversos jogos não puderam participar pois não se encaixavam em alguns critérios, principalmente o 1º critério.

Arkade: Você pretende criar mais crossovers deste tipo em outros jogos brasileiros, ou essa união é algo que irá acontecer somente uma vez?

Rodrigo: Com certeza! Essa foi uma ideia super bem recebida pelos fãs e pelos desenvolvedores, nós todos estamos muito animados! Se as pessoas apoiarem mesmo e a campanha do Catarse de Phoenix Force 2 der certo, com certeza vamos organizar mais coisas do tipo!

Já tem um tempo que existe uma discussão descontraída no meio de desenvolvimento de jogos brasileiro sobre um “Super Smash Bros. BR” com personagens brasileiros, mas essa é a primeira vez que tantos personagens BR se juntam em um game. Quem sabe isso dando certo realmente esse “Super BR Bros.” não acontece? :)

Arkade: Vimos na pagina do Catarse que os desenvolvedores fazem parte do IGDA e a nossa equipe se lembrou de um programa de suporte e financiamento lá fora chamado Indie-Fund. Vendo que a Spliplay é uma das plataformas que mais dá suporte para os desenvolvedores brasileiros, você teria a intenção de intensificar essa união e criar quase que um associação nacional para ajudar devs mais novos?

Rodrigo: Certamente que sim! Isso é uma ideia que já estamos tendo tem tempos e com a pergunta de vocês, é a primeira vez que falamos publicamente.

Nós estamos inclusive discutindo junto aos nossos parceiros do LabIndie, publisher e apoiadora de jogos brasileiros, uma forma de financiar a devs brasileiros licenças de software e assets para criação de jogos e até mesmo investimento para eles. Isso já está engatinhando com o Patreon da Labindie mas estamos estudando uma forma de expandir isso a níveis bem maiores, como este mesmo que vocês citaram.

O mercado brasileiro está explodindo de jogos criativos e coisas boas acontecendo, espero que as pessoas aproveitem essa oportunidade de apoiar Phoenix Force 2 no Catarse para tornar esse grande projeto uma realidade e que continuem seguindo o Splitplay e conhecendo os jogos brasileiros para que cada vez mais possamos fazer excelentes games de nível internacional a um preço baixo aos jogadores brasileiros!

Phoenix Force 2 está em seus últimos momentos no Catarse para atingir sua meta e atingir a quantia necessária de sua produção, mas ele é mais do que um jogo, é um símbolo de como estamos andando para frente no mercado brasileiro através de cooperação e trabalho em equipe de todos os envolvidos.

Este crossover idealizado por Sergio e Rodrigo é uma pequena miragem do que teremos nos próximos anos ao utilizar as ferramentas necessárias, isto é a Splitplay, os projetos de crowdfunding realizados no Indie GoGo, Catarse e Kickstarter, a inovadora publisher LabIndie e claro, toda a determinação dos nossos desenvolvedores, críticos e investidores para expandir o mercado nacional e nos deixar ainda mais relevante como uma verdadeira potência nesta cultura que tanto amamos.

Você pode conferir Phoenix Force 2 em sua página do Catarse para ajudá-los a atingir esta meta e fazer com que o crossover seja uma realidade. Além disso, aproveite e acesse a Splitplay para ver todos os jogos brasileiros que estão disponíveis e apoiar o nosso mercado, e o Patreon do Labindie para entender um pouco mais desta publisher.

A Arkade agradece ao Rodrigo por nos ter deixado tomar o seu tempo respondendo essas perguntas, e também a Mabel Antunes por ter ajudado a organizar a entrevista e claro, ao Sergio Alonso e todos os desenvolvedores independentes por fazerem parte deste excitante projeto!

3 Respostas para “Arkade Entrevista: O crossover indie em Phoenix Force 2 e os planos de uma financiadora brasileira entre a Splitplay e Labindie”

  • 9 de janeiro de 2015 às 11:26 -

    Binholouco13

  • Show! Não Conhecia esse Phoenix Force! e já vou garantir minha copia pois gosto muito deste estilo Sonic Wings!

  • 9 de janeiro de 2015 às 12:56 -

    watt

  • Esses jogos têm opções de idioma PTBR?

Deixar um comentário (ver regras)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *