Preview Arkade: jogamos o beta de Tom Clancy’s The Division! Confira nossas impressões!

1 de fevereiro de 2016

Preview Arkade: jogamos o beta de Tom Clancy's The Division! Confira nossas impressões!

Neste fim de semana, a Ubisoft realizou um beta teste fechado para gamers de todo o mundo poderem experimentar “em primeira mão” The Division, seu shooter meio pós-apocalíptico ambientado em Nova York. A Arkade marcou presença neste beta, e traz agora um preview para você saber o que pode esperar do game!

Apocalipse pós-Black Friday

A campanha de The Divisionsim, ele terá uma campanha — se passa em uma versão meio pós-apocalíptica de Nova York, em um futuro não muito distante. Mas esqueça os zumbis, mutantes atômicos ou quaisquer outros clichês do gênero. A coisa aqui é um pouco mais “pé no chão”, mas nem por isso menos sinistra.

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O jogo pega como base operações reais de contenção de crises perante eventos catastróficos (procure por Diretiva 51 e Operação Dark Winter no Google) para colocar o jogador em uma versão de Nova York que foi devastada por uma  pandemia de proporções avassaladoras, que se espalhou de forma inusitada: o vírus foi colocado em cédulas de dinheiro às vésperas da Black Friday, a maior liquidação anual das lojas gringas.

Junte dinheiro infectado + Black Friday e o que temos é um vírus que se espalha com velocidade absurda: em cinco dias o governo dos Estados Unidos já não existe mais e uma anarquia perigosa e melancólica se instaurou pelas ruas. A falta de água, comida, combustível e medicamentos dizima aos poucos a população, e boa parte dos sobreviventes se mantém vivo saqueando e se escondendo.

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Neste cenário nada animador, a The Division do título entra em cena: a Strategic Homeland Division é um força tarefa especial para lidar com situações extremas de forma autônoma e efetiva. Você assume o papel de um agente dessa divisão, e deve fazer o possível para evitar que a civilização colapse de vez. Isso inclui montar e equipar bases, buscar suprimentos, resgatar pessoas, combater milícias militarizadas e, claro, buscar pistas sobre os terroristas responsáveis pelo ataque, no que logo vai tomando a forma de uma conspiração de nível global.

Explorando a cidade

Depois de criar um personagem (randomicamente, no beta não tínhamos opções de customização detalhadas), desembarcamos nesta Nova York “abandonada” com o objetivo de ajudar a The Division a recuperar o controle da cidade… ou o que sobrou dela. O que era uma das mais importantes metrópoles do mundo virou uma terra sem lei, com milhares de carros abandonados pelas ruas, sobreviventes moribundos suplicando por medicamentos e milicianos ateando fogo em pessoas inocentes na esperança de impedir “na marra” a propagação do vírus.

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The Divison se apresenta essencialmente como um shooter cover based de mundo aberto em terceira pessoa, mas há muito mais profundidade em seu gameplay. Seu personagem sobe de nível, suas armas e equipamentos têm pontos de dano/defesa, perks podem ser destravados e novas habilidades podem ser adquiridas. Bebendo na fonte dos RPGs atuais, o jogo oferece uma estrutura dividida em missões principais, sidequests, eventos aleatórios e objetivos paralelos que vão manter o jogador bem ocupado.

Confira alguns tiroteios no vídeo de gameplay abaixo:

De certo modo, The Division lembra um pouco Destiny, da Bungie: ele não é um MMO de fato, mas você ocasionalmente irá esbarrar em outros jogadores que estão cumprindo seus próprios objetivos, e ao se deparar com missões maiores e mais desafiadoras, o jogo oferece um bem-vindo sistema de matchmaking para você não ter que encarar dezenas de inimigos sozinho.

A jogabilidade segue o padrão do gênero, mas traz algumas peculiaridades: ao contrário da maioria dos shooters atuais, não há um botão de arremesso rápido de granadas, você deve equipar a granada e mirar onde quer jogá-la (como em Gears of War). A barra de vida também só se recupera sozinha até certo ponto: seu medidor é dividido em quadrantes, de modo que se você perder um quadrante completo, ele só será preenchido novamente se você utilizar um medikit.

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E por falar em medikits, nesta fase beta, apenas uma missão principal estava disponível: infiltrar-se em um hospital dominado por uma milícia para resgatar uma médica que está na mão dos terroristas. O matchmaking com gringos aleatórios deixou complicado conseguir uma abordagem tática decente, mas no fim das contas, a médica foi resgatada e a missão foi cumprida.

Confira um pedacinho da missão abaixo:

Com a médica já estabelecida na base, missões de coleta de suprimentos médicos começaram a aparecer pelo mapa. Quanto mais dessas missões você cumpre, mais bem equipada vai ficando a ala médica de sua base. Existem outras alas (não disponíveis no beta) que devem ser criadas e provavelmente irão destravar novos tipos de missões e objetivos pelo mapa.

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O estabelecimento de outras “asas” da base não estava disponível no beta.

Ecos do passado

Usando a tecnologia de ponta da Division, seu personagem é capaz de encontrar pontos chamados de “Ecos” pelo mapa. Ao interagir com eles, uma espécie de holograma surge ao seu redor, trazendo de volta uma cena que aconteceu ali anteriormente. Em alguns casos, o que você tem é basicamente um vislumbre de como foi o início da contaminação, mas em outros, este ecos podem lhe dar informações importantes, e revelam uma outra faceta do game.

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Em uma das missões paralelas do beta, sua comandante pediu auxílio para encontrar a irmã, que estava desaparecida. Esta missão traz uma pegada mais investigativa, parecida com o que vimos na série Batman Arkham quando o Homem Morcego usa seu Detective Mode para encontrar pistas e seguir rastros.

Abaixo você pode conferir a ativação de um desses ecos:

Com o perdão do trocadilho, mas “ecos do passado” definem muito bem a situação pós-apocalíptica do game: a civilização está ruindo, mas tudo ainda é muito recente. Então o alarme dos carros ainda dispara, as luzes de Natal ainda se acendem pela cidade ao anoitecer (a Black Friday rola no final de outubro) e pôsteres dos filmes que seriam lançados nas férias continuam pela cidade, como lembretes de que, há pouco tempo atrás, a vida seguia normalmente ali.

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Pelas ruas de Nova York você vai encontrar indícios das festas de fim de ano…

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E o pôster de uma comédia que ninguém mais vai assistir.

Outro ponto interessante do game é que, enquanto explora a cidade, você encontrará sobreviventes desesperados que vão lhe abordar em busca de comida ou remédios:

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Ceder um medikit para um NPC necessitado ou não? A escolha é sua.

Porém, o medicamento que você pode doar para eles é o mesmo que você vai precisar para curar seu personagem — já vimos esse tipo de situação em I Am Alive — ou seja, você também precisa ponderar até que ponto deve colocar o seu personagem em risco para salvar um NPC necessitado.

A Dark Zone

Aqui entra a parcela PvP de The Division, e ela é apresentada de maneira bem diferente do que estamos acostumados: esqueça menus, lobbys e outras formas burocráticas de buscar ou organizar partidas, aqui o PvP acontece em tempo real, em locais sob quarentena, onde os índices de contaminação são elevados, de modo que só entra ali quem não tem amor à vida e está disposto a morrer em busca de equipamentos e suprimentos melhores.

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A entrada da Dark Zone.

No jogo completo certamente teremos mais Dark Zones, mas neste beta apenas uma estava disponível, mas ela ocupava um espaço de vários quarteirões. Pense em algo como o presídio Arkham City: uma área fechada a céu aberto que virou terra de ninguém, onde não existem regras e cada um faz o que bem entender.

Ao adentrar nessas regiões, seu agente perde contato com o mundo exterior e passa a usar uma máscara de gás. Você ainda vai encontrar inimigos controlados pela IA (mais bem equipados que os “lá de fora”), mas aqui temos muito mais jogadores humanos matando uns aos outros e cumprindo objetivos variados.

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o mapa holográfico do jogo é incrível, e parece saído direto do universo do Homem de Ferro.

Sem um lobby, não existe a tradicional busca por salas ou modos de jogo: as coisas simplesmente vão acontecendo, de modo que você acaba “entrando” em um tipo de jogo ao cumprir algum objetivo. Por exemplo: há um modo Extraction onde você você deve matar outro jogador para coletar uma bolsa de material contaminado dele para levá-la até o Extraction Point, onde um helicóptero faz acoleta. Mas admito que em todas as vezes que eu entrei neste modo de jogo foi meio sem querer, eu estava no lugar certo na hora certa, matei alguém, coletei o loot e entreguei ao helicóptero:

Seu personagem também sobe de níveis na Dark Zone, em um medidor que atua de forma independente ao da campanha. A Dark Zone também possui sua própria moeda corrente, que você pode usar para comprar armas e equipamentos melhores com vendedores que ficam na ante-sala que serve de entrada para cada Dark Zone.

Dentro da Dark Zone você pode fazer o que quiser e matar quem quiser, mas essa “liberdade” tem um preço: há um interessante sistema de “bounty hunt”, onde um jogador pode colocar sua cabeça a prêmio, de modo que seu personagem — que fica identificado com uma caveira vermelha — passa a ser caçado por outros players. Quanto mais jogadores você mata, maior sobe o seu nível de procurado, o que acaba originando um modo multiplayer assimétrico onde vários jogadores caçam o player marcado.

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Repare nos dois rankings distintos: o laranja é o level da campanha, o roxo é o ranking das Dark Zones.

Confesso que achei a Dark Zone um tanto confusa — você não sabe exatamente onde ir ou o que fazer para começar a cumprir um objetivo — mas ela sem dúvida tem potencial e esconde segredos que só existem ali, incluindo baús com itens raros que precisam de chaves para serem abertos.

O simples fato de ser totalmente dinâmica — sem lobbys e menus — já é interessante, e se der certo no jogo final, deve virar tendência para outos jogos do gênero. A Ubisoft já havia experimentado algo parecido com o multiplayer “casual” de Watch_Dogs, mas aqui temos algo de proporções muito maiores.

O que esperar?

Ainda que o conteúdo (e o mapa) deste beta fossem limitados, já deu para perceber que The Division é um jogo extremamente imersivo e desafiador, com forte probabilidade de se tornar viciante. Ele segue os passos de Destiny em alguns aspectos, mas a Ubisoft está sendo ousada e desconstruindo paradigmas tradicionais de jogos multiplayer com ideias que de início causam estranheza, mas sem dúvida têm muito potencial.

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Com poucos bugs (verdade!), conexão estável com os servidores, visual incrível e apenas um pedacinho do mapa liberado, o que ficou é um gostinho de quero mais, pois só pudemos ver a ponta de um iceberg que parece imenso, e promete agradar até os jogadores mais exigentes. Agora, é só esperar!

The Division será lançado oficialmente no dia 8 de março, com versões para PC, Playstation 4 e Xbox One. A Arkade testou o beta no Playstation 4, usando uma key de acesso fornecida pela Ubisoft.

4 Respostas para “Preview Arkade: jogamos o beta de Tom Clancy’s The Division! Confira nossas impressões!”

  • 1 de fevereiro de 2016 às 18:01 -

    rafael

  • Ótima análise!

  • 2 de fevereiro de 2016 às 00:09 -

    Igor

  • Curti bastante a review. Agora estou ainda mais ansioso pelo game. 

  • 3 de fevereiro de 2016 às 09:50 -

    Guilmer

  • A minha hype está em 8000 mil, esse é compra certa!

  • 4 de fevereiro de 2016 às 10:18 -

    Fabiano

  • Esse gráfico não é nem próximo do prometido hein?

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