Steam Dev Days: Mudanças no Steam Controller, realidade virtual e o fim do Greenlight

16 de janeiro de 2014

Steam Dev Days: Mudanças no Steam Controller, realidade virtual e o fim do Greenlight

Fique por dentro do que rolou no primeiro dia do Steam Dev Days, o evento promovido pela Valve para desenvolvedores de games.

Começou nesta quarta-feira (15) o Steam Dev Days, um evento realizado pela Valve que reúne desenvolvedores e fabricantes de hardware em uma série de apresentações sobre o futuro dos games para PC – além de novidades sobre as Steam Machines e a expansão da sua plataforma digital.

O evento rolou em off, ou seja, sem a presença de jornalistas, mas isso não significa que as notícias mais quentes não tenham encontrado um meio de chegar ao público. Via Twitter e outras redes sociais, os participantes puderam compartilhar um monte de coisas interessantes que foram apresentadas e debatidas neste primeiro dia.

Steam Controller

O Steam Controller mudou. O aparelho não terá mais uma touchscreen como naquele design apresentado no final de 2013. Ao invés dela, foram adicionados controles “tradicionais”: um DPAD e quatro botões estilo ABXY vão acompanhar os círculos de input háptico (por tato) do dispositivo:

Steam Dev Days: Mudanças no Steam Controller, realidade virtual e o fim do Greenlight

Esta versão também não deve ser a final que chegará às lojas ainda neste ano, pois a Valve informou que ainda está processando o feedback dado pelo pessoal que já teve a chance de testar o Steam Controller.

Source 2

O novo motor gráfico da Valve, o Source 2, foi mencionado durante uma apresentação sobre OpenGL. Nenhum grande detalhe sobre ele veio à tona, nada de tech demo ou um novo game anunciado. Apesar disso, é uma das poucas ocasiões em que a empresa falou abertamente sobre sua nova tecnologia.

É só uma questão de tempo até descobrirmos que tipo de coisas impressionantes (ou não) os novos jogos da empresa vão nos trazer.

Realidade Virtual

Steam Dev Days: Mudanças no Steam Controller, realidade virtual e o fim do Greenlight

Alguns participantes tiveram a chance de testar um aparelho de Realidade Virtual que a própria Valve está desenvolvendo. David Hensley, designer de Killing Floor e Red Orchestra, foi um deles e, pelas impressões que ele publicou em seu Twitter, a nova tecnologia é extremamente promissora:

“Na demo do aparelho de RV da Valve no Steam Dev Days, parece que você está em um estado de sonho lúcido, bem parecido com um holodeck”

Hensley comparou o aparelho da Valve com o Oculus Rift (imagem acima):

“Vai ser difícil voltar ao meu Oculus depois de experimentar o demo do RV da Valve. É tipo como jogar um Xbox e depois um Nintendo 8-Bit”

Segundo o desenvolvedor, o protótipo da Valve tem ótima resolução de imagem, latência muito baixa e rastreamento bastante preciso dos movimentos da cabeça do usuário, além de ser possível se movimentar de forma sincronizada nos ambientes real e virtual. Há poucos dias, a empresa lançou o beta do sistema compatível com dispositivos de RV no Steam.

Greenlight

Steam Dev Days: Mudanças no Steam Controller, realidade virtual e o fim do Greenlight

Sabe aquele sistema do Steam onde os usuários podem votar em quais jogos indie querem ver na loja virtual? Aquele que aprovou até games brasileiros criativos pra caramba como Chroma Squad? Pois é, a Valve quer se livrar dele.

O próprio Gabe Newell, fundador da empresa, falou sobre o assunto:

“Nossa meta é fazer o Greenlight ir embora. Não porque ele não é útil, mas porque estamos evoluindo”

A ideia da Valve é tornar os desenvolvedores cada vez mais próximos dos jogadores através do Steam e o Greenlight é apenas uma ponte neste sentido.

Nos próximos anos, basicamente qualquer um poderá vender seu jogo pela plataforma. O que parece ser muito bom, porém, traz um grande problema: com tantos games sendo publicados, a loja tende a ficar cada vez mais entupida e ótimos games podem não ser notados em meio à multidão, ou não vender o suficiente para recompensar de forma justa seus devs.

Para resolver a questão, a empresa tem pensado em diversas soluções, entre elas a de lojas criadas pelos próprios usuários. Logo, você vai escolher quais games merecem ser vendidos e mostrar para os seus amigos quais são os melhores. É uma proposta interessante e que já vem, de certa forma, sendo implementada no Steam, seja através das recomendações ou das análises que os usuários podem fazer sobre os games que compram.

Universo Steam em expansão

Quando a Valve lançou este mote em setembro do ano passado, ela não estava para brincadeira: hoje o Steam conta com um crescimento acelerado no número de contas e games vendidos. A plataforma já conta com 75 milhões de usuários e passará a aceitar 12 novas moedas ainda neste ano (do México à Singapura).

Com o SteamOS e as Steam Machines, aparelhos próprios como o Steam Controller e o dispositivo de RV, foco na comunidade de jogadores e muitos outros novos recursos, o sistema da Valve nunca mais será o mesmo. Vai ser interessante comparar, daqui a uns dois ou três anos, o “pré” e “pós-2014” da empresa.

Nesta quinta-feira (16) acontece a segunda e última rodada de apresentações em Seattle. Quem quiser acompanhar pode ficar de olho na hashtag #SteamDevDays pelo Twitter através da qual certamente teremos mais novidades postadas pelos participantes. O site SteamDB também está mantendo um resumão do evento.

(Via: Twitter, SteamDB)

10 Respostas para “Steam Dev Days: Mudanças no Steam Controller, realidade virtual e o fim do Greenlight”

  • 16 de janeiro de 2014 às 11:43 -

    Rauny Fernando da Silva

  • Escrevam o que eu digo, réles mortais! Um dia eu farei parte da Valve!

    • 16 de janeiro de 2014 às 14:13 -

      Edimartin Martins

    • Nos encontraremos lá então.

  • 16 de janeiro de 2014 às 11:37 -

    liipesilva

  • Na esperança de que o ”Source 2” seja um novo Half life!!!

    • 16 de janeiro de 2014 às 13:25 -

      Alexo Mello

    • Motor novo é muito maior, muito mais importante que qualquer jogo que lancem. Basta você ver o Source, base para os Half-Lifes, também serviu às versões de Left 4 Dead, os Portal, e o “novo” Counter-Strike Global Offensive, Dota e Stanley Parable. Portanto, deixe que caprichem no motor e depois é “só alegria”.

      • 17 de janeiro de 2014 às 02:59 -

        Daniel Zimmermann

      • Sobre o Source 2, minha aposta fica com uma ferramenta mais acessível de criar games, algo voltado para a comunidade mesmo, quem sabe com a possibilidade de se publicar games “amadores” pelo Workshop ou até vendê-los.

        Quanto à tecnologia, só Gabe e seus discípulos sabem! Meu chute para o primeiro título é Half-Life 3.

    • 16 de janeiro de 2014 às 19:48 -

      Kubrick Stare Nun

    • Que a Valve está trabalhando em um novo jogo faz tempo eu não tenho dúvidas. Não é possível que eles tenham contratado o Clint Hocking atoa.

      • 17 de janeiro de 2014 às 02:52 -

        Daniel Zimmermann

      • Kelly Bailey também voltou a trabalhar com eles (ele foi o compositor que trabalhou na série Half-Life desde o primeiro game).

  • 16 de janeiro de 2014 às 13:33 -

    Alesaandro

  • Temos muito a agradecer a Valve
    pois com o lançamento das Steam machines as grandes desenvolvedoras terão que voltar a desenvolver massivamente para Pcs
    pois como sabemos as SM da Valve não são nada alem de um pc “exclusivo” para jogos
    e nós adeptos do mouse e teclado poderemos ter uma maior variedade de títulos.

  • 16 de janeiro de 2014 às 14:32 -

    Chinalia

  • tinha minhas duvidas mesmo quanto ao touchscreen, espero q mudem mesmo “bad idea”

  • 16 de janeiro de 2014 às 19:44 -

    Kubrick Stare Nun

  • Espero que o sistema que venha a substituir o Greenlight tenha uma triagem melhor e não funcione exclusivamente por meio de votos porque se você vai dar uma percorrida naquilo lá percebe que a coisa tá completamente entupida de jogos horríveis que eu não jogaria nem de graça e alguns que chegam a parecer até trollagem e simultaneamente tem vários jogos bons que não são notados e não recebem aprovação nunca. E um dos problemas principais do Greenlight é que por ele funcionar por meio do voto acaba dependendo muito do “marketing” que os devs fazem (distribuir jogos de graça para os fans, sortear presentes, prometer keys de graça para quem votou no jogo quando ele for aprovado, etc…) aí os devs que não tem condições de “estimular o povo a votar” ficam encalhados lá e no final percebem que desperdiçaram 100 dólares.

    O melhor seria se a Steam fosse mais aberta em relação aos indies e tomasse a GOG como exemplo e se propusesse a analisar individualmente e gratuitamente cada proposta de game.

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