Análise Arkade – A mistura de Zelda e Minecraft do divertido Wonderbox: The Adventure Maker

9 de abril de 2021
Análise Arkade - A mistura de Zelda e Minecraft do divertido Wonderbox: The Adventure Maker

Você conhece Horizon Chase, certo? O divertido game de corrida, que chegou primeiro para smartphones, e depois conquistou o mundo dos consoles, é um marco no desenvolvimento nacional de games. Feito com muita competência pela Aquiris, o game agradou em gameplay, visual, trilha sonora e, principalmente, pela diversão.

Passados cinco anos e meio desde o lançamento deste game, chegou a vez da Aquiris atacar novamente. Mas não, não temos uma sequência de Horizon Chase. Na verdade, não temos nem um game de corrida. E sim, uma tentativa de se fazer um jogo bem diferente, que mistura a ação de um Action RPG nos padrões de Zelda, com a construção de níveis e aventuras no jeito Minecraft de ser.

Análise Arkade - A mistura de Zelda e Minecraft do divertido Wonderbox: The Adventure Maker
O game tem quatro modos de jogo. Mas o que mais se destaca, com certeza, são seus fatores de criação e compartilhamento de fases

Wonderbox chegou direto no Apple Arcade, a plataforma da Apple de games, que permite que o jogo seja experimentado em todos os seus dispositivos: iPhones, iPads, Macs e Apple TV podem compartilhar o save e servirem de plataforma para a sua jogatina. É neste contexto que iremos conhecer mais um grande game brasileiro, que chega em um 2021 muito bom para o nosso cenário.

O game, em um primeiro momento, lembra um outro grande game para o mundo móvel: Oceanhorn, de 2013, graças a seu visual colorido e personagens feitos com aquela aparência de bonecos de massinha. E também pelo formato dos cenários do game, isométricos.

Análise Arkade - A mistura de Zelda e Minecraft do divertido Wonderbox: The Adventure Maker
Seu herói é totalmente customizável

Mas as semelhanças terminam aí. Pois em primeiro lugar, a jornada é mais adaptada ao mundo móvel, com um possível vasto mundo sendo substituído por pequenas missões, com seus quebra-cabeças, que podem ser resolvidos em poucos minutos. E também não há um personagem principal próprio: você pode customizar o herói do game do jeito que desejar.

O formato escolhido foi o mesmo da maioria dos jogos de celular: missões variadas e curtas, com um percentual de progresso. Isso deixa o jogo mais ágil e garante jogatinas mais curtas, perfeitas para a dinâmica da maioria das pessoas que jogam games online. Os desafios, como sempre, vão progredindo em dificuldade, à medida a qual o jogador vai se acostumando com o estilo do game.

Você precisará, basicamente, ir do ponto A ao ponto B do mapa, evitando ou combatendo inimigos, ou buscando itens que te garantam acesso a outros lugares do mapa. Com um grau de dificuldade que vai do tutorial até os mais difíceis, mas sempre na medida adequada. Assim como aconteceu em Horizon Chase, dá pra se divertir tranquilamente por aqui.

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O game tem visual caprichado e um interessante gameplay, com inspirações em Zelda e Oceanhorn

Tudo isso em um gameplay prático e simples: o controle do personagem é satisfatório, os botões de ação são bem detalhados e úteis, e é até possível dar zoom e girar o mapa, para uma melhor localização. Tudo funciona de maneira satisfatória e agrada ao jogar. Que ainda pode ser expandida no modo multiplayer, colocando mais pessoas na jogatina.

Mas, a cereja do bolo, para quem adora customização, está no Modo Criador. Aqui, neste ponto, a proposta do game se expande, a níveis infinitos. É quando Zelda encontra, finalmente, Minecraft. Isso pelo simples motivo de que, um game que foi construído para ser um título de exploração, pequenos combates e resolução de puzzles tem, também, disponibilizadas todas as ferramentas para construir suas próprias aventuras.

As ferramentas disponibilizadas são as mesmas que os desenvolvedores usaram para a construção de níveis. O que te dá um controle profundo sobre todo o game e seus recursos. O Modo Criador, também, é bem simples e fácil de usar, permitindo a exploração dos recursos. Há desde um modo aleatório, que cria partes do mapa sozinho, até a mais fina customização, de cada detalhe.

Análise Arkade - A mistura de Zelda e Minecraft do divertido Wonderbox: The Adventure Maker
É muito simples construir suas fases em Wonderbox. E ainda dá pra compartilhar ela na comunidade

Com a fase criada, é possível compartilhá-la, para que outros jogadores possam jogar. Isso acontece pois, além do modo campanha, com as missões base, há também o Modo Descoberta, na qual as fases da comunidade ficam disponíveis para serem jogadas. Tudo acontece de maneira muito simples e prática, o que merece destaque, afinal, estamos falando de ferramentas de customização e que envolve milhares de pessoas que jogam o game.

A Aquiris, pelo visto, usou Wonderbox para ampliar seus conceitos como desenvolvedora. Se em Horizon Chase a escolha foi pelo gameplay refinado, agora nesta aventura o foco está na construção de comunidade. A escolha da Apple Arcade se mostrou sábia, tanto pelo já conhecido bom relacionamento do estúdio com a empresa (Horizon Chase saiu primeiro nos iPhones), quanto pela oportunidade de apresentar, de cara, sua nova proposta para milhares de assinantes.

Creio que, cedo ou tarde, este título, que tem tudo para ser um grande sucesso nos PCs, chegue aos computadores e também aos consoles. Pois sua fórmula é muito bem elaborada, o visual agrada, e, como elemento mais importante aqui, suas funções são bem simples e de fácil assimilação, especialmente as construções de fases, o que deixa o game muito acessível e com potencial de agradar uma fatia considerável de jogadores.

Uma resposta para “Análise Arkade – A mistura de Zelda e Minecraft do divertido Wonderbox: The Adventure Maker”

  • 9 de abril de 2021 às 23:29 -

    Helinux

  • Muito bom!!!! valeu!!!!

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