Análise Arkade: Chaves Kart te leva para divertidas corridas em Acapulco e Tangamandápio

6 de junho de 2014

Análise Arkade: Chaves Kart te leva para divertidas corridas em Acapulco e TangamandápioSe você não foi sorteado no concurso que garantia uma viagem para duas pessoas até Acapulco, não tem problema, pois você pode ir até lá com Chaves Kart, divertido jogo com a vizinhança que você confere em nossa análise.

Há tempos os fãs de Chaves esperam algum jogo que faça justiça a série que está há mais de quarenta anos sendo exibida em todo o mundo. O único jogo que faz referência aos personagens de Roberto Gómez Bolaños é o já distante Chapolin vs. Drácula para o Master System e ele nem é o jogo real: é apenas o Ghost House com sprites trocados.

De lá pra cá, tivemos apenas o Street Chaves — que é um jogo feito por fãs que falaremos em breve — e temos que concordar que um jogo baseado no universo de Chaves com atores é um trabalho complexo. Pois as desculpas acabaram em 2006, quando o desenho animado foi ao ar. E como na animação a imaginação do garoto pobre que se esconde no barril é muito bem explorada, a hora de levar os personagens aos videogames havia chegado!

A Slang assumiu esse desafio e lançou o “mais ou menos” El Chavo para o Wii, um jogo de gincana esquecível. Mas pelo visto ela aprendeu com os erros e surpreende com o excelente e divertido Chaves Kart, um jogo que coloca o melhor de jogos estilo Mario Kart na pista e ganha destaque por contar com o apoio de uma turma que tem carisma próprio.

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QUE QUE FOI QUE QUE HÁÁÁ???

As referências ao seriado estão em toda parte: os itens de ataque que conta com corpo do benito bolas de boliche, iô-iô, sanduíches de presunto, passando pelas vozes (o jogo é dublado) e até os nomes de troféus e conquistas, que são os mais legais de todos os tempos: “Você desbloqueou o troféu ‘Licencinha pro Madruguinha'”, só para citar um.

A parte visual é bacana, tendo como base o desenho animado do Chaves e o famoso Cel Shading, técnica que faz com que imagens 3D pareçam animações. As pistas estão bem coloridas e são cenários dos próprios episódios do seriado, como as praias de Acapulco (Acapulco me espera!), o “vilarejo do tamanho de Nova Iorque” Tangamandápio e a casa mal-assombrada da Bruxa do 71, quer dizer, da Dona Clotilde.

Como forma de dizer “obrigado” aos muitos fãs que Chaves e Chapolin tem no Brasil, temos duas pistas brasileiras: uma que te coloca no Maracanã durante um Brasil x México e no bairro da Lapa e outra que anda “pelos céus do Rio de Janeiro”, com direito a Cristo Redentor.

Os carrinhos também estão bem legais: o Chaves corre no seu barril; o Kiko ganhou um carrinho novo da mamãe dele e não te em-pres-ta! O Seu Barriga disputa em sua Brasília Caminhonete amarela e a Dona Florinda tem a sua cesta de compras da venda da esquina no seu carango. Mas sentimos falta de alguns personagens, como o Jaiminho carteiro (certeza que ele quis evitar a fadiga) ou a Chiquinha (que quem é fã sabe bem as causas, motivos, razões e circunstâncias: direitos autorais).

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Este é o nosso Maracanã. O jogo do Chaves faz questão de homenagear o nosso país e os muitos fãs que o seriado tem aqui.

Assim como as falas que apesar de dubladas, não são as vozes dos dubladores clássicos. Claro que isso não pode ser considerado como um gol contra, afinal a culpa não é da desenvolvedora e sim do fato de que alguns dubladores estão mortos e outros não dublam mais o seriado por questões contratuais. Mas as frases estão todas lá, e ainda assim é legal ouvir o Kiko gritando MAMÃÃÃÃE quando é ultrapassado. Mas fica a dica: vá em opções e abaixe o volume da música para ouvir melhor as vozes.

Na mecânica do jogo, nenhum problema: o jogo é bem parecido com qualquer Mario Kart ou Sonic & All Star Racing. Então pra jogar é o de sempre: derrapar para obter turbo, atacar adversários com itens aleatórios e um lance bacana de pegar o vácuo de quem está na frente para ultrapassar. Os carros são bem equilibrados e as disputas também. Os torneios são baseados em quatro corridas e um desafio: eliminação ou ficar a maior parte do tempo em primeiro lugar. Tudo isso faz o jogo fácil de jogar mas bem desafiante.

Também existem alguns desafios bem legais e originais que dão um gás a mais no jogo que apresenta poucas pistas e opções, mas que podem gerar boas horas de diversão ao completar todos os desafios propostos, que vão de não ser ultrapassado por uma volta inteira ou ir colhendo relógios para manter-se na pista antes que o tempo chegue a zero.

Como bola fora, podemos destacar alguns slowdowns, principalmente nas corridas no céu, a falta de um modo online (será que tiraram os revolvíveis do servidor?) e as disputas em tela dividida que piora — e muito — a experiência.

E o jogo é interessante? Claro que sim. Quem gosta de jogos de corrida nesse estilo vai encontrar divertidos modos de disputa e uma jogabilidade simples e prática. E os fãs do Chaves vão ter a disposição um jogo com muita referência ao seriado, várias frases que todos nós adoramos repetir por toda a vida e a possibilidade de horas de diversão em seu Playstation 3 ou Xbox 360, afinal, “não há maior luta do que aquela que não se enfrenta”.

* A Arkade recebeu o jogo para testar e NÃO TE EM-PRES-TA (favor ler com a voz do Kiko)! O jogo já está disponível no Marketplace da Microsoft e terá seu lançamento em mídia física nas lojas pelo preço de R$ 99,90 no dia 17 de junho… Dia do jogo entre Brasil x México na Copa do Mundo.

2 Respostas para “Análise Arkade: Chaves Kart te leva para divertidas corridas em Acapulco e Tangamandápio”

  • 6 de junho de 2014 às 19:29 -

    Airton Zanon

  • Sou muito fã do Chaves e sem dúvidas ter esse jogo seria legal, mas pela falta de console e dinheiro vou deixar sair para pc :D hahaha, Muito bom!

  • 1 de julho de 2014 às 23:50 -

    Murilo

  • Excelente a análise. O jogo, apesar de não ser perfeito, para mim é. Deu pra entender?!? Bom, só pelo fato de ser um jogo do meu seriado preferido da infância já vale, ainda que fosse só para deixar na estante. Mas, para minha surpresa, o jogo é bem legalzinho, já devo ter deixado lá no controle dos 12 personagens do jogo ao menos umas 10 horas do meu valioso tempo. Paguei 100 reais, então 10 reais por hora é quase de graça pelo sentimento de nostalgia.

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