Análise Arkade: City of Brass e suas Mil e Uma Noites de perigos procedurais

5 de maio de 2018

Análise Arkade: City of Brass e suas Mil e Uma Noites de perigos procedurais

Prepare-se para encarar caveiras, gênios malvados e armadilhas insanas em busca de tesouros pelas ruas procedurais de City of Brass, game divertido e desafiador que acaba de ser lançado!

A cidade de Brass

City of Brass nos coloca na pele de um intrépido ladrão, disposto a entrar e sair da cidade de Brass carregando a maior quantidade possível de tesouros e preciosidades.

O problema é que a cidade é amaldiçoada, e definitivamente não quer ser roubada por qualquer um: ela irá reencarnar esqueletos guerreiros e ativar armadilhas para te impedir de sair vivo de lá.

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Assim, munido apenas de uma cimitarra e um chicote multi-uso, seu trabalho é aventurar-se pelas ruas de Brass, evitando armadilhas e enfrentando inimigos para tentar achar a saída antes que as Areias do Tempo se esvaiam da ampulheta.

Mil e Uma Noites de perigo

City of Brass não é realmente um jogo preocupado em contar uma história, mas em testar sua atenção, seus reflexos e suas habilidades. Cada fase do game é uma sequência procedural de ambientes, com obstáculos, armadilhas e inimigos esperando por você.

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O chicote é o maior diferencial do game e — ouso dizer — que City of Brass é o game que melhor utiliza todas as possibilidades desta exótica arma (#chupaCastlevania), tanto no combate quanto na exploração.

Você pode usá-lo para atacar (obviamente), mas o ataque muda de acordo com o lugar atingido: na cabeça, você atordoa um inimigo, no braço, ele é desarmado, enquanto uma chicotada na perna derruba o inimigo. Aí basta dar umas espadadas para despachar o adversário.

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E não para por aí: o chicote também pode ser usado para puxar certos objetos e acionar alavancas. Além disso, você pode usá-lo em certos ganchos para içar o personagem, escapando de perigos e podendo inclusive acessar novas áreas.

Confira abaixo meu gameplay de uma fase completa:

O senso de evolução fica por conta dos upgrades: os tesouros são convertidos em grana, que você usa para melhorar seus equipamentos ou mesmo acionar “perks” que facilitam a sua vida, desativando armadilhas ou summonando animais e guerreiros espectrais para lutarem ao seu lado.

Piores que os inimigos, são as armadilhas, e elas chegam de todas as formas: temos pisos falsos sobre espinhos, violentos jatos de areia, línguas de fogo repentinas, lâminas saindo das paredes, e muito mais. Estar atento é essencial, pois as armadilhas costumam estar muito bem “camufladas” no cenário.

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No geral, City of Brass é aquele tipo de jogo que a gente não joga necessariamente para “ver o final”, mas para ver quão longe conseguimos ir. Até porque, cada morte é um recomeço do zero, então, ir até o final é algo — no mínimo — trabalhoso.

Audiovisual

Já de cara a ambientação de City of Brass impressiona. O game traz uma ambientação no estilo Mil e Uma Noites, cenário surrealmente belo e cheio de possibilidades que é surpreendentemente mal aproveitado no mundo dos games (#sddsPrinceOfPersia). Os cenários são incríveis, e a direção de arte, idem.

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O áudio segue a mesma linha, trazendo músicas incidentais que combinam com o clima “arábico” do game. Apesar disso, o que se destaca são os sons ambientes: tosses e murmúrios realmente nos colocam dentro do game, em um nível de imersão que eu confesso que nem esperava encontrar aqui.

A iluminação também tem um papel importante no quesito “imersão”: o game é muito bem iluminado, e a luz cria todo um clima de mistério que combina muito bem com a temática. City of Brass não é o jogo mais bonito do ano, mas sem dúvida é um dos mais estilosos e atmosféricos.

Conclusão

City of Brass é um jogo desafiador, com boas mecânicas que devem ser dominadas à perfeição caso o jogador queira sair vivo — e rico — da cidade.

Eu gostaria muito que um jogo deste naipe trouxesse uma experiência mais tradicional — tipo uma história, uma campanha, saca? Do jeito que está, ele se torna apenas uma sucessão aleatória de salas de desafio, quando podia ser bem mais do que isso.

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Isso não necessariamente estraga o jogo, mas deixa aquela sensação de potencial desperdiçado. Seu mundo é tão envolvente que eu realmente queria descobrir que histórias ele tem para me contar. E temos ex-produtores de Bioshock nos bastidores, ou seja, contar histórias em videogames não seria nenhuma novidade pra esses caras.

De qualquer modo, é um bom jogo, e se você está em busca de uma boa leva de desafios procedurais, sem dúvida vai encontrar várias horas de diversão aqui.

City of Brass foi lançado ontem (04/05), com versões para PC, PlayStation 4 e Xbox One. O game possui menus e legendas em português brasileiro. Este review foi feito com base na versão PS4 Pro do game, que recebemos antecipadamente para fins de análise.

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