Análise Arkade: F1 2015 oferece uma direção fantástica na nova geração.

30 de julho de 2015

Análise Arkade: F1 2015 oferece uma direção fantástica na nova geração.

A Fórmula 1 chegou mais cedo este ano. Acompanhe conosco o que achamos da estreia da categoria no Playstation 4 e Xbox One.

Finalmente a Codemasters conseguiu fazer o que queria: lançar um jogo da Fórmula 1 durante a temporada, dando um grande passo na nova geração. Após a versão 2014 (exclusivo para PS3 e Xbox 360, além da versão para PC), que foi uma atualização da edição 2013 apenas, as atenções se dirigiram para a versão 2015, que prometia em notas divulgadas atualização de regras constantes (já que a F1 adora mudar seu regulamento durante a temporada), novos gráficos e uma melhor experiência com a categoria.

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Análise Arkade: F1 2015 oferece uma direção fantástica na nova geração.

Você nota que a Codemasters apenas atualizou o game de 2014 (analisado aqui) quando nota que a edição 2015 traz algumas novidades, mas ainda deixando de fora o excelente modo carreira, aonde você começava em uma equipe pequena com objetivos mais humildes, até conseguir espaço nas grandes escuderias de acordo com o seu desempenho. Codemasters, é sério: Modo Carreira de volta em 2016, por favor!

Fora isso, temos os modos de sempre: o Campeonato, com todas as pistas de 2015, ou a temporada de 2014 completa, com qualificação e todo o resto “de sempre”; O Time Trial, pra quem gosta de tempo, apenas o tempo; a Corrida Rápida, para quem quer apertar dois botões e já jogar; o Multiplayer, que permite até 16 carros no grid; e a novidade Season Pro, que é a temporada completa, porém no nível extremo de dificuldade, esperando apenas os melhores para curtirem esta opção.

A temporada é extensa e cada corrida tomará algum tempo, mesmo se elas tiverem ajustadas para o mínimo possível, mas mesmo assim, os modos são poucos e correm risco de ter seu jogador enjoado rapidamente. Além do Modo Carreira, que fazia a diferença antes, o modo Clássico de 2013 também poderia ser revisto, além de novas ideias que façam do gameplay algo mais do que “ganhar o campeonato”.

Como se deve guiar um F1

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Para mim, o aspecto mais impressionante do jogo é o controle. É de fato sensacional guiar o seu F1 preferido. Corri com praticamente todas as equipes em várias pistas e o trabalho de controle está excelente. A Codemasters sempre se destacou pela jogabilidade de seus títulos e aqui tudo está melhor do que a encomenda.

Nos games de F1, sempre preferi Interlagos, por ser uma pista que dá pra “sentar o pé” na reta, conta com várias subidas e descidas, além de ter algumas curvas bem desafiantes, e é um prazer correr por lá em F1 2015; o mesmo digo de Mônaco, pista que exige muito mais técnica do que as outras.

O controle conta com os recursos de auxílio de direção, que podem ser ativados ou desativados, de acordo com a conveniência e experiência do jogador. E independente de jogar com tudo ligado ou tudo desligado, o controle cumpre o seu papel de divertir, sendo acessível para novatos e desafiante para veteranos.

Porém é ao desligar os recursos e aumentar a dificuldade que vemos para quê o jogo veio: o comportamento do carro é de fato semelhante aos F1 que correm pelas pistas mundo afora, e se o jogador não domina uma boa saída, vai ficar ouvindo aquele ronco chato de primeira e segunda marcha (isso se não ficar rodando por aí), enquanto os adversários de fato correm “pra valer”, ao invés de ficar andando num trilho.

E a física ajuda muito, pois está melhor trabalhada e nos faz perder milésimos de segundo preciosos quando não nos mantemos no melhor trajeto possível. Experimente correr na tempestade com tudo desligado que entenderá o que estou falando.

Melhoras no visual, mas sem “sustos”

Análise Arkade: F1 2015 oferece uma direção fantástica na nova geração.

Muito foi falado na parte visual do jogo, porém na hora do “vamos ver”, o jogo não impressionou muito não. Mas isso não é algo ruim. Estamos falando de uma série anual, que conta com pouco tempo entre uma versão e outra, e menos tempo ainda, pois entre o game de 2014 e este, se passaram apenas oito meses.

Claro que temos detalhes melhorados, fluidez em 1080p/60fps e excelentes animações, mas com o carro na pista, notamos claramente a falta de alguns detalhes e a pobreza de algumas texturas. Mônaco, por exemplo, está radiante como sempre, porém com chuva, a pista não reflete a sensação necessária. Como exemplo, comparei com Project CARS, que com chuva, reflete até detalhes de fora da pista.

O mesmo dentro do carro, com o retrovisor “emprestado” da geração passada e texturas simples (mas em alta definição). Até as informações na tela são muito parecidas com a versão passada, mas como disse no começo, isso não atrapalha em nada na jogabilidade e acredito que nem os fãs da franquia, já que preferem o desafio ao gráfico.

Mas não podemos deixar de elogiar os novos efeitos inseridos no game, provavelmente possíveis por causa da nova geração. O blur está quase que inexistente, podemos ver as ondas de calor do motor e a sensação de velocidade está boa. Novos efeitos de luz também estão presentes e Abu Dhabi, com sua corrida “de tarde virando noite” está sensacional.

E é claro que o carro e os pilotos estão bem mais definidos e caprichados. Ao ponto de se olhar dentro do capacete e observar as expressões deles após a corrida, seja pelo sucesso ou fracasso no objetivo. Entenda que os gráficos não são ruins, apenas entendemos que com outros jogos de corrida já disponíveis para a atual geração e o fato de que o tempo influencia na produção de um jogo, elementos que poderiam estar nesta edição não estão presentes, mas podem ser melhorados/adicionados numa boa em 2016. Basta querer.

Ouvindo o ronco dos motores

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O som do jogo ganhou melhorias e uma interessante novidade. Agora é possível conversar de fato com a equipe nos boxes, já que o controle do PS4 (aonde o jogo foi testado) é quem nos informa das condições do carro, permitindo a você responder a opção de parada mais adequada ao momento. Só é meio difícil de acostumar no começo, já que o som do controle se perde em meio a ação na tela, mas não é impossível e tão menos interessante. Se o console tem recursos como este, tem mais é que utilizar mesmo.

Também temos a volta da narração em português que embora competente, não empolga, mas isso nem é algo de todo ruim, pois a voz se preocupa apenas em expor os resultados da corrida e explicar algumas opções, não atrapalhando em nada na corrida e muito menos na experiência do jogo, mesmo “forçando a barra” para querer empolgar.

E já que estamos falando da parte sonora, os menus ganharam músicas bem agradáveis. Perderam a “imponência” de outros jogos, mas ajudam a colocar o jogador no clima e agrada.

Bom para 2015, mas que pode ser melhor em 2016

A edição 2015 da Fórmula 1 tem suas qualidades e diverte, com toda a certeza do mundo. Porém o fato de ser “jogo de ano” com certeza limitou a equipe a se preocupar com alguns aspectos, ignorando outros. Modos mais variados de gameplay são quase necessários (ainda mais quando comparamos com outros jogos da própria franquia) e melhorias precisam ser analisadas.

Porém é a estreia da série na atual geração. Não estamos falando de um jogo que foi feito do zero diretamente para um PS4 e Xbox One, como aconteceu com Projetc CARS (análise aqui), e sim de uma série, que já tem uma engine pré-definida e busca se atualizar ano a ano. Por isso, quem é fã da categoria, tem muito a se divertir na edição deste ano, e pode torcer para que a Codemasters possa fazer ainda melhor no ano que vem.

F1 2015 já está disponível e tem versões para Playstation 4, Xbox One e PC.

 

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