Análise Arkade: FIFA 16 faz bonito com pequenas melhorias e futebol feminino
O FIFA 16 já é sucesso entre os gamers fãs de futebol, com suas melhorias e a inclusão do futebol feminino. Vamos ver quais foram estas melhorias e o quanto somaram no game?
Como todos sabemos, todo ano tem FIFA novo na área, e isso acontece desde 1994. O curioso é que mesmo em meio a melhorias comuns aos jogos da série, algo neste ano chamou bastante atenção: o futebol feminino, que embora não contasse com sua estreia nos games, fez sua primeira participação de relevância nesta edição de FIFA.
E como o futebol feminino se saiu? E o game como um todo, entendendo que estamos falando de uma evolução natural “da espécie” game de futebol? Vem com a gente conferir um pouco mais sobre este excelente simulador de futebol.
No princípio, o que interessa: a bola!
Muitos jogadores de FIFA são dedicados, a ponto de usufruir bem os vários modos de jogo que a franquia oferece, mas o que o pessoal gosta mesmo é de jogar partidas contra o computador, ou um amigo, sem muita frescura, e neste quesito, o game manda bem.
As partidas ficaram mais cadenciadas, fazendo o jogador explorar melhor o coletivo do time, ao invés de “pegar o Cristiano Ronaldo e ir pra cima”. Claro que jogadores diferenciados ainda são úteis, mas desta vez, é a equipe que vence o jogo e não apenas um jogador. O posicionamento dos atletas também está melhor e os adeptos do tiki-taka vão curtir passar a bola de pé em pé.
O placar está cada vez menos elástico e parte disso se deve aos goleiros, que sofreram uma imensa atualização no ano passado e estão melhores do que nunca, indo buscar a bola rebatida, se jogando numa bola pra valer e saindo do gol com mais confiança, com os devidos atributos de cada goleiro, claro. Os atacantes estão mais dinâmicos, procurando espaços de fato ou se apresentando para uma jogada melhor trabalhada, garantindo que o coletivo já mencionado funcione da melhor maneira possível.
Gráficos, gráficos, gráficos! e som!
Outra coisa que o fã de futebol gosta no seu simulador é do grau de realismo que as partidas podem oferecer, seja no gráfico ou no áudio. FIFA 16 faz isso muito bem e com qualidade. As expressões dos jogadores melhoraram muito em relação ao ano anterior e assim como seu rival PES, tatuagens e marcas dos jogadores se fazem presentes.
O nível de detalhes em jogadores, uniformes, estádios e gramado impressionam, ficando apenas a torcida com cara de “podia ser melhor”. A EA ainda quer fazer com que a torcida deixe de ser um borrão no jogo e participe de forma ativa com gritos, pulos e comemorações, e apesar de conseguir dar saltos neste conceito com o PS4 e o Xbox One, ainda não conseguiram evoluir este aspecto, mas estão caminhando bem, já que na parte sonora, a torcida manda muito bem, com gritos e até músicas comuns ao que assistimos na TV, porém a nível europeu, já que quando chegamos ao nosso Brasileirão, tudo fica mais “genérico”.
Ah, e agora tem spray nas faltas, aquele que separa a distância entre a bola e a barreira numa falta. O spray fica um pouco no gramado até desaparecer com o tempo, igual de verdade, somando detalhes pequenos, mas que fazem muita diferença no conjunto.
Tem Brasileirão, e tem mulher!
Duas novidades em FIFA 16 para alegrar os brasileiros. Os times brasileiros, fora do FIFA 15, estão de volta, com exceção de Corinthians e Flamengo, que contam com a exclusividade no PES. Goiás e Sport também estão fora, tendo então 16 clubes da Série A prontos para serem curtidos por seus respectivos torcedores.
Enquanto isso, a estreia das mulheres em FIFA acontece de maneira tímida, mas acontece. Talvez querendo testar o conceito entre os jogadores, a EA colocou apenas oito seleções no jogo e um torneio entre elas para aproveitar o modo. Até o Japão, campeão da Copa do Mundo de 2011 e vice do mundial deste ano, está fora. E não tem muito a se fazer com as atletas senão jogar estes rasos modos.
Controlar as mulheres é um pouco diferente, sim. Para evitar que o gameplay fosse idêntico ao jogo dos homens, a EA realizou um trabalho de captura específico, então podemos considerar que o futebol feminino é um jogo a parte, que terá sua própria evolução. O que é necessário, já que o gameplay ainda apresenta grandes problemas, como dificuldades em fundamentos simples, como o cabeceio ou o chute de primeira, ou na corrida, que por querer simular o ritmo mais rápido do futebol feminino, acaba por atrapalhar o jogador por isso.
Mas é divertido jogar com as mulheres e a esperança é que a EA ouça o feedback dos jogadores e jogadoras, melhorando o conceito, oferecendo equipes profissionais pelo mundo, mais seleções e modos de jogo. É difícil, mas o primeiro passo já foi dado.
Para quem quer mais do que jogar futebol
Quem já está acostumado com os modos a mais de FIFA, a versão 16 do game continua oferecendo estas possibilidades, como o modo do jogador profissional, que propositalmente oferece mais dificuldades para o jogador crescer na carreira, sendo pouco aproveitado no começo das temporadas e tendo que ralar muito para chamar a atenção.
O Manager também se mantém naquela de evoluir um conceito sem mexer muito, com transações mais constantes e melhorias em menus e o Ultimate Team continua agradando os adeptos do sistema de cartas de FIFA.
Por fim…
FIFA 16, se for observado apenas como a evolução de FIFA 15, será encarado exatamente como isto, uma simples e competente evolução. Porém a EA quer ampliar o seu conceito de game de futebol, apresentando algo mais do que apenas a evolução natural de sua franquia. O esforço para adicionar complicadas equipes — as nossas queridas equipes brasileiras — no game, além da elogiada adição das mulheres mostram uma vontade de sair da caixa, mesmo que de maneira cautelosa.
Para FIFA 17, esperamos ver estes conceitos melhor elaborados, além das óbvias melhorias no gameplay. Quem sabe um modo jogador profissional feminino ou uma série B nacional?
FIFA 16 já está disponível para Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360, Xbox One e PC.
