Análise Arkade: A pancadaria estilosa de Jojo’s Bizarre Adventure All-Star Battle R

19 de setembro de 2022
Análise Arkade: A pancadaria estilosa de Jojo's Bizarre Adventure All-Star Battle R

Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R, remasterização do game original de 2013, foi lançado pela Bandai Namco para os consoles atuais e PC no início desse mês, trazendo os icônicos personagens da obra máxima de Hirohiko Araki para cair na porrada!

Vamos então conferir como esse remaster acaba se saindo, explorando suas novidades e pontos positivos e negativos, acompanhando a longa saga da família Joestar pelas 8 partes do mangá original, além é claro de contar com pancadaria multiplayer!

Então, vamos de Phantom Blood até Jojolion em nossa análise completa!

Mas antes, uma reclamação bem importante sobre o game… pra que tanto copyright nas screenshots?? Em todas as imagens e vídeos do game que você verá nesta análise, há um monte de texto cobrindo a parte inferior direita, deixando tudo muito feio. Tudo bem que quase todos os games de anime possuem esses avisos de copyright, mas pra que tantos assim?

Um fighting game de anime/mangá que não segue os padrões do “gênero”

Análise Arkade: A pancadaria estilosa de Jojo's Bizarre Adventure All-Star Battle R
Olha só o monte de texto na Screenshot! Chega até a cobrir a linha de diálogo quase inteira!

Normalmente, quando um fighting game baseado em alguma obra de mangá ou anime é lançado, costuma seguir um estilo diferente dos Fighting Games padrões. Normalmente utilizando o estilo de Arena Fighters, como por exemplo Jump Force, ou os games da série Dragon Ball Xenoverse.

Ou, quando se mantém num estilo 2D, normalmente possuem estilos mais “elétricos” e rápidos, com gameplay simples e mais focados na jogatina casual ou num modo história. Uma exceção a esse estilo lançado nos últimos anos foi o excelentíssimo Dragon Ball FighterZ, que, mesmo tendo um gigantesco modo história e jogabilidade bem acelerada, foi construído nas bases de um game de luta “tradicional” da Arc System Works, sendo, além de um “game de anime”, um fighing game de fato.

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Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R, encaixa-se na mesma categoria de Dragon Ball FighterZ. Esse game é, além de uma adaptação de uma obra de mangá/anime, um fighting game por si só, que é acessível e divertido mesmo para quem não conhece ou é fã de Jojo’s Bizarre Adventure.

Aqui temos um Fighting Game 2D com movimentação 3D limitada (assim como em Tekken, em que você pode esquivar-se para a esquerda e direita, além de se mover para frente e para trás), e um gameplay realmente pensado para a jogatina PvP.

Essa já era a premissa do game original lá em 2013, e o remaster que temos ao nosso dispor mantém intacto esse estilo, sem alterar quase nada, nem gráfica ou mecanicamente. Porém, adiciona algumas melhorias que deixam os combates muito mais dinâmicos, além de adicionar alguns personagens novos. Porém, da mesma forma que mantém os acertos do original, mantém alguns de seus erros, que poderiam (e deveriam) ter sido revisados para os tempos atuais.

Modos de jogo e jogatina online

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Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R conta com quatros diferentes modos de jogo: All-Star Battle, Arcade, Versus e Online. O modo All-Star Battle é como se fosse o modo “campanha”, mas é executado de uma maneira bem diferente.

Esse modo acompanha toda a história do mangá de forma bem “aberta”. O que quero dizer com isso é que não temos aqui uma recriação cena a cena, ou momento a momento de cada batalha de cada parte do mangá. Mas sim uma coleção de lutas, divididas em painéis (como numa página de mangá), utilizando os personagens de cada parte.

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O modo All-Star Battle é formado por painéis que recriam cenas da história original, e imaginam outras que nunca ocorreram

Por exemplo, nos painéis da parte 1, Phantom Blood, revivemos algumas lutas da história, como Jonathan vs Dio, e vemos algumas imaginações como cenários “What If”, como por exemplo Jonathan enfrentando Giorno Giovanna (Quem leu ou assistiu a parte 5, Golden Wind, sabe a relação entre os dois). Assim temos lutas que revivem momentos reais da história, assim como algumas divertidas imaginações.

No modo Arcade, temos dois tipos de partidas: Challenge Battle, em que o jogador seleciona o nível de dificuldade dos personagens controlados por computador e participa de uma sequência de 8 lutas. E há o modo Endless Battle, que como o nome deixa claro, trata-se de sequências infinitas de lutas (com 1 round cada), com a dificuldade dos oponentes ficando maior conforme você vai vencendo batalhas.

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O modo versus oferece jogatina local para dois jogadores, ou para um único jogador lutando contra a IA. Há o modo Single Battle para lutas 1 vs 1. O modo Team Battle, em que cada jogador escolhe 3 personagens diferentes, e aquele com mais vitórias vence. E o modo Tournament, um torneio tradicional com 8 personagens, com apenas 1 campeão.

E por fim temos o modo online, que não tem segredo: Conecte-se a outro jogador online e enfrente-os em batalhas casuais, ou nas batalhas ranqueadas. Aqui é possível entrar em sessões já abertas pelo modo Quick Match, ou procurar lutas com regras específicas. Além é claro de poder criar sessões para batalhar contra seus amigos.

Todos esses modos de jogo rendem dinheiro in-game para o jogador, usado para comprar itens cosméticos, como roupas, cores, animações e opções de customização novas para cada personagem. Isso é, de forma básica, tudo o que o game tem disponível. E há outros modos autoexplicativos, como modo de treinamento, customização, loja e galeria.

Gameplay simples, com bastante possibilidade de aprendizado

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Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R possui um gameplay bem feito e fácil de aprender. Ele possui controles tradicionais de um game de luta 2D, ou seja: golpe fraco, médio e forte, e habilidades feitas no bom e velho esquema “meia luta pra frente e soco”, “diagonal baixo frente e soco” e etc.

Além disso, o game é amigável tanto para novos jogadores quanto para os mais experientes, oferecendo um nível de aprendizado que vai do mais básico ao avançado. Um exemplo disso são os combos. Todos os personagens possuem um combo automático, feito simplesmente ao ficar repetindo o botão de golpe fraco, ou quadrado e X nos controles de Playstation e Xbox, respectivamente.

Ao ficar apertando esse botão, você conecta golpes seguidos que ativam automaticamente uma skill e, na maioria dos personagens, ativa um HHA, ou um dos ataques especiais do personagem. Essa é uma forma bem básica de lutar que é bem convidativa para novos jogadores. Mas, conforme você se aventura no modo online, percebe que essa não é a melhor forma de atacar seus oponentes, o que naturalmente leva ao aprendizado de combos mais complexos, que felizmente são fáceis de aprender.

Uma característica interessante do game está nos Estilos. Cada personagem possui um estilo que afeta como serão os seus comandos. Dois exemplos de estilos são o Hamon e os Stands. Se você não conhece Jojo’s Bizarre Adventure, aqui vai uma pequena explicação sobre ambos: Hamon, ou literalmente “Onda”, é uma técnica de respiração que dá grandes poderes para quem as dominar. Já os Stands são manifestações da alma de uma pessoa, normalmente vistos em pé atrás de seus usuários (por isso no nome Stand).

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Jolyne Cujoh e seu Stand – Stone Free (Ou Stone Ocean, na tradução censurada)

Os estilos adicionam habilidades extras a cada personagem, oferecendo muitas opções de comandos durante uma luta. Jonathan e Joseph Joestar (jovem), por exemplo, possuem o estilo Hamon, o que permite que eles recarreguem a barra de especial com um apertar de botão, e permite que eles imbuam seus golpes com Hamon, causando dano extra em seus ataques.

Personagens com o estilo Stand podem jogar com seus respectivos Stands ativados ou desativados. Alternar entre Stands ativos ou inativos muda todos os combos e skills dos personagens. Por exemplo, meia lua e soco com Jotaro com Stand desativado gera um determinado ataque, e esse mesmo comando sou seu stand ativado gera outro ataque diferente.

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ORA ORA ORA ORA ORA ORA ORA ORA ORA ORA!

O uso de Stands, bem como o uso de todos os tipos de estilos, possui vantagens e desvantagens. Usuários de Stand possuem maior alcance em seus golpes, mas seus Stands são vulneráveis a ataques. Usuários de Hamon não possuem Stands, mas podem recarregar suas barras de especial livremente. Outro estilo, usando montarias (como os personagens da parte 7 – Steel Ball Run), podem lutar montados em cavalos, causando bastante dano e ficando imunes a agarrões. E há ainda outros estilos diferentes exclusivos de alguns personagens.

Cada personagem tem um estilo próprio, com suas próprias particularidades e complexidades. Há personagens fáceis de se usar, como Jonathan, Jotaro e Jolyne, e outros bem mais complicados, como Akira Otoishi, Shigeki e Johnny Joestar. Mas o que não falta são opções, pois o game tem nada menos do que 50 personagens jogáveis.

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Por fim, em relação aos comandos básicos, todos os personagens possuem dois tipos de especiais: O HHA, que gasta apenas 1 barra de especial, e o GHA, que pode ser usado com 2 barras ou, se usado com 3, causa dano extra. Esses são os golpes mais poderosos, com animações cinemáticas que recriam cenas do mangá, como Dio derrubando um rolo-compressor no inimigo, Jotaro com seu ORAORAORA, Jonathan com o Sunlight Yellow Overdrive e etc.

Há ainda algumas opções que permitem maior controle sobre os próprios combos do jogador, sendo elas o Flash Cancel, em que, gastando uma barra de especial, você pode cancelar seu combo atual e imediatamente emendar um novo. Outra habilidade, exclusiva para usuários de Stand, é separar ambos. Enquanto o Stand realiza um ataque, é possível gastar metade de uma barra de especial para separar seu usuário, podendo controlá-lo e já iniciar novos combos. Bem como poder chamar seu Stand durante um combo para extender sua duração e dano.

Nessa luta eu uso bastante o Flash Cancel e chamo meu Stand no meio de um combo.

Os cenários também são interativos, com todos possuindo Stage Gimmicks E Dramatic Finishes. Se algum dos lutadores cair no chão nas áreas pulsando em vermelho, uma armadilha é ativada causando bastante dano se atingir algum lutador. E, se um lutador vencer uma luta com um HHA ou GHA em locais exatos em cada arena, rola um Dramatic Finish, algo como um Stage Fatality de Mortal Kombat.

E por fim, uma novidade que foi adicionada nessa versão do game, que não era presente no original de 2013, são as Stylish Evades. Ao se defender, esquivar, ou usar um comando específico (baixo + fraco e esquiva) no exato momento em que for atingido, você se esquiva de um ataque, inclusive de especiais, enquanto seu personagem faz uma pose estilosa. Isso permite que você imediatamente contra-ataque o oponente, cancelando sua ação atual e deixando-o completamente vulnerável.

Novidades, melhorias e erros do passado

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Basicamente, Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é o mesmo game de 2013, sem muitas alterações drásticas. Mas possui algumas melhorias muito bem vindas, como a já mencionada Stylish Evade. Outras melhorias estão no ritmo de gameplay, que teve sua velocidade aumentada, deixando as batalhas mais rápidas e dinâmicas, aliado com o game rodando a 60 fps, o que deixa tudo muito mais suave.

O game conta com a adição de 9 novos personagens não presentes no original, sendo eles: Robert E. O. Speedwagon (Phantom Blood), Mariah (Stardust Crusaders), Pet Shop (Stardust Crusaders), Jotaro Kujo em sua versão da parte 4 (Diamond is Unbreakable), Yukako Yamagishi (Diamond is Unbreakable), Trish Una (Golden Wind), Ghiaccio (Golden Wind), Prosciutto/Pesci (Golden Wind), F.F. (Stone Ocean), e por fim Diego Brando (Steel Ball Run).

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Outra adição muito bem vinda são os Assists. Ao entrar numa luta, você escolhe um personagem para controlar e um segundo como ajudante. Esses podem ser chamados para realizar ataques contra o jogador, ou como counter quando você estiver se defendendo ou recebendo dano. O uso de Assists torna tudo muito mais “Justo” e acessível, permitindo que o jogador consiga sair de combos, ou usar seus ataques para aumentar o dano causado.

Apesar de ter muitas adições, o game teve duas remoções em relação ao original: um dos mapas da Parte 6 – Stone Ocean, bem como algumas das habilidades do vilão dessa parte, o Padre Pucci. Aparentemente, esses conteúdos serão adicionados posteriormente, talvez numa forma de evitar spoilers do anime da Parte 6, que está sendo lançado por partes na Netflix.

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Como disse há alguns parágrafos, Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é o mesmo game de 2013, e isso infelizmente se reflete em algumas características que ficaram datadas. A principal delas é no gerenciamento de alguns menus. Nas batalhas rankeadas, por exemplo, você não simplesmente acha uma luta, escolhe seu personagem e parte pra briga, você precisa escolher o seu preset.

Na primeira vez que você entra no modo ranqueado, você escolhe seu lutador, seu assist e a arena que quer usar. E deve ficar com essas configurações em todas as lutas que travar neste modo. Por um lado, isso facilita o tempo, você entra na no modo ranqueado, busca uma partida e ela se inicia direto, sem mais menus. Por outro, se você quiser mudar de personagem, assist ou arena, deve abrir o modo ranqueado, apertar um botão que abre o menu de preset e aí manualmente escolher tudo de novo. É muito trabalho desnecessário.

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O mesmo ao sair de uma batalha, você volta para o menu online e deve de novo selecionar o tipo de partida que quer entrar, Player Match ou Ranked Match. Seria muito mais fácil se houvesse uma espécie de Lobby em que, ao voltar para ele após uma luta, rolasse uma nova busca automática ou bastando apenas um apertar de botão. Mas aqui, mesmo que sejam o apertar de no máximo 2 ou 3 botões, ainda assim você precisa de todo esse gerenciamento de menus para lutar de novo.

Por fim, o maior ponto negativo do game está em seu netcode. Se você tem uma conexão de internet estável, não é garantia de que terá uma partida sem lag. Se seu oponente estiver com problemas de conexão, vai rolar bastante lag. Desde input lag, até mesmo travadas com uma tela dizendo “Transmiting” aparecendo e atrapalhando a batalha.

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Passei por muito lag e desconexões enquanto jogava…

Games de luta hoje em dia por obrigação deveriam contar com Rollback Netcode, uma técnica que minimiza o lag dos jogadores, resultando em partidas bem mais suaves. Infelizmente, o game não contém isso, e muitas vezes rola tanto lag que as partidas ficam injogáveis. Ou pior, é possível que a conexão de uma partida caia após a luta terminar e antes de seu resultado ser subido para os servidores do game. Isso pode, por exemplo, invalidar uma vitória no modo ranqueado, não contabilizando em seu player card.

Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é um game muito divertido e com potencial para ser um game com longa vida útil, mas para isso acontecer, vai depender da Bandai Namco em melhorar seu netcode. E olha que eu joguei contra jogadores dos Estados Unidos com conexões piores do que a minha, isso levando em conta que minha internet atual não é lá muito boa!

Audiovisual

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Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R tem um visual perfeito. Simplesmente perfeito. Hirohiko Araki, autor da série, possui um traço realmente incrível, que evoluiu muito ao passar dos anos. E o game replica fielmente os traços dos mangakás em cada um de seus personagens. Inclusive a evolução de estilos.

O Dio da Parte 1 e o DIO da Parte 3 são totalmente diferentes, replicando seus visuais assim como eram nas respectivas eras em que essas partes foram publicadas. O mesmo com Jotaro da Parte 3 e da Parte 4. Não se trata apenas de uma skin diferente, mas um personagem completamente novo, com visual, movimentação e comandos diferentes.

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Todos os personagens são desenhados de forma incrivelmente fiel, imitando os traços de Araki no papel, como por exemplo as linhas de sombras no pescoço, linhas de expressão nos olhos e nariz, e etc. Além disso, o game como um todo é incrivelmente colorido. E, se os personagens já são perfeitas recriações, os cenários se sobressaem ainda mais. Principalmente pois eles parecem realmente saídos das páginas de um mangá.

Jojo’s Bizarre Adventure, mesmo nos mangás, é uma obra que praticamente presta homenagem ao “som”. Diversos personagens e Stands são nomeados tendo como inspiração ícones da música e canções icônicas. Um grande exemplo é o personagem Yoshikage Kira, cujo visual é inspirado em David Bowie, e seu Stand, Killer Queen, vem diretamente da música da banda Queen, além de seus próprios ataques, Sheer Heart Attack e Bite the Dust, inspirados em músicas da lendária banda de rock.

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Yoshikage Kira (33 anos. Mora na parte nordeste de Morioh…) e Killer Queen

Mencionei isso para comentar como a música é importante para a obra, o que reflete no anime tendo trilhas sonoras incríveis. Cada música é icônica e daquelas que você quer até colocar na playlist. Infelizmente o game não possui uma trilha sonora tão boa quanto a do anime, nem conta com as músicas da obra animada. Ainda assim, possui músicas bem legais com estilo levemente parecido com as do anime.

E uma coisa muito legal que esse remaster fez foi regravar as vozes de todos os personagens que já foram adaptados para anime, ou seja, todo mundo da Parte 1 até a Parte 6, usando as vozes de seus dubladores! O game original foi lançado em 2013, e nessa época apenas as partes 1 e 2 haviam sido animadas, com a Parte 3 ainda em seu início nas TVs. Assim todas as vozes das partes pós a 3 foram feitas exclusivamente para o game. Com o remaster, agora temos todas as vozes do anime dentro do game.

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Infelizmente, assim como no anime, Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R conta com mudanças em nomes por conta de direitos autorais. O Stand Killer Queen, que mencionei há pouco tempo, no game é chamado de Deadly Queen. E isso ocorre com todos os personagens com nomes inspirados em artistas e músicas.

O game infelizmente também não possui localização em português brasileiro, e também não possui seleção de idioma. Todos os seus menus e textos estão em inglês, e todas as suas vozes são as originais japonesas.

Conclusão

Análise Arkade: A pancadaria estilosa de Jojo's Bizarre Adventure All-Star Battle R

Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é um excelente game de luta e um excelente game de Jojo’s Bizarre Adventure. Sendo assim, ele divertirá tanto os fãs da série quanto aqueles que não a conhecem. Quem sabe até seja uma boa porta de entrada para o mundo bizarro da família Joestar.

No entanto, algumas características datadas, provenientes do original de 2013 ainda permanecem, sendo mais umas inconveniências chatas do que problemas em si. Porém, a falta de um rollback netcode, numa época em que todo game de luta que almeja ter vida longa implementa esse recurso, é bem preocupante.

Esse é um game com potencial para permanecer vivo por anos e atrair ainda mais jogadores. E principalmente manter seus jogadores, pois suas batalhas são divertidas e convidativas tanto para quem está começando como para quem já tem experiência. Se a Bandai Namco cuidar bem do game, ele vai durar por muito tempo. Mas tudo depende de como a Bandai Namco vai fazer isso.

Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R foi lançado no dia 1º de setembro com versões para PC, Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e Nintendo Switch.

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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