Análise Arkade – Uma aula de remasterização com Judgment

30 de abril de 2021
Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment

Em um universo gamer com muitas remasterizações, temos games de todos os tipos. Dos que conseguem explorar, de fato, os recursos superiores dos novos consoles que chegam, até os que conseguem a façanha de rodar de forma pior do que no sistema original.

Com a crescente dos games Yakuza, a ponto de Like a Dragon ter recebido legendas em português pela primeira vez na história da franquia, a SEGA tem percebido que os games da Ryu Ga Gotoku, embora populares no Japão, tem conquistado dia a dia novos públicos pelo mundo.

Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment
Kamurocho nunca esteve tão linda!

Assim, a companhia se sentiu motivada a levar Judgment, game de 2019 que podemos considerar como um “spin-off-de-gameplay” de Yakuza, para novos públicos, remasterizando o game para o Xbox Series X|S, Playstation 5 e Stadia. Assim, mais jogadores poderão acompanhar a jornada de Takayuki Yagami, um ex-advogado de prestígio que, após um caso traumático, larga a advocacia para abrir uma empresa simples de investigações, se tornando um detetive.

O game é, essencialmente, o mesmo de 2019. Um jogo que usa a Engine dos jogos Yakuza e até a famosa Kamurocho, com seus locais conhecidos, como lojas, restaurantes, as lojas de arcade da SEGA e a praça central como cenário. Podemos, aqui, citar que Judgment funciona para Yakuza como GTA III funciona para GTA IV: são histórias que acontecem no mesmo local, porém com protagonistas diferentes, que não se conhecem e, por isso, não se relacionam em um mesmo universo narrativo.

Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment

Oferece o mesmo drama cinematográfico dos games da Ryu Ga Gotoku Studio e é totalmente amigável para quem já joga os games Yakuza por vários anos. Mas, claro, algumas coisas são diferentes, como o foco na vida de detetive, que envolve busca de provas e investigação usando vários recursos, como disfarce ou drones com câmeras.

Fazendo uma outra comparação, Judment poderia ser, de maneira simples, equivalente a uma mistura entre Yakuza e L.A. Noir, jogo da Rockstar de investigação que usa da Engine RAGE de GTA. Essa fórmula, apesar de não ser um fenômeno em vendas e não ser das mais faladas ou esperadas pelo mundo gamer, tem um forte apelo com um nicho específico, que garantiu, inclusive, boas vendas para o game no Ocidente.

Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment

Assim, a SEGA se sentiu motivada a apresentar Judment para mais jogadores, em um remaster simplesmente incrível. A versão de Xbox Series S, a qual o jogo foi testado, já chama atenção pelos loadings extremamente rápidos. Entre ligar o videogame e começar a jogar, não se perde menos do que 30 segundos. Até os combates com os inimigos que pipocam na rua, que contavam com um loading pequeno, mas irritante, são inexistentes por aqui. Inclusive, se você aceita o combate, já pode ir pra porrada instantaneamente, sem precisar esperar animações.

O trabalho visual também é impecável. São muitos refinamentos visuais, que deixam o jogo incrível, e 60fps, que são a combinação ideal para explorar Kamurocho de forma adequada. O trabalho visual conta, de fato, com diversas melhorias, com detalhes em poças de água, sombras, luzes, prédios, carros, pessoas e calçadas, que mostram a dedicação do estúdio no remaster. E que nos deixa muito animados para os próximos games, que usarão 100% os recursos da nova geração.

Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment

O remaster também deixa o jogo mais dinâmico. Outra boa notícia para futuros capítulos de jogos da Ryu Ga Gotoku, que muitas vezes incomodam pelas corriqueiras demoras durante o gameplay. Não estou citando, claro, as cenas de diálogo que são, de fato, longas, mas pequenas demoras entre elementos de gameplay no mundo do jogo.

Tudo isso embala um game com o “puro suco” de Yakuza: uma história interessante e misteriosa, com desdobramentos cheios de grandes revelações, em meio a um mundo aberto com muitas atividades, e, pelo fato do protagonista ser um detetive, a oferta de casos mais sem noção, que levam, como sempre, o bom humor em meio a situações bem sérias, marca registrada do estúdio.

Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment

De novidade, se você joga Yakuza mas nunca jogou Judgment, espere por alguns elementos simples de novidade, como uma mecânica de perseguição com esconderijos pelas ruas para evitar ser visto, o já mencionado uso de drones, e investigação envolvendo coleta de itens ou perguntas para pessoas do tipo “onde você estava no último dia 31”?

Judgment já era uma boa opção para o Playstation 4, o console que recebeu o jogo original, mas se tornou ainda mais interessante em seu remaster. Embora tenha recebido o título “remaster” cedo demais, neste caso a situação é justificada pela estreia em novos consoles, além do real bom uso dos recursos de um Xbox Series X|S. Talvez jogadores de Playstation 4 tenham alguns questionamentos, afinal, o game poderia ter sido ofertado de forma gratuita para quem já o possui, como parte da indústria tem feito nessa transição de gerações.

Análise Arkade - Uma aula de remasterização com Judgment

Mas, independente disso, temos um game com boa história, um sistema de combate com a marca patenteada Yakuza de quebrar dentes, elementos novos que dão um ar novo na exploração de Kamurocho, além de perceber o bom trabalho da Ryu Ga Gotoku em, seja no desempenho ou no visual, apresentar um remaster que pode até ser encarado como um jogo feito exclusivamente para a atual geração.

Tudo isso é sinal de boas notícias, não só para o futuro de Yakuza, mas como o próprio Judgment, que já possui sua sequência em desenvolvimento.

Com a chegada desta nova versão, Judgment está atualmente disponível para Playstation 4, Xbox Series X|S, Playstation 5 e Google Stadia.

Uma resposta para “Análise Arkade – Uma aula de remasterização com Judgment”

  • 1 de maio de 2021 às 21:44 -

    Helinux

  • Dukralho!!!! valeu!!!!

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