Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

6 de abril de 2021
Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

Narita Boy, do estúdio espanhol Studio Koba, foi apresentado ao mundo lá em 2017 já deixando os jogadores no hype. Mas após isso, o game desapareceu por três anos, até finalmente ressurgir no início de 2021 anunciando sua data de lançamento. E ele enfim está aqui!

Vamos então entrar com tudo no Mundo Digital e conferir nossa análise completa desse game que é 100% anos oitenta e 100% estilo pixelado!

O Herói do Tricroma

Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

Narita Boy conta a história de um mundo digital, nascido da mente de Lionel Pearl Nakamura, um homem que revolucionou a história com sua criação, o computador Narita One, que continha o cultuado e adorado game Narita Boy.

Uma noite, enquanto programava no sistema que ele mesmo havia criado, algo estranho acontece, uma entidade, conhecida como Him, surge de repente e apaga as memórias de Lionel. Com isso iniciando sua guerra por dominação do mundo digital.

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Him, o programa que se rebelou.

A criação de Lionel deu origem ao mundo digital, um imenso mundo existente dentro dos computadores Narita One, fazendo de Lionel o “Criador”, o ser mais importante desse mundo. Mas após o ataque de Him, o Mundo Digital ficou desconectado de seu criador, entrando em perigo.

Com isso, a Motherboard, entidade responsável por cuidar da harmonia dentro do Mundo Digital, inicia o protocolo Narita Boy, transportando um jovem do mundo real para dentro do mundo digital, controlando o herói do jogo de video game que tornou esses computadores famosos: O próprio Narita Boy.

Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

E na pele desse herói pixelado e empunhando a poderosa Tecno-Espada o jogador deverá explorar esse outro mundo e o Tricroma, o feixe de três cores que divide o mundo em três partes: Os desertos da Simulação Amarela, as águas da Simulação Azul e as ruínas da Simulação Vermelha, livrando o mundo dos Stallions, programas vermelhos comandados por Him para espalhar destruição.

Uma divertida aventura oitentista

Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

Narita Boy é uma aventura muito divertida. O jogador tem como objetivo explorar cada área do Mundo Digital e libertá-las do controle dos Stallions. O game possui uma duração até que longa, com cada área sendo bem extensa, com várias missões próprias e segredos.

Em cada uma dessas áreas o jogador deve encontrar os Totens do Criador, monumentos que contém as memórias do Criador. Dentro deles, o jogador restaura as memórias perdidas por Lionel, literalmente explorando sua história desde seu nascimento até os eventos que antecedem a história.

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Revisitar as memórias as restaura no cérebro de Lionel.

O Mundo digital é dividido em várias áreas diferentes exploráveis. O game é bem linear, mas com uma boa dose de backtracking em certos trechos. Inicialmente a exploração parece um tanto confusa, mas rapidamente o jogador consegue entender como tudo funciona e encontrar o caminho a se seguir.

E é claro que há muita porradaria em Narita Boy! Bem ao estilo beat ‘em up, em que quando inimigos aparecem em tela, você tem que dar cabo de todos para poder seguir adiante. Algo bem legal do game são seus power ups, que são literalmente disquetes que o Narita Boy encontra enquanto explora.

Os power ups são bem variados e legais de executar, adicionando bastante variedade aos combates, mas sem inserir dezenas de combos diferentes que o jogador até esquece de usar.

Basicamente o combate é com o uso da Tecno-Espada, uma arma rápida e muito poderosa, que pode até mesmo ser usada como arma de fogo. Agindo como uma shotgun para tiros a curta distância e soltando um poderoso raio que atravessa a tela ao segurar seu tiro.

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E a cada momento novos tipos de inimigos são apresentados, cada vez mais fortes que os anteriores, com alguns exigindo estratégias para explorar seus pontos fracos e atacar. Além é claro dos chefões, cada um único e completamente diferente dos outros, oferecendo batalhas cheias de ação de estratégia!

Além disso, o jogador pode utilizar o poder das cores em combate. Em cada uma das três áreas coloridas (amarela, azul e vermelha), há um “Mano“, um guerreiro que protege cada região e que oferecem seus poderes ao Narita Boy. Com a ajuda deles, o jogador pode ativar o “Fogaréu”. Esse poder faz com que uma chama colorida (amarela, azul ou vermelha), apareça por cima da cabeça do protagonista. Com isso, você causa mais dano em inimigos com chamas da mesma cor. Mas você toma mais dano também.

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O deserto da Simulação Amarela

E os três manos podem ser invocados durante as batalhas, realizando ataques que atingem todos os inimigos na tela. Com tudo isso, o combate de Narita Boy se torna muito divertido, desafiador e satisfatório.

E o game é bem amigável em relação a Game Over. Não há contador de vidas nem nada. Se você morrer durante uma batalha, volta imediatamente para bem próximo da área em que estava, iniciando a batalha novamente. Já quando você morre ou acaba caindo em locais com água ou precipícios, o game as vezes se confunde um pouco, recolocando você do lado do local onde caiu, ou as vezes longe. Parece depender com como o game registra checkpoints. Na dúvida, ficar parado alguns segundos em algum lugar parece ajudar.

Audiovisual

Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

Narita Boy é belíssimo. O game é verdadeiramente uma obra de arte. Seu visual inteiramente pixelado é incrível, com muitos detalhes, animações incrivelmente fluídas e cores vivas, mantendo-se sempre no espectro das cores amarelo, azul e vermelho, apresentando cores diferentes apenas aqui e ali, de uma forma muito bonita.

Esse uso das três cores está diretamente relacionado ao Tricroma, com isso, cada uma das áreas que visitamos são desenhadas com essas corres, assim como seus habitantes, programas amarelos, azuis e vermelhos. Tudo é muito bem feito e mostra um mundo vivo, mesmo que feito somente de pixels.

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As águas da Simulação Azul.

Porém, é importante avisar que o game possui muitos flashes coloridos e brancos. Felizmente eu não sofro com fotossensibilidade ou sofro de epilepsia, mas alguns trechos do game incomodaram um pouco meus olhos, por isso, caso você sofra com luzes fortes e piscantes, tenha cuidado ao jogar.

A trilha sonora do game é espetacular, contando com músicas eletrônicas 100% estilo anos 80 e 90. A qualidade das músicas é tão boas que algumas delas, como o tema principal do game, parece até uma música do Daft Punk lá do início dos anos 2000. E isso é um enorme elogio!

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As ruínas da Simulação Vermelha.

O game conta com localização completa em português brasileiro, com uma tradução excelente. Em cada diálogo, em cada forma com que os personagens falam, dos mais formais até os mais descontraídos e até mesmo no uso de termos computacionais, que mesmo que sejam usados em inglês no nosso idioma, se não encaixados e interpretados direito ficam sem sentido. Mas aqui não houve nenhum erro.

Conclusão

Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy

Demorou para que Narita Boy se tornasse realidade, mas quando o game enfim chegou, ele não decepcionou. Talvez um ponto negativo do game seja o backtracking, que não é excessivo felizmente, mas é um pouco constante em algumas áreas do mundo digital.

Mas seu visual incrível, trilha sonora excelente e gameplay divertido e desafiador compensam e muito a jornada pelo mundo dos video games. Ah, um pequeno spoiler: O game termina já deixando claro que teremos um Narita Boy 2 no futuro e que essa sequência será um beat’em up de porradaria! O que já deixa o hype lá no alto!

Com isso, Narita Boy é um game que todos deveriam experimentar. O conjunto da obra é realmente impressionante e deixa a expectativa lá no alto para sua sequência, que espero que não demore para ser lançada!

Narita Boy foi lançado no dia 30 de março com versões para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Uma resposta para “Análise Arkade: Neon, Pixels e anos 80 em Narita Boy”

  • 6 de abril de 2021 às 21:47 -

    Helinux

  • Muito bom!!!! valeu!!!!

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