Análise Arkade: No Man’s Sky Beyond é a redenção da exploração espacial

24 de agosto de 2019
Análise Arkade: No Man's Sky Beyond é a redenção da  exploração espacial

No Man’s Sky é um jogo que chamou vários olhares para si desde antes do seu lançamento. Considerado um fracasso total após um lançamento desastroso em 2016, o jogo da Hello Games recebeu inúmeras atualizações. Culminando, assim, em uma quase total reformulação do título, que resulta em No Man’s Sky Beyond, uma redenção da exploração espacial da Hello Games.

Em Beyond, tivemos uma espécie de continuidade das melhorias vistas na atualização de 2018, chamada de No Man’s Sky Next. Novos recursos de construção de bases, um sistema online inédito, melhorias de interface e novas mecânicas com criaturas. Além disso, um modo em realidade virtual totalmente compatível com o tradicional são algumas das novidades do game para 2019.

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Toneladas de melhorias

No Man’s Sky Beyond é uma atualização gigantesca que foi dividida pela própria Hello Games em “três grandes pilares”. Ou seja, três grandes melhorias que sustentam toda a atualização. Estes pilares são: “No Man’s Sky VR“, “No Man’s Sky Online” e “No Man’s Sky 2.0“. Porém, vamos começar nossa análise falando desta última.

Ao longo destes três anos, No Man’s Sky recebeu inúmeras novidades. Entre elas temos construção de bases planetárias, melhoria da variedade de criaturas, otimização dos menus e layout do jogo, etc. Assim, a atualização “2.0” teve como objetivo continuar essa melhoria de conteúdos, o que deu muito certo.

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O mapa de sistemas é só um exemplo de tantos detalhes que foram melhorados.

As melhorias são, na maioria das vezes, sutis. Mas são tantas que dão uma ótima impressão à nova versão do jogo. Isso pela combinação de tantos acréscimos fazer do jogo uma experiência muito mais polida e divertida. Desde a velocidade dos menus até o acréscimo de novos elementos de construção de base, tudo está melhorado em Beyond.

Comodidades muito bem-vindas

Entre tantas melhorias, um grupo específico vale ser ressaltado aqui, as otimizações de jogabilidade. Essas melhorias são importantes principalmente por influenciarem diretamente o quão natural, divertida ou punitiva pode ser a experiência de jogo. Mas não pense que esse grupo de melhorias é fácil de ser listado, pois aqui também temos vários detalhes!

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Organizar as melhorias da nave foi um acréscimo e tanto!

Os menus mais rápidos são só a ponta do iceberg. Temos a possibilidade de acumular um número bem maior de elementos por bloco de inventário (que antes era bem limitado). Além disso, as melhorias de trajes, naves e veículos podem mudar de posição no inventário, otimizando a aba de tecnologia. Isso dá uma sensação muito mais limpa e organizada aos nossos inventários.

À primeira vista, para um jogador novo em No Man’s Sky, tudo isso pode ser considerado irrelevante. Mas todo esse conteúdo otimizado agrada bastante aos jogadores veteranos, que tiveram dificuldades nas versões anteriores do game. Vale dizer também que boa parte dessas melhorias é fruto da Hello Games ouvindo seu público e reconhecendo suas demandas.

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Agora temos um catálogo com tudo que descobrimos no jogo, ajudando na parte de crafting.

A magia da realidade virtual

A sacada da Hello Games ao adicionar a possibilidade de jogar No Man’s Sky totalmente na realidade virtual foi fantástica. Jogadores veteranos que possuam um PlayStation VR, HTC Vive ou Valve Index, por exemplo, podem revisitar o game em uma perspectiva totalmente nova. Ao mesmo tempo, jogadores das plataformas de realidade virtual que nunca experimentaram No Man’s Sky agora possuem um incentivo e tanto.

Aqui temos um bom exemplo de como se fazer um jogo para a realidade virtual, ao menos até certo ponto. Isso porque não se trata simplesmente de colocar uma visão em primeira pessoa imersiva na tela de um óculos moderno. Praticamente toda a jogabilidade do título, bem como seus controles e layouts foram modificados na versão VR.

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Controlar naves na realidade virtual é um dos pontos altos do jogo!

É impossível não soltar ao menos um “uau” quando você joga No Man’s Sky em realidade virtual pela primeira vez. A sensação de imersão é fantástica, mesmo com o visual do jogo bem serrilhado e embaçado. Esse é o preço a ser pago para se inserir um mundo (universo) aberto na realidade virtual. Outros jogos como Skyrim VR e Borderlands 2 VR tiveram que pagar este preço também. Mas com isso é até fácil de se acostumar.

Aprendendo a jogar em VR

Os controles de movimento que o jogo pede no modo de VR é que são o desafio aqui para alguns. Não me entendam mal, o jogo ficou fantástico e cada comando em VR foi claramente muito bem pensado. O resultado são comandos orgânicos, na maioria das vezes instintivos e muito divertidos.

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Puxar sua multiferramenta das costas para usá-la é muito imersivo!

Entretanto, vão forçar o jogador a sair da zona de conforto que estava habituado até então. A não ser, obviamente, que ele esteja acostumado com a realidade virtual. Mas fora este desafio inicial, a realidade virtual compensa bastante em seus controles.

Naves possuem manches totalmente interativos com um cockpit cheio de informações úteis para o jogador. Veículos precisam ser dirigidos tal qual um carro. Ao mesmo tempo, para usar nosso scanner precisamos pressionar o polegar esquerdo na direção da têmpora. Tudo isso deixa a experiência simplesmente incrível, dando uma nova vida ao jogo. Até os menus ficaram confortáveis de serem utilizados neste modo de jogo!

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Os inventários ficaram muito mais interativos na realidade virtual.

Os desafios e problemas da realidade virtual

Porém, mesmo que a experiência da realidade virtual de No Man’s Sky seja excepcional, ela possui problemas. Muitos destes problemas fazem parte do processo de se adaptar um jogo tão grande desses para os óculos. Entretanto, precisam ser listados mesmo assim.

Para começar, temos alguns problemas de processamento e bugs que podem atrapalhar a imersão e a experiência de jogo. Por exemplo, quando estamos dentro de naves cargueiras ou bases mais complexas, algumas paredes e objetos podem demorar a carregar.

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Veículos mais rápidos podem ser um gatilho para a cinetose aparecer.

Já em outros momentos, como em veículos e naves, aqueles mais sensíveis podem sentir bastante os sintomas da cinetose, tais como enjoo e mal estar.. Entretanto, é importante ressaltar neste ponto que existem configurações para tentar diminuir isso. Claro que todos esses problemas são relativamente “pequenos” e fáceis de serem ajustados. Entretanto, caso não sejam, podem atrapalhar a diversão.

Montando sua fazenda alienígena

Outro acréscimo de mecânicas de jogo que merece ser citado aqui são as novas interações com a fauna dos planetas. Anteriormente, tínhamos apenas as atividades de catalogar e caçar animais dos planetas que visitamos. Entretanto, isso mudou consideravelmente em Beyond.

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É bem bacana passar um tempo interagindo com a fauna alienígena.

Agora podemos alimentar os animais com as 300 novas receitas de comida processada, além de legumes e carnes coletáveis. Além disso, dependendo da alimentação que damos a eles podemos utilizá-los como montaria temporária, além de coletar itens exclusivos deles. Junte isso a toda uma nova mecânica de coleta de recursos automatizada e você tem uma boa desculpa para passar mais horas em sua base.

A estação espacial Nexus

Por fim, temos o último grande pilar da grandiosa atualização de No Man’s Sky Beyond: um sistema multiplayer digno. Claro que o jogo está bem longe de ser considerado um “MMO”, mas já temos agora um sistema de lobby bem organizado e estável para a diversão dos jogadores mais cooperativos. Este lobby, é o chamado Nexus, a antiga anomalia espacial de No Man’s Sky Next.

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O visual do Nexus é, sem dúvidas, majestoso

O Nexus agora pode ser invocado em qualquer sistema tal qual as naves cargueiras. Dentro dele, temos uma estação espacial completa bem arrojada e com um visual fantástico. Mas não são só os aspectos estéticos que impressionam nesse lobby.

Aqui é justamente o espaço para jogadores interagirem entre si. Assim, podemos ver as naves de todos os que estão no mesmo lobby que nós, temos também um portal para acessar bases de outros jogadores. Além disso, vários comerciantes inéditos estão presentes nesta estação — vendendo coisas muito úteis, por sinal.

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O antigo comerciante de mercúrio de Next ainda existe na estação Nexus.

Multiplayer finalmente interativo!

Mas além de todas as novidades que a base Nexus possui, a que mais agrada é o sistema de missões online. Estas missões podem ser jogadas por até quatro jogadores em equipe, mesmo que o lobby dos PCs permita 32 jogadores e os dos consoles apenas 8, este número dos times é o mesmo.

Estas missões são bem parecidas com aquelas que jogadores antigos já estão habituados nas estações espaciais tradicionais. Entretanto, seu nível de dificuldade é ligeiramente maior bem como seu tempo de duração. O divertido de tudo isso é a praticidade com a qual podemos entrar no modo online, interagir com outros jogadores, completar missões e voltar para o nosso jogo base sem problemas.

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Diversos jogadores interagindo online é muito divertido!

Talvez ainda falte um pouco mais de grandiosidade nas missões online, algo como enfrentar cargueiros ou elementos mais épicos. Mas encarando este lobby como o primeiro passo, já é algo bem gratificante. Porém, o único problema em si é o fato de a progressão das missões online não serem salvas até que sejam concluídas. Isso torna um pouco problemático pegar missões mais complexas como construir bases, já que isso levaria mais tempo.

Aprender com os erros é essencial

A Hello Games errou muito no passado e isso é inegável. Independente do hype gerado na época e dos problemas que a desenvolvedora teve, promessas foram feitas e não cumpridas em 2016. Felizmente, a empresa assumiu uma postura de humildade e se mostrou aberta e motivada a compensar seus erros.

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Desde No Man’s Sky Next, de 2018, a imagem do jogo de exploração espacial já estava mudada. Foram várias atualizações que acrescentaram inúmeros conteúdos. Assim, o jogo aos poucos alcançava o que havia sido prometido lá atrás. Agora, com Beyond, temos algo que até extrapola um pouco este “prometido” trazendo elementos que nunca antes foram citados como possibilidades no jogo. Isso tudo, importante lembrar, chegando como atualizações totalmente gratuitas.

No Man’s Sky Beyond foi lançado em 14 de agosto para PC, PlayStation 4 e Xbox One, com compatibilidade com o PlayStation VR, HTC Vive, Oculus e Valve Index.

Uma resposta para “Análise Arkade: No Man’s Sky Beyond é a redenção da exploração espacial”

  • 14 de fevereiro de 2021 às 17:26 -

    irley 70

  • Ola , tenho no man sky, e gostei demais do jogo, por isso gostaria de poder usufluir da sensação de jogar em vr, ja jogo ets e ats em vr, mas tentei jogar o no man sky e não deu certo, tenho o Riftcat, versão paga, e instalei o steam vr, mas quando inicio o jogo em vr, ele não me da a opção de utilizar o controle xbox, mesmo eu configurando no jogo antes , não me da a opção de mover o cursor do mouse, se eu inicio no modo normal o controle funciona perfeitamente, teria alguma dica????

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