Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em Olija

5 de fevereiro de 2021
Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Você curte games de plataforma, metroidvanias e aquele estilo pixelados de games de antigamente como Prince of Persia e Another World? Então venha com a gente conferir nossa análise completa de Olija, um interessante game da Skeleton Crew Studio e distribuído pela Devolver Digital!

A saga de um náufrago

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Olija (lê-se Olí-ia) conta a história de Faraday. Um homem que, não aguentando mais ver a miséria e pobreza do vilarejo em que vive, decide arriscar tudo e partir para os mares junto de sua tripulação, em busca de algo que possa ajudar seu povo.

E em alto mar, seu navio é atacado por uma baleia gigantesca durante uma tempestade. Com isso, seu navio é inteiramente destruído e ele, junto de toda a tripulação, são jogados no mar. E então, Faraday acorda sozinho em uma praia, em meio aos destroços de seu navio. Parte de sua tripulação é encontrada morta, mas a maioria deles não está por perto.

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Faraday então inicia sua busca pelos sobreviventes, além de tentar entender onde está e como ir para casa. Mas nada será fácil, pois alguma força maligna domina a região em que ele está. E além disso, ele conhece a misteriosa princesa Olija, vendo-se no meio de um antigo conflito que perdura há muito tempo naquelas terras.

Ação/Aventura/Plataforma

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Em Olija, controlamos Faraday explorando diferentes ilhas das terras de Terraleva, um estranho lugar que atrai diversos náufragos e se torna uma verdadeira prisão para quem sobrevive a fúria dos mares. Em sua jornada, ele irá enfrentar o sinistro clã Putreflora, com seus soldados monstruosos e diversas criaturas maléficas.

E para conseguir enfrentar seus inimigos, ele contará com o poder de um Arpão Lendário, com o poder de voltar para a mão de seu dono após ser atirado e até mesmo distorcer o espaço tempo, permitindo que Faraday teletransporte-se para o arpão, quando a arma é fincada em algum objeto ou inimigo.

O game é um platformer de ação e aventura,em que o jogador visita cada uma das ilhas de Terraleva para cumprir seus objetivos, que consistem normalmente em coletar mapas, que desbloqueiam novas ilhas, e chaves, necessárias para abrir o caminho para fora de Terraleva.

Imagine o game como um Metroidvania de menor escopo. Com o uso do Arpão, você pode atravessar o cenário em qualquer direção, contanto que tenham pontos para fincar a arma e teletransportar-se a ela. Dito isso, Olija tem um pequeno problema de “navegação” pela forma como apresenta seus cenários.

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Em cada ilha, você deve entrar em cavernas para poder coletar os itens importantes para dar seguimento na aventura. Após coletar esse item, a caverna em que ele foi encontrado é permanentemente fechada. Além disso, tanto as ilhas como as cavernas possuem caminhos alternativos, que levam a tesouros escondidos.

Os tesouros vão desde recursos (falarei deles mais adiante), dinheiro e itens colecionáveis. Esses itens não são necessários para finalizar o game, sendo mais necessários para quem quiser completar 100% da aventura. Dessa forma, se o jogador assim preferir, ele deve explorar cada ilha e caverna para encontrar tudo.

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Mas muitas vezes o game já coloca o caminho certo logo de cara, e se o jogador entrar nele, não poderá voltar, deverá ir até o fim. Isso acaba bloqueando certas áreas de cada ilha, se o jogador não as explorar a fundo. Novamente, isso não atrapalhará no final do game, mas é uma decisão de design que eu pessoalmente não curti muito.

Os recursos que você encontra ao explorar, que vão desde ossos, pólvora, bambu, conchas e etc, são utilizados na fabricação de chapéus. Os chapéus adicionam poderes especiais a Faraday, cada um tendo uma utilidade, como recuperar vida enquanto ataca, expelir ácido, carregar seus ataques com eletricidade e etc. Você pode fabricar chapéus novos na ilha de Marvalho, o hub central do game.

O gameplay e combate de Olija são bem simples. O arpão, além de uma ferramenta de exploração, também é uma arma poderosa. Além disso o jogador pode usar diferentes armas secundárias, como uma espada, balestra, mosquete e etc.

Algo bem legal é o sistema de combos, a cada ataque, alguns pontos brancos vão aparecendo sob a cabeça de Faraday, quando eles se agrupam em um círculo, um ataque especial é executado. Esse ataque especial pode ser usado por qualquer arma e é o que ativa os poderes dos chapéus. Usando o Arpão, você pode dar um golpe tão poderoso que faz os inimigos saírem voando, com a espada uma sequência rápida de golpes e etc. Quanto melhor seu combo, mais forte será o dano causado.

Audiovisual

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Lá no começo dessa análise eu relembrei games como Prince of Persia e Another World, e não foi uma comparação acidental! Olija tem um visual pixelado que lembra bastante esses dois clássicos. O game é construído com pixels grandes e personagens de visual simples, assim como no primeiro Prince of Persia.

O game tem ao mesmo tempo um visual bem simplista e bem bonito, parecendo realmente um game lá do início dos anos 90. Cada cenário é bem construído e cheio de detalhes, e sua progressão é de tela a tela, assim como em games de antigamente. E algo que acontece em uma tela continua na próxima, com inimigos atacando e te seguindo.

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

O game possui músicas muito belas, com um estilo bem próprio e uma qualidade instrumental realmente incrível. O game possui vozes em uma língua fictícia, não possuindo dublagem em nenhum idioma. Felizmente o game conta com localização em português brasileiro.

Conclusão

Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em  Olija

Olija é um game bem divertido e envolvente. Sua história é bem simples, mas bem contada e interessante. Seu combate é bem divertido e satisfatório, e o uso do Arpão Lendário deixa tudo ainda mais dinâmico.

O game acaba sendo um pouco curto, são poucas ilhas para explorar, além da forma como o game apresenta sua exploração. Assim, o jogador pode acabar o game ainda mais rápido se não decidir explorar tudo o que Terraleva tem para oferecer.

Olija foi lançado no dia 28 de janeiro, com versões para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Uma resposta para “Análise Arkade: A pixelada saga de um náufrago em Olija”

  • 5 de fevereiro de 2021 às 22:07 -

    Helinux

  • ¨O game tem ao mesmo tempo um visual bem simplista e bem bonito, parecendo realmente um game lá do início dos anos 90.¨!!!! já disse tudo!!!! valeu!!!!

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