Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing

15 de novembro de 2016

Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing

Inovar em um gênero tão conhecido como o terror é um desafio para qualquer desenvolvedora. O gênero vêm sendo explorado por diversos pontos de vista, plataformas, misturas entre outros estilos e experimentações cada vez mais imersivas (vide os jogos com suporte para VR –que nunca jogarei-). Essa liberdade criativa é melhor aproveitada no cenário independente, onde as idéias mais incomuns podem ter seu espaço, não sendo tão limitadas quanto os games blockbusters (mas não é regra).

Sara is Missing é um grande exemplo disso, sendo o primeiro game desenvolvido pela Monsoon Lab, estúdio asiático independente que promete muito depois deste primeiro lançamento absurdamente imersivo (e aterrorizante também).

Terror mobile

Sara is Missing é um simulador de terror, cuja premissa é simples e extremamente realista (aspecto cujo game inteiro parece ter pensado muito bem): você encontrou o smartphone de uma garota chamada Sara, e deve descobrir seu paradeiro com o objetivo de retornar seu celular. O telefone encontra-se danificado, com dados corrompidos e seções perdidas, dificultando a tarefa.

Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing

Para auxiliar o jogador nesta tarefa crítica, o sistema disponibiliza IRIS, a inteligência artificial do smartphone (em uma clara referência à SIRI da Apple), que, com um comportamento estranho e quase humano irá ajudá-lo a desbloquear as seções do aparelho e encontrar sua devida dona.

Imersão e realismo

O game traz uma simulação muito realista de um iPhone, contendo a interface baseada nos sistemas operacionais da Apple. Somando isso a aplicativos utilizados diariamente (e-mail, galeria, mensagens, bloco de notas) e um fluxo de uso que é familiar a qualquer usuário de smartphone, o game consegue fazer você realmente se sentir um intruso, um estranho realmente utilizando o celular de outra pessoa.

Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing

Foto pessoal no fundo, aplicativos comuns, tudo no game é MUITO realista.

A interação com os outros personagens dá-se por meio de chats, e-mails e até mesmo ligações, dando uma forma muito mais verídica para os NPCs que interagem com você. A história vai desenvolvendo-se por meio de chats e escolhas baseadas nas respostas que você decide durante estes diálogos. Somando isso à IRIS, a esquisita assistente virtual, com suas opiniões e super cuidado com a situação de Sara e você tem um game que parece saído da vida real. Repito, esse simulador (até começar a ficar bizarro e bem sinistro) é MUITO real.

E vai ficando estranho…

Assim que você realiza uma manutenção inicial, recuperando alguns arquivos, IRIS diz que é de máxima importância encontrar Sara e descobrir seu paradeiro. Com a liberação inicial de e-mails, ligações, e chats no aplicativo de mensagens (o equivalente ao Whatsapp), devemos começar a investigação da seguinte forma: Ao encontrar uma imagem, trecho de texto ou qualquer detalhe que chame sua atenção, você deve pressionar e segurar o local na tela, realizando um mapeamento pela IRIS, que irá lhe dizer como isso pode se conectar com o resto do conteúdo no aparelho.

Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing

Até aí, tudo bem. Depois de alguns comportamentos bizarros -afinal, o celular está danificado, não?-, o game começa a nos apresentar um pouco mais de quem Sara é: Uma garota comum, com amigos de longa data que saem juntos às vezes, que terminou com o namorado recentemente (cujo contato está como Derek Asshole — algo como Derek Babaca) e que estuda uma área de conhecimento um pouco incomum, Parapsicologia.

Vamos à boa e velha Wikipedia:

Parapsicologia é uma pseudociência dedicada à investigação de supostos fenômenos paranormais e psíquicos.

Ok? Então você já entendeu um pouco aonde o game começa a desenvolver sua história. Nos primeiros acessos temos e-mails trocados com o orientador de Sara, falando sobre espíritos e vírus em plataformas cibernéticas, de como uma vírus e fantasmas poderiam existir no universo tecnológico de ciborgues e outras tecnologias futuras.

Além disso, temos amigas envolvidas com bruxaria, colegas enviando correntes com vídeos amaldiçoados, fotos distorcidas, IRIS se comportando cada vez mais humana e outros fatores que começam a deixar tudo cada vez mais sinistro.

Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing

Então, aqui eu entendi um pouco de qual a necessidade das recomendações exibidas no início do game: Fones de ouvido e phone strap (aquelas cordinhas para segurar o celular), e isso começou a me deixar tenso — e fiquei assim até o final.

Audiovisual

Sara is Missing é um game simples, com versões para Android e PCs (embora seja extremamente recomendável que a versão de Android seja a escolhida para uma experiência 100% imersiva), com gráficos simples e objetivos — afinal, é um simulador de smartphone. O visual retrata com fidelidade um smartphone, com transições, animações, sons e todas características que um celular “de verdade” possui.

Já a experiência de áudio é algo que realmente faz diferença, não pela qualidade e pelos efeitos, mas principalmente em como eles são aplicados ao gameplay. Exemplo: você recebe a ligação de um amigo, atendendo como se fosse realmente uma ligação comum, também obtém áudios e vídeos de contatos pelo aplicativo de mensagens.

Conclusão

É complicado aprofundar sobre a experiência de jogar Sara is Missing sem dar mais spoilers sobre a história em si e dos mistérios/sustos que ela proporciona, mas é definitivamente uma história assustadora, realista e tensa que te prende do início até o final, com escolhas reais que impactam na história.

O final do game é algo que não motiva tanto, sendo um pouco abrupto e faltando uma certa conclusão, quebrando um pouco a experiência e não dando uma conclusão bem-construída. Enfim, é um jogo que vai te deixar assustado, apreensivo, curioso e querendo mais games da Monsoon Labs.

Sara is Missing está disponível gratuitamente para Androids e PCs neste link, apenas em inglês.

6 Respostas para “Análise Arkade: encare o terror na palma de sua mão em Sara Is Missing”

  • 16 de novembro de 2016 às 21:31 -

    Onigumo

  • Procuraram no upside down?

  • 17 de novembro de 2016 às 13:18 -

    Robson R

  • pena eu ter um celular velhinho! queria experimentar esse jogo!

    • 17 de novembro de 2016 às 14:05 -

      Joao Bonorino

    • Tem versão para PC, Robson! :)

      • 28 de março de 2024 às 11:53 -

        Joyce

      • Oi
        Tudo bem

  • 3 de dezembro de 2016 às 12:15 -

    João

  • Mas é as coordenadas no final do jogo?? Alguém já descobriu onde leva?? ( Lugar específico ) eu pesquisei no Google maps, e dá em um lugar da Malásia.. Muito estranho.

  • 10 de abril de 2017 às 18:36 -

    Marianne Alves Garicia

  • oi

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