Análise Arkade: Space Hulk Deathwing traz ação e destruição que só os fãs vão entender

7 de janeiro de 2017

Análise Arkade: Space Hulk Deathwing traz ação e destruição que só os fãs vão entender

Curte games de tiro em primeira pessoa com hordas e hordas de monstros (a la Left 4 Dead 2), armas criativas e armaduras espaciais com quilos de ferro para garantir sua proteção?

Então pegue seu traje de batalha, sua metralhadora gigante e venha conferir o nosso review de Space Hulk Deathwing, FPS frenético do universo de Warhammer 40k.

Contextualizando

Desde sua criação como um jogo de tabuleiro, Warhammer 40k tornou-se referência para histórias de futuros distópicos militares e fantasia espacial mais sangrenta e visceral. A história da realidade da franquia trata de um futuro muito longínquo (século 40) onde Elfos, Orks e Humanos lutam pelo domínio da galáxia, enfrentando forças do caos que buscam a destruição de tudo. Claro que isso é apenas a premissa, pois a história é muito mais complexa e sinistra, podendo render dezenas de posts aqui para ser explicada.

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Uma das versões originais do game

O game

Space Hulk Deathwing é um FPS com traços de RPG desenvolvido pela Streum on Studio, (criadora de E.Y.E, um divertido FPS cyberpunk multiplayer) e distribuído pela Focus Interactive.

No game, você controla um Space Marine, soldado com armadura absurdamente reforçada e preparado para cumprir qualquer missão, até mesmo as suicidas. Os Space Marines são a força de elite do governo humano no universo de Warhammer 40k. Sua missão no game é recuperar um artefato há muito tempo perdido, localizado dentro de uma nave colossal à deriva no espaço, uma Space Hulk abandonada (talvez nem tão abandonada assim).

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Esse é o visual “básico” dos Space Marines

Só para fãs?

Sinceramente, o game parece ter sido feito quase que inteiramente para os fãs da franquia. Claro que isso é um ponto interessante (e importante) e que presta homenagem à franquia principal, agradando muito de seu público-alvo. Mas para quem não está muito familiarizado com o universo onde a ação se passa, acaba tendo uma experiência um tanto quanto superficial e limitada, pois a história é confusa para quem não conhece muitíssimo bem a mitologia já estabelecida de Warhammer 40k.

As classes, hierarquias, diferentes estruturas, os motivos pelos quais é natural termos igrejas góticas no meio de naves espaciais (?!), as relíquias, dramas e os conflitos entre as forças do game não são amplamente explicados (e por que raios um guerreiro com armadura que pesa toneladas possui um título de ‘Librarian‘?), subtraindo a importância da jornada e resumindo o game a um shooter divertido, mas não totalmente aproveitado.

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Hordas e hordas

Bom, já que a história não ajudou muito, vamos à jogabilidade: você controla um dos 3 Space Marines de seu esquadrão (onde os outros podem ser controlados por amigos ou IA), e deverá utilizar de suas armas de fogo, combate corpo-a-corpo e poderes psíquicos dentre 5 classes diferentes para destruir hordas e hordas de inimigos que surgem no mapa (sinalizadas antes da batalha, para ajudá-lo a se preparar e montar a melhor estratégia).

Além disso, o game possui um divertido e amplo sistema de customização de peças de seu equipamento, sendo possível escolher entre diversas armas e muitas habilidades em uma árvore de skills que podem ser evoluídas com a experiência adquirida nos combates (e encontrando relíquias espalhadas pelo cenário) para auxiliar a matança. A variedade de armas é bem interessante, passando de metralhadores pesadas e rifles de plasma até lança-chamas que varrem os inimigos de seu caminho.

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Apesar de ter um design exagerado, os personagens não são lentos e movimentam-se satisfatoriamente para as toneladas de metal que carregam (ok, é no espaço). Os combates são divertidos, e manter-se sempre em movimento é regra para continuar vivo, visto que os inimigos não param de surgir dos pontos luminosos do mapa. Apesar de possuir muitas habilidades psíquicas como eletrochoques e ataques em área que podem virar a mesa em uma batalha, é essencial saber recarregar suas armas no momento certo, pois a quantidade de inimigos que ataca simultaneamente é muito grande.

Para conseguir manter o controle no combate contra esses grupos maiores, é recomendado utilizar as armas de combate corpo-a-corpo, como espadas com escudos e um belíssimo (e matador) martelo gigantesco que vai ser uma ótima ferramenta para destruir os inimigos que conseguirem chegar mais perto, até porque não é necessário perder tempo recarregando-as.

Veja o trailer abaixom que apresenta algumas das explosivas armas do game:

Além disso, você conta (ou quase) com seus companheiros para auxiliar nas batalhas. Os comandos que podem ser dados são simples, mas funcionam de maneira eficaz diante do combate frenético, principalmente com a IA que algumas vezes acaba mais ficando no caminho do que efetivamente destruindo seus inimigos. A dica é sempre tomar a frente de defesa, evitando que os inimigos avancem no ataque, o que deve ser muito melhor em um modo cooperativo, mas não tive a oportunidade de testar o game contando com o apoio de amigos.

Audiovisual

Os gráficos de Space Hulk Deathwing são muito bonitos, mas exigem uma máquina BEM potente para rodar, o que deve ser solucionado nas versões para consoles, que devem chegar em breve. Os efeitos de luz e neons das armas e habilidades utilizadas, assim como as explosões do game são muito bonitos. Os ambientes também são muito detalhados, apesar de sempre predominar um cinza um tanto quanto monótono pelos escuros corredores da Space Hulk.

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O character design dos inimigos é uma atração à parte, contendo criaturas que realmente assustam, com sua aparência entre Alien, Dead Space e Doom  e vêm acompanhadas de efeitos sonoros de gelar a espinha (espere até estar em um corredor escuro e ouvir um berro daquelas criaturas). Um dos recursos que acaba tirando o efeito surpresa/meio survival horror é a marcação de onde os inimigos virão, mas lutar contra a grande quantidade deles sempre acaba sendo algo meio desesperador.

Os sons do game fazem um bom trabalho para ambientar o jogador. Os efeitos das armas, principalmente o barulho das espadas dilacerando os inimigos são bem realistas, na medida do possível (lembrando que armas de plasma ainda não existem), tornando a imersão bem visceral, acompanhando a quantidade de sangue que espirra na tela.

Análise Arkade: Space Hulk Deathwing traz ação e destruição que só os fãs vão entender

Vizinhança “simpática”.

Conclusão

Space Hulk Deathwing é um shooter com elementos de RPG que diverte mas não empolga, trazendo uma história confusa e estranha que deve agradar a um público muito limitado. A pouca variedade de cenários até é compensada pela boa variedade de armas e habilidades (que tornam a customização muito interessante), mas que no final das contas acabam sendo superadas facilmente por ataques corpo-a-corpo nos momentos mais difíceis.

Com uma IA que colabora mas não supera jogadores de verdade, Space Hulk Deathwing acaba sendo uma caminhada sangrenta por corredores cinzentos para cumprir uma missão que apenas os fãs fervorosos da franquia irão realmente entender (e se importar).

O game já encontra-se disponível para PCs via Steam, e ainda este ano (2017) serão lançadas versões para XOne e PS4.

Uma resposta para “Análise Arkade: Space Hulk Deathwing traz ação e destruição que só os fãs vão entender”

  • 4 de setembro de 2018 às 12:47 -

    Cristiano Aessemi

  • Discordo que precisa de uma maquina muito potente , seria pra rodar no máximo , aqui instalei a versão “”fitgirl repack “” e ta rodando no médio , low e algumas opções no high em 1280 x 720 …sem leg nenhum …pasmem agora… minha máquina : core 2 duo 2.8 / 8 gb / nvidia 250 gts , uma crítica achei (pelo menos no inicio , depois do tutorial, algumas partes do jogo bem escuras , mesmo aumentando o brightness… mas a jogabilidade é boa …obrigado pela análise .

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