Análise Arkade: The Council traz uma interessante mistura de adventure com RPG

20 de março de 2018

Análise Arkade: The Council traz uma interessante mistura de adventure com RPG

Que tal um jogo que mistura o gameplay de adventures episódicos modernos com elementos típicos dos RPGs? The Council é mais ou menos isso, e seu primeiro episódio foi bem promissor!

Reunião do Conselho

The Council se passa em 1793, uma época cheia de requintes, mistérios e segredos. E assumimos o papel de um sujeito que está diretamente inserido nesta aura de luxo e mistério: nosso protagonista, Louis de Richet, é membro de uma influente ordem secreta chamada The Council, que tem entre seus associados gente como Napoleão Bonaparte e George Washington.

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Alguns membros do The Council.

Quando sua mãe desaparece misteriosamente à serviço desta organização, Louis recebe um oportuno convite para uma reunião de “sócios” na ilha privativa do poderoso e enigmático Lord Mortimer.

Considerando que a ilha foi o último lugar em que sua mãe foi vista, e estará cheia de gente importante e influente por perto, Louis decide aproveitar a oportunidade para investigar o paradeiro da sua mãe, e somos nós, jogadores, que iremos ajudá-lo nessa missão.

Adventure com RPG

É fato que a Telltale meio que “redefiniu” o estilo dos adventure point and clicks nos últimos anos, e outros jogos de sucesso — como Life is Strange — aproveitam muitos daqueles conceitos para contar suas histórias.

The Council  também aproveita muitos destes conceitos já estabelecidos de adventures atuais, mas acrescenta uma interessante camada de RPG à receita.

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Seu desempenho rende pontos de experiência em dezenas de atributos diferentes.

Por exemplo, logo no começo do jogo, uma personagem pergunta o que nosso personagem faz da vida. Diante desta pergunta, temos 3 escolhas: podemos fazer de Louis um detetive, um diplomata ou um ocultista.

Cada classe chega acompanhada de vantagens e limitações que irão definir um pouco a forma como você se comporta: o diplomata é melhor com palavras, enquanto o ocultista possui conhecimento em ciências e o detetive é mais observador e analítico.

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Eu fui de detetive.

Estes talentos específicos de cada classe irão mudar a forma com que interagimos com o mundo do game e seus personagens. Em uma conversa, por exemplo, o Louis detetive pode analisar a linguagem corporal do outro personagem, enquanto o Louis ocultista possui conhecimentos prévio sobre ciências e artes ocultas, podendo inclusive expor opiniões sobre o tema em discussões.

Aliás, “discussões” acontecem bastante aqui: vez ou outra você terá que confrontar (verbalmente) outros personagens, e usar seu poder de argumentação para conduzir a conversa, extraindo informações e induzindo os “coadjuvantes” a lhe revelarem seus segredos.

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Há uma barra de tempo para você pensar na resposta.

Quanto mais conhecimento você tem em áreas variadas, mais opções de diálogo aparecem, e sempre há algo mais adequado para ser dito, de acordo com a personalidade do “adversário”. É possível falhar nesses momentos, e obviamente isso afeta os rumos da narrativa.

Além disso, temos um sistema de level up e pontos de experiência, que servem justamente para melhorar as habilidades do personagem em áreas que ele não domina. Estudar etiqueta, filosofia e política, por exemplo, abre novas possibilidades de diálogo e interação que podem se mostrar bem úteis no futuro.

Audiovisual

The Council é um game bonito, mas, principalmente, é um game estiloso. Ao mesmo tempo em que retrata figuras históricas — como George Washington — de forma realista, ele mantém um pé no estilizado, sem nunca se tornar cartunesco demais. Pense no character design de Bioshock e Dishonored, e você vai entender o que quero dizer.

Análise Arkade: The Council traz uma interessante mistura de adventure com RPG

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O character design é impressionante.

Por se tratar de uma história ambientada no século XVIII, espere por um visual muito sisudo, com trajes suntuosos e ambientes chiquérrimos. A ambientação do game é excepcional e, embora tenhamos pequenos problemas de sincronia labial e expressões faciais, no geral o visual do game é bem bacana.

Infelizmente, The Council não recebeu nenhuma trabalho de tradução ou localização para o nosso idioma: o game está 100% em inglês, e considerando que ele é totalmente pautado por diálogos, é fundamental que você esteja com seu inglês em dia.

Conclusão

Ainda não podemos dar um veredito para The Council, afinal ele é um jogo episódico, cuja história será desenvolvida no decorrer do ano. Porém, este primeiro episódio deixou uma impressão muito positiva, e o clima de conspiração e mistério, aliado à inusitada mistura de adventure com RPG, gera algo diferente e que funciona surpreendentemente bem.

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Encontrar pentagramas e velas nunca é um bom sinal.

Considerando o quanto nossas decisões afetam o andamento da história — ouvi dizer que esse primeiro episódio pode acabar de 4 formas BEM diferentes — estou bem curioso para ver o que vem por aí.

Que venha logo o episódio 2!

O primeiro episódio de The Council — intitulado The Mad Ones — foi lançado em 13 de março, e está disponível para PC, Playstation 4 e Xbox One.

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