Análise Arkade: The Walking Dead: Michonne expande o universo dos quadrinhos através de minissérie dramática e sangrenta

25 de fevereiro de 2016

Análise Arkade: The Walking Dead: Michonne expande o universo dos quadrinhos através de minissérie dramática e sangrenta

Testemunhe os fatos que ocorreram com Michonne no período em que ela ficou isolada após a guerra contra Negan, nos quadrinhos, no primeiro episódio de The Walking Dead: Michonne, In Too Deep

A plataforma utilizada para jogar o game foi o PC, sendo assim, podem ocorrer mudanças em relação aos consoles.

Uma história inédita

A minissérie de três capítulos que acompanha Michonne, uma das personagens mais complexas do universo de The Walking Dead, é um complemento espetacular para os fãs dos quadrinhos, pois os eventos do game se passam em um período em que Michonne desaparece após o arco All Out War da HQ, fato que ocorre entre as edições 126 a 139. Ou seja, todos os eventos do jogo são totalmente inéditos.

Análise Arkade: The Walking Dead: Michonne expande o universo dos quadrinhos através de minissérie dramática e sangrenta

A história segue Michonne, atormentada por seu passado, tentando se encontrar longe de Rick, Ezekiel e o restante de seu grupo. O primeiro episódio nos apresenta a nova equipe de Michonne e dá destaque especialmente para Pete, capitão do navio The Companion, o novo lar da personagem se assim podemos chamar, e nos apresenta também alguns outros tripulantes que ficam em segundo plano.

Com a necessidade de encontrar uma peça específica para consertar o navio, além de suprimentos e sinais de vida, e instigados por um pedido de socorro no rádio, Michonne e Pete saem para uma ronda em uma espécie de plataforma marítima nas redondezas. A partir daí o cenário muda e as dificuldades rotineiras de se viver em um mundo pós apocalíptico vem à tona.

Encontrar outros sobreviventes os quais não conhecemos as intenções, entrar em conflito com outros grupos, ser feito de prisioneiro, ser interrogado, conhecer vilões (dependendo do ponto de vista)… enfim, há diversos elementos clássicos do universo de The Wlaking Dead nesse primeiro episódio. Mas sem entregar os acontecimentos chaves da história, o conceito inicial do enredo é esse.

Sem Lee e Clementine, mas com Michonne

A Telltale Games construiu os personagens Lee e Clementine com maestria, contendo profundidade, desenvolvimento na medida certa, diálogos inteligentes, enfim, o construto de forma geral foi acima da média.

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O desafio com Michonne era usar um personagem já estabelecido no universo de Robert Kirkman em uma mídia diferente, contando a mesma história ou o segmento da mesma. Poderia dar errado ou ser mal executado em função da dificuldade imposta pela dualidade das mídias, mas surpreendentemente ficou muito bom.

Começando pela belíssima dublagem, que ficou a cargo de Samira Wiley (Orange is the New Black), avançando até o cerne das questões emocionais da personagem, tudo ficou extremamente natural e bem feito. Mesmo sem os traços característicos dos quadrinhos e sem a voz familiar de Danai Gurira, aquela é a Michonne. Sem dúvida nenhuma.

Um point and click mais dinâmico

Os jogos da Telltale Games têm como carro chefe a narrativa, mas a minissérie da Michonne consegue adicionar mais elementos de ação a trama. A fórmula do gameplay é exatamente a mesma dos games anteriores, mas nos momentos de combate nos é exigido um pouco mais de habilidade ao executar os combos.

Análise Arkade: The Walking Dead: Michonne expande o universo dos quadrinhos através de minissérie dramática e sangrenta

Nada de mais, mas quando os comandos que devem ser executados aparecem na tela temos menor tempo de resposta do que o costumeiro, o que me fez morrer algumas vezes no início. O restante do game em termos de jogabilidade continua o mesmo. Podemos interagir com objetos pré-determinados no cenário, conversar com outros personagens e realizar escolhas, essas que talvez sejam a grande assinatura da desenvolvedora.

Por ser um game de drama, que nos transmite muita tensão o tempo todo, as escolhas tem um peso enorme na experiência do jogador. Tensão essa aumentada pelo cronometro, que nos dá poucos segundos para decidir questões extremamente complexas e que normalmente tem um desfecho chocante.

O layout do game como um todo está belíssimo, desde o menu principal até os créditos. O design dos personagens continua com a mesma característica, mas os cenários, especialmente o que está em segundo plano, como o sol de fim de tarde prestes a se por, está melhor acabado, tornando o jogo mais bonito.

Conclusão

The Walking Dead: Michonne tem todos os elementos que consagraram os games anteriores da série, e ainda adiciona um dinamismo maior nas batalhas, além de esclarecer questões envolvendo Michonne. Infelizmente é uma minissérie com apenas três capítulos, ou seja, menos conteúdo em relação a saga de Clementine, mas mesmo assim vale a pena jogar esse excelente point and click ambientado no universo deThe Walking Dead.

The Walking Dead: Michonne foi lançado dia 23 de fevereiro e está disponível para PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One, Steam e em breve na AppStore e Google Play.

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