Análise Arkade — Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão, agora no PC

16 de agosto de 2023
Análise Arkade — Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão, agora no PC

Seguindo a sequência de lançamentos de exclusivos da Playstation no PC, no último dia 26 de julho recebemos o incrível Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão nas principais plataformas de teclado e mouse. O game produzido pela Insomniac Games e portado para o PC pela Nixxes Software (que já havia trazido Marvel’s Spider-Man Remastered e Marvel’s Spider-Man Miles Morales ao PC ano passado) chega com tudo em um lançamento polêmico.

A polêmica gira em torno principalmente do marketing que foi feito em cima desse game em específico quando ele chegou ao Playstation 5 lá em 2021. Isso porque, na época, foi dito que a tecnologia desenvolvida no SSD do PS5 seria praticamente obrigatória para rodar Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão satisfatoriamente. Usando assim essa afirmação como justificativa para que o game não fosse lançado no PS4.

Análise Arkade — Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão, agora no PC

Com a chegada do game aos PCs, óbvio que alguns entusiastas de polêmicas foram ávidos em testar o game em um HDD tradicional para ver se essa afirmação era de fato verdade. E bom, é claro que nessa análise vamos observar o desempenho de Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão nos PCs, e este que vos fala não deixou de testar o game em um HDD para passar a informação para você. Então, bora para a análise!

Salvando o multiverso

Antes de mais nada, vale lembrar que já fizemos uma análise completa do game lá em seu lançamento original para PS5, que você pode conferir clicando aqui. Mas vamos dar uma pincelada rápida no enredo do game para caso você não tenha visto nada sobre ele na época do seu lançamento.

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Embora o tema de multiverso e múltiplas dimensões pareça cada vez mais batido, na mão da galera da Insomniac Games ele ficou bem divertido, e foi traduzido de uma forma muito impressionante para os games.

Acontece que durante uma celebração dos feitos heróicos da dupla de protagonistas, Clank revela a Ratchet que fez uma arma interdimensional (no melhor estilo Ricky & Morty) para que Ratchet pudesse procurar sua espécie (os lombax) que está perdida em outra dimensão.

Obviamente o eterno vilão Dr. Nefarious tenta roubar a arma de portais dos heróis. Depois de uma bela e chamativa confusão que serve para introduzir novamente os jogadores ao game, a arma de portais acaba danificada, o que afeta todo o multiverso — e abre portais aleatórios, misturando diversas realidades.

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Em meio a esse caos dimensional, Clank se vê preso em uma realidade onde Dr. Nefarious conseguiu dominar o universo, enquanto Ratchet tenta encontrá-lo. O interessante aqui é que, nessa outra dimensão que dá nome ao jogo, Clank acaba encontrando Rivet, uma lombax que supostamente é a equivalente ao nosso herói nessa dimensão sombria, onde as máquinas dominam tudo. Em paralelo a isso, Ratchet encontra Nik, uma robozinha insegura que serve de parceira no lugar de Clank.

Ação e aventura que enchem os olhos

Assim temos em Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão um game de ação e aventura em 3D que mescla mecânicas de plataforma com tiro em terceira pessoa de forma primorosa. Mas nisso tudo o que mais chama atenção é a fluidez de sua jogatina somada aos visuais incríveis que o jogo possui. Cores muito vivas, um espetáculo de partículas na tela e, é claro, uma jogatina baseada em colecionáveis e exploração de fases.

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Fases essas que acontecem em diferentes planetas passando por diversas dimensões diferentes. Mas que no fim das contas acabam funcionando como fases tradicionais de qualquer jogo de aventura. O bacana aqui é a variedade de mecânicas que temos em cada fase, misturando diversas atividades diferentes e mesclando também a identidade visual de algumas fases, por conta dos portais interdimensionais.

Claro que um jogo de ação com mecânica de tiro em terceira pessoa não seria completo se não tivéssemos uma boa variedade de armas e equipamentos. E Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão tem um punhado de armas malucas, bem como de melhorias para serem desbloqueadas no decorrer do tempo. E claro que, mesmo jogando no PC, experimentar esse game com um Dualsense proporciona uma experiência de jogo mais completa e imersiva.

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Isso porque o jogo usa bem os gatilhos adaptáveis do mais recente controle da Sony. Então mesmo que você esteja jogando no PC, recomendo bastante que tenha um Dualsense como controle aqui. Claro que não é obrigatório, mas a jogatina fica sim mais interessante e com gostinho de “experiência next gen”. Mas ao mesmo tempo é importante dizer que os controles de Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão estão bem adaptados para o teclado e mouse — até mais do que os games do Miranha, eu diria.

E o desempenho nos PCs?

Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão chega aos PCs com o pacote completo de tecnologias e suportes próprios para uma experiência otimizada e bem satisfatória. O jogo conta com suporte a monitores ultrawide e tecnologias de upscale NVIDIA DLSS 3, AMD FSR 2 e Intel XeSS. Além disso, também tem taxa de quadros destravada e suporte total ao famoso ray tracing.

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Mas claro que o jogo não é um peso pena no quesito poderio gráfico, já que seus requisitos mínimos, mesmo jogando em full HD, pede GPUs do nível da GeForce RTX 2060 ou Radeon RX 5700 para dar conta do recado. Felizmente, ele funciona muito bem em PCs mais modestos, também. Com uma configuração usando GPUs do nível da GeForce GTX 960 ou da Radeon RX 470, com um processador Intel Core i3-8100 ou AMD Ryzen 3 3100 e míseros 8GB de memória, o game já funciona de maneira bem satisfatória.

E não pense que ele fica “feio” por conta dos gráficos no mínimo. Óbvio que ele vai ter muito menos elementos em tela, efeitos de luz e sombra quase nulos, um décimo de particulas e um carregamento de elementos à distância bem reduzido. Mas nem por isso ele fica feio aos olhos.

Na verdade, continua muito satisfatório jogar nessas configurações, mesmo que não atenda os requisitos dos mais exigentes, que vão precisar de algo como uma GeForce RTX 4080/Radeon RX 7900 XTX, 32 GB de memória e um processador Intel Core i7-12700K/AMD Ryzen 9 5900X pra tirar o proveito máximo do visual do game.

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Esse é o game rodando com as configurações gráficas no mínimo. Dá para encarar, né?

Mas e o bendito SSD?

Notem que eu falei das tecnologias e desempenho de Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão acima, mas propositalmente exclui da equação o fator “SSD”. Isso porque esse tema merece uma atenção à parte. Eu tenho em casa alguns HDs SSD M-2 que normalmente utilizo para instalar esses games mais parrudos no meu PC. Mas com Ratchet & Clank eu resolvi tirar a poeira do meu HDD de 1TB para ver seu desempenho nesse método de leitura.

Pra quem não entende muito dessa parte técnica, resumindo em pouquíssimas linhas, os HDD são os discos de armazenamento mais tradicionais, aqueles que são utilizados nos PCs desde os anos 2000 — e também são a tecnologia de armazenamento dos consoles da geração passada. Ou seja, era o método de armazenamento e leitura presente no Playstation 4.

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A inovação dos SSD são justamente na velocidade de leitura de dados que eles possuem, superando em muito as velocidades dos HDDs. Assim, foi divulgado na época do lançamento de Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão no PS5 que ele seria um game impossível de ser lançado para PS4 por conta da tecnologia envolvida na leitura de dados do SSD do PS5. E ao testar o jogo no HDD sinto dizer que, pelo menos em partes, eles não estavam mentido quando afirmaram isso.

Com as configurações mínimas e rodando o game num HDD, ele funciona razoavelmente bem. Não sofre tantos gargalos de fps e nem travamentos drásticos, ao menos até o momento que começamos a utilizar os carregamentos rápidos da mecânica de “puxar a tela” para se teletransportar ou então na famosa sequência que “caímos” por diveras dimensões em segundos.

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Rodando no HDD o game pode travar nessa tela por vários minutos.

Nesses momentos, o game trava bastante, quebrando a imersão por conta dos carregamentos lentos. Sendo bem honesto, hegou ao ponto do meu jogo fechar em um desses momentos. ou seja, rodar do HDD ele até roda… mas não roda bem, e acidentes podem acontecer.

Um baita acréscimo da Playstation nos PCs

Até que ponto essas discrepâncias do jogo rodando num SSD ou em um HDD são meras faltas de otimização ou realmente uma incapacidade da tecnologia antiga, eu não sei dizer. Isso é assunto para uma análise técnica no estilo Digital Foundry, o que não é a nossa proposta.

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Dito isso, é indiscutível que Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão é um dos melhores ports da Playstation Studios para PC até o momento. Além de ser uma excelente estreia da franquia para a nova plataforma.

Tal qual Sackboy no ano passado, a aventura dos lombax e dos robozinhos é pedida obrigatória para os amantes de ação e aventura em 3D com mecânicas de plataforma. E quando falamos de otimização, talvez este seja o melhor game nesse quesito até o momento, rodando de forma muito satisfatória seja em máquinas de entrada seja naquelas mais robustas. Isso claro, apesar dos pesares em relação ao HDD.

Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão foi lançado originalmente para Playstation 5 em 11 de junho de 2021, sendo um dos melhores exclusivos do console. E agora ele também está disponível para PCs, totalmente localizado em PT-BR, incluindo textos e dublagens.

Para esta análise, rodamos o game em duas máquinas diferentes: usamos um PC gamer com processador i5-12400, 16GB de memória, placa de vídeo RTX 3050 (8GB) e SSD de 450gb e também um notebook gamer com processador i5-9300, 24GB de memória, placa de vídeo GTX 1650 (4GB) e SSD M2-2280 de 512gb e um HDD Sata de 1TB.

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