Cinema – confira nossa resenha do filme O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Hoje, chega aos cinemas brasileiros um dos filmes mais aguardados dos últimos anos: O Hobbit, obra que traz para os cinemas a aventura que levou Bilbo Bolseiro a encontrar o famoso Um Anel. Saiba o que achamos do filme nesta resenha sem spoilers!
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada é um legítimo retorno à Terra-Média que conhecemos na trilogia O Senhor dos Anéis. Após anos de problemas nos bastidores e muita enrolação, coube ao talentoso Peter Jackson assumir novamente a cadeira de diretor, e fica claro que ele se sente em casa neste universo.
Tudo é familiar, desde o primeiro minuto de filme. O Condado, a cidade élfica de Valfenda e outros lugarem emblemáticos continuam exatamente iguais, nem parece que já se passaram quase 10 anos desde que o primeiro filme da série O Senhor dos Anéis foi lançado. Temos várias referências aos filmes anteriores, e a incrível trilha sonora possui diversas novidades, mas reaproveita temas já conhecidos para conceder um ar de nostalgia sempre que necessário.
Agora, porém, temos novos personagens e uma nova história, que se passa 60 anos antes dos acontecimentos da Trilogia do Anel: Bilbo Bolseiro (tio do Frodo) é um Hobbit pacato, que acomodou-se em sua vida simples e tranquila .Tudo muda porém quando o mago Gandalf bate em sua porta, convidando-o para uma grande aventura que ele tenta, mas não consegue recusar.
A aventura envolve uma companhia formada por nada menos que 13 anões, que querem resgatar sua lendária cidade – incrustada no coração da Montanha Solitária – que foi tomada pelo temível dragão Smaug, que se apossou da montanha e de todo o ouro dos anões.
Para reaverem sua terra natal, os anões terão que cruzar metade da Terra-Média, encarar orcs, trolls, wargs, e dezenas de outros perigos, sempre contando com a ajuda de Gandalf e do nem tão aventureiro Bilbo.
O visual do filme está simplesmente espetacular: Peter Jackson e sua Weta conseguiram melhorar o que já era praticamente perfeito na Trilogia do Anel. Além de paisagens de tirar o fôlego e orcs realisticamente repugnantes, o destaque (óbvio) vai para Gollum, que está mais real, expressivo e carismático do que nunca.
Confesso que, em termos de visual, a única coisa que me incomodou um pouco foram os anões mais jovens do grupo (Fili, Kili e Thorin): apesar dos figurinos incríveis, eles são tão “galantes” e bonitões que nem parecem anões! Talvez eu tenha uma concepção muito estereotipada de anões (baseada em dezenas de filmes, RPGs e games), mas te falo que esses três parecem humanos pequenos, não anões.
Considerando que O Hobbit é um livro bem curto – a edição nacional mais comum tem menos de 300 páginas -, fiquei muito temeroso de que a ideia de uma trilogia deixasse cada filme desnecessariamente longo e arrastado.
Fico feliz em dizer, porém, que isso não acontece: o andamento da história flui bem na maioria do tempo, com pouca “gordura” desnecessária. Difícil dizer o que poderia ter sido tirado na edição, visto que, mesmo tendo quase 3 horas e abrangendo apenas 6 capítulos do livro, pouca coisa no filme parece “encheção de linguiça”.
Por exemplo: quem leu O Hobbit sabe que a chegada dos anões à casa de Bilbo é algo extremamente engraçado. No filme isso recebe muita atenção: não contei, mas acredito que mais de meia hora de filme é gasta nesta parte, entre a chegada dos anões, o jantar e os planos de viagem.
Poderia ser mais resumido? Com certeza. Deveria ser mais resumido? Provavelmente não. Como eu disse ali em cima, este é um momento muito divertido do livro, e o fato desta diversão ter sido passada – sem pressa – para o cinema é algo muito legal. Não fica aquela sensação de “poxa, tomara que essa parte acabe logo”, você vai estar realmente entretido conhecendo toda a trupe de anões que “invade” a casa de Bilbo.
Talvez certos momentos – como a própria chegada dos anões, ou a reunião de Gandalf com os elfos – pudessem ser resumidos para que o filme ficasse um pouco mais enxuto (considerando que os fãs mais ardorosos poderiam acompanhar tudo em uma “versão estendida” em Blu-Ray, posteriormente) mas reafirmo que o filme não me pareceu arrastado ou cansativo.
Além dos anões, temos a presença de novos e velhos personagens neste filme. Quem já conhece a história sabe disso e, embora Peter Jackson tenha tomado algumas liberdades (que irão aparecer mais nos próximos filmes, especialmente no terceiro, cuja boa parte do roteiro será original, sem inspiração em nenhum livro, para servir de “ponte” com a Trilogia do Anel), tudo parece muito coeso e coerente com o universo já conhecido de O Senhor dos Anéis que vimos no cinema.
O elenco se destaca por sua química impecável: Martin Freeman É o Bilbo. A trupe de anões está muito bem representada e velhos conhecidos – como Sir Ian McKellen – esbanjam personalidade em seus papéis. Por ser Gandalf, o Cinzento novamente, o mago está muito mais alegre e falante do que após sua transformação em mago Branco. O mago Radagast, o Castanho (Sylvester McCoy) está um pouco caricato demais, mas isso não desmerece o personagem, e deixa-o bem diferente do solene Saruman e do bem-humorado Gandalf.
O Hobbit é uma história mais leve – Tolkien escreveu o livro para ler aos seus filhos – e isso fica nítido durante todo o filme. O Hobbit: Uma Jornada Inesperada consegue ser leve, divertido e aventuresco sem ficar “bobinho”. Sem a pressão de uma guerra iminente ou algo do tipo, temos diversas situações engraçadas, piadas bem sacadas e o impagável “confronto” de Bilbo com Gollum, sem dúvida um dos pontos altos do filme.
Não podemos deixar de falar dos aspectos técnicos do filme, que chega em vários formatos diferentes: temos o 2D convencional, o 3D, o IMAX 3D e o novíssimo formato em 48 frames por segundo, que deixa a experiência muito mais nítida. A cabine que vimos foi em uma sala 2D convencional, mas nem por isso o filme foi menos belo ou impactante.
Faça sua escolha sabendo que, independente do tipo de cinema ou projeção, O Hobbit: Uma Jornada Inesperada vai te levar para uma grande aventura, em uma Terra-Média mais incrível do que nunca.
No final das contas, meu receio inicial se transformou em satisfação, e o épico desfecho do filme me deixou pra lá de ansioso para conferir O Hobbit – A Desolação de Smaug, segunda parte desta trilogia, que deve estrear só no dia 13 de dezembro de 2013.
Jornalista, baterista, gamer, podcaster e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.
Contato: rodrigo@arkade.com.br
Renan do Prado
Vou tentar de toda forma possível ver esse filme na semana que vem!!!!!!!!! Pena que não conseguirei ler o livro antes de ver o filme, mas pelo menos serão apenas 6 capítulos, ainda há bem mais no livro que o filme não irá mostrar!!!!!
Fernando Raug
Leia o livro assim que sair do cinema…
Tem algumas coisas diferentes no livro, como o Bilbo encontra o anel, a perte dos 3 Trolls (que o Sam comenta no LotR, quando o Frodo e empalado pelo Witch King “Olha, Frodo. Os três trolls do Bilbo”), a chegada dos anões, dos Wargs…
Recomendo muito a leitura
João
Na expectativa também. Peter Jackson fez um trabalho fantástico no Senhor dos Anéis e confio que manterá a qualidade nessa nova trilogia.
Pablo HP
Tipo assim, não sou especialista em Senhor dos Aneis nem nada, mas quando disse que: “a única coisa que me incomodou um pouco foram os anões mais jovens do grupo (Fili, Kili e Thorin): apesar dos figurinos incríveis, eles são tão “galantes” e bonitões que nem parecem anões!”, gostaria de ressaltar que os hobbits não são anões. Os anões são aqueles dos machados, de Moria, que escavam tuneis. Os hobbits não são considerados anões. Até onde sei, no ponto de vista da trilogia, os hobbits são pessoas comuns. Um pouco menores (talvez pq não tenham tomado fermento quanto criança), mas como pessoas comuns. Quando os hobbits encontram os “homens” é um susto pq estes tomaram fermento, hehe. Mas enfim, não podem ser considerados anões.
Rodrigo Pscheidt
Acho que você não entendeu o que eu quis dizer, Pablo: a Companhia é formada por 13 anões, 1 Hobbit e um Mago. O único Mago é Gandalf, o único Hobbit é Bilbo. TODOS os demais são anões.
E, dentre estes 13 anões, temos anões jovens, como Kili, Fili e Thorin. Eles – mesmo sendo anões – não se parecem com anões tradicionais, pois não possuem aquele “narigão de batata”, ou aquele ar eternamente rabugento dos anões. Como eu disse, eles parecem pequenos humanos bonitões. =D
Como você mesmo disse, “anões são aqueles dos machados, de Moria, que escavam túneis”. Fili, Kili e Thorin SÃO anões, mas NÃO se encaixam muito neste estereótipo, sacou?
E os Hobbits não são necessariamente “pessoas comuns”. eles são de uma raça completamente diferente – assim como os elfos e os anões – e possuem suas próprias características físicas, além de suas próprias crenças e filosofias.
Renan do Prado
Hobbits possuem orelhas ligeiramente pontudas, mas não tanto quanto os elfos, além de todos possuirem cabelos encaracolados ou ondulados.
Sem contar no principal, pés enormes e muito cabeludos.
Pablo HP
Curiosidades sobre Hobbits:
“Em Setembro de 2003 foram descobertos esqueletos fósseis de uma espécie de hominídeo, previamente desconhecida, na gruta Liang Bua na parte ocidental da ilha de Flores (Indonésia). O Homo floresiensis, também conhecido pelo nome carinhoso de “hobbit”, aparenta ser uma versão pequena do Homo erectus com aproximadamente um metro de altura.”
Mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_floresiensis
Edimartin Martins
Eu senti essa diferença vendo o Rei (que aparece no trailer).
O Rei parece mais um humano pequeno doque um Anão.
Joy
Não é especialista no filme, nem em ler o post com antenção antes de comentar. Que coisa, hein?!
PS: Tenho um tio que morreu dessa doença, cuidado.
Pablo HP
Cuidado mesmo, vc pode ser o proximo!
Marcelo
nao manja nada do livro e quer dar uma sabidao
supermingau
vc não entendeu… se não puder ver o filme, assista ao trailer e vai ver q os anões, sim, os anões, e não os hobbits, estão muito sensuais e charmosos. a minha imagem é a do desenho do hobbit de 1978, bem tradicional, anões velhos e barbudos.
Fernando Raug
Assistam em 3D… o visual esta incrível, e o 3D muito bem feito…
Certamente uma experiencia unica.
Eduardo Brock
Muito boa a resenha. Quanto a questão do filme ser longe e abranger só 6 capítulos, concordo que não deveria ser cortado. Jackson esta abrangendo mais alem o universo de Tolkien, com coisas que não aparecem e O Hobbit ou que são só mencionadas. Claro, sem nunca ferir as obras. Um trabalho genial, sinceramente quanto mais Tolkien nas telonas com essa qualidade, MELHOR!!
Daniel Zimmermann
Ótima resenha, esse é um filme que não quero perder. Legal ver a Arkade falando de filmes também!
Edimartin Martins
O posto sobre Tolkien obrigou a arkade a escrever sobre o filme hehehehe.
Junior Candido
Pra eu assistir este filme preciso fazer algo antes… Assistir todos os três filmes do Senhor dos Anéis! Podem me xingar a vontade mas acreditem nisso: ainda não vi nenhum filme da série, apesar dela ter minha simpatia!
Ana
Fica assim não Junior, eu nunca assisti um filme de Kill Bill, apesar de ter minha simpatia. Tá naquela lista de ‘um dia…”
DanielWarfare
Não assistiu Senhor dos Anéis ainda? e você nunca assistiu Kill Bill? não fiquem assim gente. Eu, por exemplo, NÃO assisti Vingadores :)
Renan do Prado
Poxa, eu já fiz maratona O Senhor dos Anéis em 1 dia!!!!! Comecei as 10 da manhã e terminei só lá pras 18:00 kkkkkkkkkkkkkk
Jill Billl é muito bom, tanto o 1 quanto o 2, hehehehe
Edimartin Martins
A história desse filme acontece antes de O senhor dos anéis (porque o livro foi escrito antes).
Portanto pode ir ver o filme sem medo.
Quando tiver vontade de ver o futuro dos personagens. veja o senhor dos anéis.
Ana
Esse eu preciso ver no cinema. Infelizmente, quando a trilogia do anel tava passando no cinema, eu era nova demais para entender/me interessar pela história toda. Mas agora eu quero >:
E eu ri dos anões bonitões uHADSHAHHA. Também, depois que a gente se acostuma com o Gimli, isso parece meio impossível. Aliás, sequer consigo imaginar.
Não sei os outros fãs, mas eu gosto das mudanças que o Peter Jackson faz nos filmes. Na trilogia original, um maior desenvolvimento da Arwen e do Aragorn, um Frodo mais frio e um Faramir mais realista foram uma excelente surpresa. Ansiosa pelas sutis mudanças que ele fará/fez no Hobbit.
Renan do Prado
Como diria Aragorn “até as mulheres anãs tem barba” kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ana
E como já explicava o Gimli para a Eowyn “As mulheres anãs são muito parecidas conosco, então é mito quando dizem que nascemos da terra!”
leandro(leon belmont) alves
terei que arrumar um jeito de assistir! nem sonhava que ia ser ainda nesse ano, vai ser bom voltar a Terra Média.
saudade do Smeagle.
Precioso….meu Precioso
@albert_dark
Já comprei meu ingresso, mais tarde verei o quão bom ficou o filme.
DanielWarfare
Já assisti a trilogia um milhão de vezes. Mas por falta de tempo não consegui ler os livros…mas eles são prioridades. Tenho até uma lista:
1-Trilogia completa do Senhor dos Anéis
2-Hobbit
3-Todas as obras de Stephen King kkkkkkkkkk
Valeu Arkade, tava sentindo falta das analises de filmes :D
Renan do Prado
Se liga a lista dos livros que eu já comprei e estão na minha estante para serem lidos (em ordem de “chegada”):
1 – O Poderoso Chefão (estou nos capítulos finais, próxima vez que eu pegar o livro já termino, talvez hoje mesmo)
2 – Diablo: A Ordem
3 – O Hobbit
4 – Assassin’s Creed: Renegado
5 – God of War
6 – O Silmarillion.
Porém acho que colocarei O Silmarillion na frente do Hobbit, pois assim acompanharei a cronologia da série.
Renan do Prado
Fora os mangás, revistas em quadrinhos e revistas de games que TAMBÉM estão na fila!!!!
Isso sem contar quase 10 jogos de PS3 que eu ainda não zerei!!!!!!!!!!!! (Preciso urgentemente controlar meu consumismo!!!!!)
Joy
Quanto mais Tolkien melhor, eu concordo, mas sempre fico apreensiva quando o assunto é ir além do que está escrito. Quero só ver esse ‘a mais’ e a ponte que vão fazer entre os filmes…
A qualidade de adaptação da trilogia ‘O senhor dos anéis’ é indiscutível, não dá pra esperar que essa seja diferente, mas 3 filmes, sendo que a outra obra era bem mais extensa e ficou divida na mesma quantidade ainda deixa aquele questionamento. (fora que esperar esse intervalo é torturante ahahah)
Muito boa a resenha, valeu.
:)
Nicholas Duboc
Acabei de sair da sala do cinema e venho humildemente deixar minha opniao: deviam mudar o titulo, pq isso n tem nada a ver c o livro do hobbit…. Decepçao total
Renan do Prado
“This can only be zueira…”
Nicholas Duboc
Nao vei… Eles inventaram cenas e cenas… Muitas msm, n foi isso q JR escreveu
Mileide Moraes
QUANDO PENSEI QUE O FILME IA COMEÇAR REALMENTE ….AI CHEGOU O FIM…AFF!!!!
Edimartin Martins
Então tu não viu nenhum dos filmes de O senhor dos anéis.
O bom desse filme é que ele passa rápido. Quando a gente vê se passaram 3 horas.
Edimartin Martins
Eu vi o filme messe sábado. O filme é muito bom e realmente passa rápido.
Como recentemente eu estou tendo má sorte (acho que é uma maldição), quando eu estava olhando o filme: lá pelas 2:30 de filme deu um blecaute na cidade e eu tive que esperar 10 minutos para a luz voltar e continuar a ver o filme. Os técnicos do cinema voltaram o filme um pouco e portanto, eu ví um pouco da cena do Gollum duas vezes.
Brunno Fagundes
Olha, sua resenha ficou muito melhor do que muitos blogs especialistas em cinema… vocês podiam montar uma categoria só pra tratar do assunto!
Muito boa a resenha e concordo basicamente com tudo. Provavelmente irei assistir umas 3 vezes, sendo que a primeira foi em 48 frames, ótima experiência!!
:)
ACME
hobbit=gnomo
seria o equivalente no universo de tolkien…