Duke Nukem Forever vem aí! Conheça a história completa da série!

Após anos e anos de espera, parece que agora é pra valer. Depois de mais um adiamento, o lendário Duke Nukem Forever, anunciado a mais de 10 anos, deve chegar às prateleiras na primeira quinzena de junho, exatamente 20 anos após o lançamento do primeiro game da série.

Conheça um pouco mais da trajetória de um dos personagens mais icônicos dos videogames e a sequência de alarmes falsos através dos anos, que fizeram de Duke Nukem Forever uma novela que já se arrasta há mais de uma década.

Duke Nukem (1991)

O primeiro game da série foi lançado para computadores em 1991 pela Apogee Software. A história do jogo rolava no ano de 1997, o que na época era um “futuro próximo”. Na trajma, um louco chamado Dr. Proton tinha planos para dominar o mundo através de um exército de robôs denominados Techbots. Duke Nukem, um agente da CIA é convocado para a missão, e durante a  aventura passava por diversos cenários, como Nova York e até mesmo uma base lunar! Os gráficos eram bem simples e toda a ação era em estilo side scroll .

Duke Nukem II (1993)

‘’I’m Back’’, a frase dita por Duke logo no início do jogo resume bem o game: ele voltou, para detonar inimigos ainda mais bizarros! Neste episódio, lançado dois anos após o game original, Duke Nukem estava dando uma entrevista sobre seu livro, modestamente intitulado “Why I’m so great”, quando é sequestrado por alienígenas que querem drenar seu cérebro para formular um plano de dominar a Terra. Com gráficos relativamente mais detalhados e mantendo a jogabilidade em 2D, o destaque vai para o arsenal de armas, que cresceu bastante e incluía desde um lança chamas, até mísseis e um canhão laser.

Duke Nukem 3D (1996)

Lançado desta vez pela 3D Realms, uma recém criada divisão de jogos 3D da Apogee Software, Duke Nukem 3D (que virou Duke Nukem 64 no N64 e Duke Nukem: Meltdown Total no PS1),  foi o primeiro game da série em três dimensões, mas o que ficou marcado mesmo foras as inúmeras polêmicas envolvendo o machismo, as insinuações pornográficas e os palavrões.

A história mais uma vez se passa em um “futuro próximo”: em 2008, aliens invadem a Terra planejando destruí-la utilizando a força vital de mulheres para se reproduzirem. Com um problemão destes, Duke Nukem novamente é chamado. Além das frases célebres como “Eat shit and die!“ e “Your face, your ass, what’s the difference?”, o game ficou famoso no Brasil depois que um estudante que matou três pessoas em um cinema de SP afirmou que o jogo foi sua inspiração para o crime.

Destaque também para a trilha sonora eletrizante, mencionada na edição n°22 da revista Arkade.

Enquanto isso…

Pretendendo lançar uma continuação inovadora de Duke Nukem 3D que fez muito sucesso, a 3D Realms anuncia em 28 de Abril de 1997 o desenvolvimento de uma sequência para o jogo, intitulada Duke Nukem Forever. Era o início de uma das mais longas novelas da história dos videogames.

Duke Nukem: Time to Kill (1998)

Este foi o primeiro dos diversos títulos da série lançados enquanto era esperada a chegada de Duke Nukem Forever. O game, que foi exclusivo para o PS1 começa com um vídeo de Duke em uma motocicleta, indo a uma boate de strip-tease. Depois de ser atacado no local por “porcos mutantes” e revidar, o herói inicia uma longa viagem pelo tempo em busca de evidências para destruir os mutantes e maneiras de mudar a história a seu favor. Na época a jogabilidade do game foi muito comparada a Tomb Raider, ambos jogos em terceira pessoa e com um sistema de movimentação bastante semelhantes.

Enquanto isso…

Na E3 de 1998, em Atlanta, a 3D Realms faz um novo anúncio de Duke Nukem Forever, e mostra até um trailer do game, que estava sendo desenvolvido com a engine de Quake 2, e apresentava gráficos surpreendentes para a época. Porém, mais um ano se passou e nada da chegada de Duke Nukem Forever.

Duke Nukem: Zero Hour (1999)

Exclusivo para N64, o jogo começa com Duke a serviço do governo combatendo novamente alienígenas pelas ruas de Nova York. Eventualmente, ele descobre que o plano dos aliens é voltar no tempo e alterar a situação atual da Terra para que eles possam facilmente dominá-la. O resto é bem semelhante à versão Time to Kill, com o herói viajando no tempo para lugares como o velho oeste, tentando descobrir informações sobre os inimigos.

Enquanto isso…

O ano de 1999 chega e a 3D Realms faz mais um comunicado: anunciou que tinha mudado a engine do game e que ela não seria mais baseada na de Quake 2. A data prometida era até o final de 2000, promessa que, como a gente bem sabe, não se concretizou.

Duke Nukem: Land of the Babes (2000)

“Um homem, uma missão e um milhão de garotas”. Com esse lema e um título bastante sugestivo, o game foi uma sequência direta de Time to Kill. Depois de viajar para o futuro, Duke é recebido pela líder de uma resistência feminina, que lhe conta que todas as mulheres foram escravizadas e os homens destruídos. Ela então pede a ajuda de Duke, fazendo-o se tornar o herói de todas as garotas da Terra. O mais curioso é que inicialmente o jogo seria chamado Planet of the Babes, porém como o remake do filme Planeta dos Macacos estava em andamento, os produtores do longa ameaçaram processar a 3D Realms pela suposta referência.

Enquanto isso…

Mais um ano se passa e no início de 2001 a 3D Realms afirma que o game está praticamente finalizado. A empresa até libera um vídeo com algumas cenas que mostram o gameplay do jogo. Tudo parecia indicar que em breve teríamos Duke Nukem Forever à disposição. Pena que não passou disso.

Duke Nukem: Manhattan Project (2002)

Lançado inicialmente para os PCs e mais tarde também na Xbox Live, essa aventura tem como pano de fundo a história de um cientista louco chamado Mech Morphix, que utiliza uma gosma radioativa para dominar a Terra. Nessa nova jornada na ilha de Manhattan, Duke luta contra monstros que variam de jacarés mutantes à baratas gigantes. Embora o game seja em três dimensões, toda a jogabilidade rola em um esquema tipicamente 2D.

Enquanto isso…

No final de 2002, para a tristeza dos fãs, a 3D Realms diz que contratou novos programadores e que começou a desenvolver Duke Nukem Forever praticamente do zero. A nova promessa era de que o game sairia até o final de 2004. A essa altura quase ninguém acreditava que o game ainda seria lançado.

Duke Nukem: Critical Mass (2010)

Em 2010, após o fechamento da 3D Realms, a Take-Two, detentora dos direitos do game, ressuscita a novela e anuncia que agora a Gearbox Software está cuidando da série. Mesmo assim, após a primeira data de lançamento de Duke Nukem Forever ser divulgada, 6 de maio de 2011, a Gearbox Software manteve a tradição e acabou adiando o lançamento internacional do game, desta vez para 10 de junho.

Antes disso, a empresa lançou em abril, em parceria com a Deep Silver, o game para portáteis Duke Nukem: Critical Mass, um shooter em terceira pessoa que coloca o herói contra seu velho inimigo Doutor Proton, que desta vez assume o controle de poderosas entidades robóticas para novamente tentar dominar a Terra. Apesar de simples, o game diverte, e é um bom aperitivo para o que vem por aí…

Finalmente…

Depois de 14 anos, duas gerações de videogames, e tantas especulações em torno do jogo, parece que enfim, nós fãs poderemos jogar Duke Nukem Forever. Mas lembre-se, estamos em abril, mesmo mês em que o game foi anunciado pela primeira vez no longínquo ano de 1997. Será que isso é um mau sinal? Falta pouco mais de um mês para o game ser lançado e duvido que alguém coloque a mão no fogo garantindo que isso realmente acontecerá.

Duke Nukem Forever: será mesmo que o game sai no dia 10 de junho? Só acreditamos vendo! Ou melhor, jogando!