Indie or Die: jogos como Republic e The Silent Age fazem o espírito “aponte-e-clique” viver nos móveis

25 de maio de 2014

Indie or Die: jogos como Republic e The Silent Age fazem o espírito "aponte-e-clique" viver nos móveisExistem gêneros gamers que são parecidos com o É o Tchan: tiveram seu sucesso, foram esquecidos e hoje estão voltando aos poucos. O “aponte e clique” viveu momentos semelhantes e parte desta “volta ao cenário” é resultado de inciativas indie que você conhece agora!

Para entender um pouco sobre a razão desta devoção aos point-and-click, voltemos aos anos 1990: entre Doom, Donkey Kong Country e muitos outros jogos que fizeram história na década, os adventures – especialmente os da Lucas Arts – fizeram muito sucesso. MystFull Throttle e The Dig são apenas três de muitos outros jogos inesquecíveis. Mas o tempo passou e os jogos para computador foram ganhando outras preferências – como os FPS – deixando estes jogos clássicos de lado.

Porém o gênero nunca morreu pois os jogos continuaram a ter seus fãs além do fato de que muita coisa boa foi feita (concorda, Telltale?). Aí que entram os indies, que com liberdade criativa e muita referência boa no passado, começaram a produzir excelentes títulos, inclusive resgatando – e melhorando – muita coisa boa do passado.

Na Indie or Die de hoje vamos conhecer alguns excelentes jogos que mantém o point-and-click vivo e com extrema qualidade, usando nossos tablets e smartphones como plataforma. Afinal como a Nintendo dizia em 2004 ao lançar seu DS, “Tocar é legal!“.

Republique (iOS)

falamos de Republique aqui e repito: é um excelente jogo! Feito por um time dos sonhos com pessoas que participaram de Halo e Metal Gear Solid – incluindo David Hayter, a voz de Solid Snake – conta com um visual impressionante e tem uma história que prende o jogador, que nos dá o controle indireto em Hope – a protagonista – direcionando-a em sua fuga do sistema que a prendeu por estar “contaminada ideologicamente”.

As expressões faciais impressionam e bons desafios aguardam o jogador. O único contra é o curto tempo de jogo, afinal é um título dividido por capítulos. Se isso não for problema para você, compre todos os episódios de uma só vez e aproveite.

The Silent Age (iOS, Android)

Outra pedida excelente. Temos que visitar o ano de 1972 e conhecer Joe, um homem comum que tem sua vida de zelador até que descobre que precisa viajar até 2011 para salvar o mundo que está destruido e desolado. Sua tarefa é encontrar o mesmo homem que veio do futuro como sobrevivente e avisá-lo dos problemas que podem acontecer no passado.

Uma coisa que chama atenção em The Silent Age é a simplicidade do jogo, dos comandos ao visual leve – e bonito – do jogo. Ele é bem intuitivo e Joe dá dicas ao jogador em forma de pensamentos. Mesmo assim tem uma boa dose de desafio e faz bem seu papel de fritar cérebros.

The Silent Age é gratuito em seu primeiro episódio. Para jogar os demais episódios é necessário comprá-los dentro do próprio jogo.

Broken Sword: The Serpent’s Curse (iOS, Android)

A série Broken Sword existe desde 1996, teve uns bons jogos e retornou da melhor maneira indie possível: Kickstarter, Diferente de muita franquia, Charles Cecil – o criador da série – ainda tem os direitos sobre sua obra e foi ao famoso “chute-inicial” de projetos, divulgando a vontade de fazer mais um episódio desta série que tem jogos em computadores e consoles do passado, conquistando US$ 820,557 dos US$ 400 mil solicitados.

Pelo visto o investimento valeu a pena, pois Cecil e a Revolution entreguaram um jogo colorido de visual elegante e com espírito de clássico. Os personagens são carismáticos e os diálogos inteligentes. Dê uma olhada no vídeo e confira se vale a pena ter este jogo em seu aparelho:

Machinarium (iOS, Android)

Este é velho conhecido da galera. Com versões para PC e consoles, talvez alguns não saibam que ele também está disponível para seu smartphone e tablet. Os motivos que fazem Machinarium algo excelente são muitos: o trabalho artístico do jogo, bons efeitos sonoros e quebra-cabeças dos mais descabelantes.

Isto somado a história melancólica e a rápida simpatia pelo robozinho que controlamos faz de Machinarium um dos preferidos dos fãs de point-and-click. E a experiência por toque amplia e muito esta qualidade, por isso, recomedamos!

Beneath a Steel Sky: Remastered

Mais uma da Revolution. Um trabalho de arte excelente – que contam com a arte de Dave Gibbons de Watchmen – diálogos adultos e engraçados e os eternos puzzles bem feitos fazem do remake deste sci-fi com ambientação cyberpunk algo muito interessante em nossos celulares, mesmo 20 anos depois de seu lançamento original.

Aqui você pode morrer a qualquer hora. Por isso cuidado, já que qualquer decisão errada pode significar o fim. Claro que também garante vários finais, para a turma que curte um “o que aconteceria se” ficar contente. É um ótimo e difícil jogo que tem alma de indie e não poderia ficar esquecido nas pilhas de disquetes do passado de maneira nenhuma!

A intenção desta matéria não é fazer um top 5, muito menos dizer qual é o melhor ou pior point-and-click móvel. Queremos apenas mostrar como o gênero ganhou gás novo com as inciativas indies e os recursos dos dispositivos móveis. Quem ganha com isso são todos os fãs de jogos assim que podem jogar excelentes títulos e o melhor, em qualquer lugar.

Jogou algum game da matéria? Comente e deixe sua opinião. Aproveite e dê sua dica de algum bom jogo indie para celulares que não apareceu por aqui.

4 Respostas para “Indie or Die: jogos como Republic e The Silent Age fazem o espírito “aponte-e-clique” viver nos móveis”

  • 25 de maio de 2014 às 15:25 -

    Diana Cabral

  • Tenho Machinarium no PC e é um puzzle excelente.
    Vou procurar pelos outros, pois adoro o gênero! *-*

  • 25 de maio de 2014 às 21:37 -

    Diana Cabral

  • Joguei aqui The Silent Age e, ó, que joguinho massa. Boas dicas. Broken Sword tem na Steam também, até um pacote camarada com a trilogia. *wish list*

  • 26 de maio de 2014 às 08:26 -

    Leonardo

  • Esses jogos foram em parte ressuscitados pela popularidade dos smartphones pelo fato de terem sua jogabilidade facilmente adaptada ao touch. Pois jogar outros gêneros como jogos de luta ou plataforma sem um controle ou pelo menos un teclado é simplesmente injogavel.
    E alem do mais, recursos para o uso de gamepads para celulares, como o ipega por exemplo sai muito pouco divulgados infelizmente.
    Eu tenho um ipega e jogo com ele no meu moto x o dead trigger e emuladires . no touch só consigo jogar adventures point e click

  • 20 de julho de 2014 às 16:24 -

    Bruno Andrade de Oliveira

  • Gostei da matéria, é bom saber que sempre posso matar saudades jogando meus joguinhos favoritos ^^

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