O Museu do Videogame de Mariupol, na Ucrânia, foi destruído por bombardeios russos
Em uma guerra, as perdas são incalculáveis. Principalmente as perdas humanas, em tragédias que destroem vidas, e obrigam muitos a deixarem suas casas, para fugir do horror dos combates. Só na Ucrânia, estimativas da Reuters falam em 46 mil mortes, entre militares e civis. Onze milhões de pessoas foram desalojadas após mais de 50 dias de combates, desde a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
Mas não é só na Ucrânia que as fugas de cidadãos ocorrem. De acordo com a ACNUR, a agência da ONU para refugiados, 84 milhões de pessoas em todo o mundo tiveram que fugir de suas casas em 2021, por causa de conflitos, violência, perseguições e desastres naturais. Locais como Síria, Venezuela, Afeganistão e Sudão do Sul são alguns dos locais que mais tiveram refugiados no ano que se passou.
E, além das perdas humanas, incalculáveis, também há o dano material. Dados também da Reuters afirmam que a Ucrânia conta com danos à propriedade de US$ 565 bi, em meio a mais de 1,8 mil prédios destruídos. Muitos deles estão em Mariupol, cidade que fica ao sul do país e foi uma das primeiras a serem atacadas pelas forças russas.
Hoje, mais de 50 dias após o início das agressões, Mariupol segue sob controle ucraniano, embora suas tropas estejam cercadas e sua população, sem poder sair do local, em meio a tentativas de fuga em meio ao fogo cruzado, ou em poucas oportunidades de corredores humanitários, sofrem de fome, falta de remédios e todos os problemas que um cerco pode ocasionar.
Entre os muitos prédios destruídos pelos bombardeios russos em Mariuopol, estava o Mariuopol Computer Museum. Tratava-se de um projeto de 15 anos, administrado pelo ucraniano Dmitry Cherepanov, que contava com mais de 500 itens de jogos e computadores, alguns datados da década de 50. Dmitry, que também perdeu sua casa em meio aos ataques, se encontra em segurança no momento.
O museu contava com itens raros e clássicos, que contam com restaurações do próprio Dmitry. Um apaixonado por games, como muitas pessoas espalhadas pelo mundo, Cherepanov escreveu em um post do it8bit Club, o nome do museu, “o que restou da minha coleção de 15 anos são fragmentos de memórias”.
Além do museu, o mercado atual de games ucraniano também sofreu muito com a guerra. A Ucrânia, que é um dos pólos em ascensão de games na Europa, conta com diversos estúdios, como o GSC Game World, que estava desenvolvendo S.T.A.L.K.E.R. 2 e teve de deixar o país, provavelmente terminando o desenvolvimento do game na República Checa.
Helinux
Triste essa maldita guerra…sem palavras, porque a única frase que vem na minha cabeça é… vai tomar no cajú…Putin!!!!
valeu!!!!
Marcus Crisostomo
Muito triste ver uma guerra sem sentido destruindo um acervo tão valioso. Isso só nos faz odiar ainda mais a Rússia. Parabéns Puttin. O mundo te odeia ainda mais.