RetroArkade: Ele é ferro e fogo… Mega Man! É hora de pegar seu biscoito e relembrar do desenho!

12 de julho de 2015

RetroArkade: Ele é ferro e fogo... Mega Man! É hora de pegar seu biscoito e relembrar do desenho!

Se a gente jogava Mega Man quando crianças, também assistíamos o desenho do azulão no Sábado Animado. Vamos relembrar das aventuras do nosso robô preferido?

Uma reclamação quase que unânime nos gamers é em relação com as produções baseadas em videogames: seja para alcançar um nicho maior de público (e vender mais produtos) ou pela incompetência de produzir com uma equipe sem qualquer tipo de ligação com a obra original, o fato é de que desenhos, filmes e seriados baseados em games geralmente fogem de maneira ridícula da proposta original.

Mas existem aqueles projetos que se não são idênticos, pelo menos trazem a essência dos games que adoramos jogar. Street Fighter 2 Victory é um exemplo claro disto (e seu sucesso que dura até hoje prova isso) e o nosso alvo da RetroArkade de hoje também tinha essa qualidade: Mega Man, aquele que passava no Sábado Animado, conhecido por reunir alguns dos melhores desenhos de toda uma geração.

Porém, antes de falar mais do seriado, aumente o volume e vamos relembrar juntos da música bacana que dava início nas aventuras do herói:

Se for pra fazer, que faça direito!

Em 1994, o Brasil era tetra campeão mundial de futebol (É TEEEEETRA É TEEEETRA!!), o Real estava nascendo e o Mega Man já era um herói consagrado com seus seis jogos de NES firmado como um marco no universo dos games. A série X, um upgrade da franquia, com temática mais adulta também estava fazendo seu sucesso e em meio a este contexto, algo muito comum naquela década se fazia necessário: uma série animada.

Porém, muitas animações daquela época contavam com um padrão horrível de qualidade, e quem assistiu Street Fighter 2 (não o épico anime e sim aquela porcaria baseada no filme do Van Damme) ou a série até legal, porém totalmente sem noção do Sonic sabe bem como o gênero não era lá muito bem representado. Mas neste meio, a Capcom, juntamente com a Ruby-Spears Productions, Ashi Productions e Ocean Productions, numa produção conjunta Japão-Estados Unidos trouxeram ao mundo o seriado do Mega Man.

Mudanças existem aqui também, porém elas não atrapalham em nenhum momento a experiência de quem curtiu os games e queria algo que lembrasse este universo. Entre algumas mudanças que não estão nos games, podemos citar a Roll, que ganha mais importância nos desenhos e ajuda além da sua “programação original” de limpeza do labortatório e a aparição de X em alguns episódios, sendo que os eventos da série original para os games envolvendo Mavericks, Sigma e Zero contam com 100 anos de diferença. Mas tudo bem, isso não atrapalha e pelo menos no universo da animação, tudo se encaixa muito bem.

Até porque muita coisa dos games estavam presentes nos episódios: o ambiente era praticamente o mesmo, Mega Man adquiria os poderes dos outros robôs, a temática central era idêntico e a animação a todo momento estava trazendo aos fãs dos games os robôs que já foram em alguma ocasião chefes de fase. Além disso, quem fosse introduzido ao universo de Mega Man pelo desenho, não teria nenhuma dificuldade em identificar os elementos principais caso se aventurasse a jogar (e perder os cabelos naqueles jogos difíceis pra burro!) algum game da franquia.

Dr. Wily sendo Dr. Wily

RetroArkade: Ele é ferro e fogo... Mega Man! É hora de pegar seu biscoito e relembrar do desenho!

A história é semelhante aos games, e desde 1995 o seriado já diz algo muito importante para quem se mete a fazer produções baseadas em jogos: não invente moda, faça o básico e se for pra mexer, que seja de maneira caprichada. Os eventos são semelhantes aos seis jogos da franquia existentes até então: Dr. Light e Dr. Wily, cientistas parceiros e altamente reconhecidos por seus talentos, terminaram um protótipo de robô muito avançado, porém ao ser ativado, o robô ficou descontrolado e quebrou quase tudo por ali.

Dr. Wily então mostra quem ele “realmente é”, um vilão disposto a roubar os planos de seu “amigo” e acaba levando consigo o robô que foi batizado de Proto Man. O Dr. Light então cria outros dois robôs, Rock (Mega Man) e Roll que também são vítimas de tentativa de sequestro, porém por terem bastante personalidade (em suas programações), conseguem enganar Wily e a partir dali, episódio após episódio, os robôs “do bem” mais o Dr. Light frustram os planos malignos de Dr. Wily e seus robôs “do mal”.

O que chama a atenção de fato no desenho é a personalidade de personagens um tanto encostados nos games: Roll, como já mencionamos, deixa de ser apenas a “faxineira”, apoiando seu irmão em várias ocasiões, Rush faz ás vezes de Scooby-Doo nos episódios, Proto Man ganha uma presença que não tinha nos games e até o Dr. Wily, carismático desde os tempos de NES, chama atenção de maneira positiva.

Ele é puro aço…

RetroArkade: Ele é ferro e fogo... Mega Man! É hora de pegar seu biscoito e relembrar do desenho!

E entre uma farta geração de animação e seriados de sucesso da década de 80 que continuavam em alta, Mega Man estreou em 1995 no SBT no lendário Sábado Animado. Passava por volta das 11 horas, logo após Street Fighter 2 V e antes de Hurricanes (aquele desenho aonde um time de futebol fazia missões de ação — e goleava o Barcelona), o que fez com que até as crianças mais preguiçosas conseguissem aproveitar os episódios e logo se tornou um dos preferidos da garotada.

Aqui no Brasil, ele não era uma unanimidade, até porque contávamos com nomes de peso como os Thundercats, Tartarugas Ninja e um tal de Goku começava a procurar as esferas do dragão já cativando muita gente no Dragon Ball original. Isso sem mencionar o fenômeno Manchete que por si só deveria valer umas três RetroArkade. Mesmo assim, sem tantos brinquedos “de robô” no camelô, ele foi muito assistido e prova disso é que até hoje estamos falando dele e lembrando de sua música de abertura.

Mas tudo que é bom… continua!

RetroArkade: Ele é ferro e fogo... Mega Man! É hora de pegar seu biscoito e relembrar do desenho!

Porém, mesmo com seu relativo sucesso em todos os países onde era exibido, o desenho foi cancelado na terceira temporada. Dizem que a “culpa” foi da Bandai, que pressionou a Capcom por estar atrapalhando o merchandising de produtos. A Bandai era parceira da Capcom neste quesito e via problemas na popularidade do robô azul, e temendo ter Sailor Moon, The Tick (lembra desse desenho? era demais!) e o próprio Dragon Ball, que estava começando a conquistar o mundo, acabou fazendo com que a companhia desistisse do projeto.

Porém, como nós já anunciamos, Mega Man voltará. Produzido pela Man of Action Entertainment, a mesma de Ben 10, teremos em breve novos episódios das aventuras do nosso robô preferido, já que jogo que é bom, vai demorar muito, pelo visto.

Mas vamos lá: continuando o texto após o ponto final, qual foi a sua grande lembrança com o desenho do robô azul? Qual o seu episódio favorito? O jogo te apresentou o desenho ou o desenho te apresentou o jogo? Vamos conversar.

2 Respostas para “RetroArkade: Ele é ferro e fogo… Mega Man! É hora de pegar seu biscoito e relembrar do desenho!”

  • 12 de julho de 2015 às 15:14 -

    Leandro alves

  • sobre a pergunta, foi o desenho que me apresentou ao Mega Man Power Battle. eu nem cogitava quando criança que tinha um jogo do Megaman e ao jogar fiquei de queixo caído na época

  • 12 de julho de 2015 às 17:03 -

    Torugo Prando

  • Sem dúvida o melhor episódio é quando aparece o X.

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