Square Enix vende estúdios ocidentais responsáveis por Tomb Raider e Deus Ex
Em mais uma grande negociação do mundo dos games, a Square Enix decidiu se desfazer de alguns de seus estúdios susidiários ocidentais: a trinca Crystal Dynamics, Eidos-Montreál e Square Enix Montreál foi comprada pelo Embracer Group, que desembolsou 300 milhões de dólares pela aquisição.
A venda foi realizada para que a Square levante uma grana para trabalhar em outros projetos que considera relevantes para seus negócios, como o famigerado blockchain (como os NFTs em jogos) e tecnologias de Cloud Gaming e Inteligência Artificial.
Vale ressaltar que, apesar da aqusição, a Cystal Dynamics seguirá trabalhando em um novo Tomb Raider, que foi anunciado recentemente, e está sendo desenvolvido na Unreal Engine 5. Ainda não se sabe no que os outros estúdios irão trabalhar.
Com a compra, o Embracer Group, que é um grande conglomerado sueco, coloca no bolso diversas franquias de renome: além de Tomb Raider, IPs como Thief, Deus Ex e Legacy of Kain trocam de mãos. Os estúdios vendidos também trabalharam em jogos recentes da Marvel, como o controverso jogo dos Vingadores e o ótimo game dos Guardiões da Galáxia. Aliás, a Square Enix não ficou muito satisfeita com os números de vendas destes dois jogos, o que talvez tenha pesado na decisão.
O acordo deve levar até setembro para ser finalizado, por conta da tramitação legal e tributária que envolve esse tipo de negociação.
Também é digno de nota que o Embracer Group está, aos poucos, tornando-se uma superpotência da indústria dos games: o grupo — que já era dono da Gearbox Entertainment da THQ Nordic e da Deep Silver — adquiriu há alguns anos a Saber Interactive (de World War Z) e a A4 Games (responsável pela série Metro). No ano passado, o Embracer Group comprou a Perfect World Entertainment, do gigante Perfect World e outros MMOs.
Isso faz com que o conglomerado seja maior do que gigantes como Capcom e Ubisoft, por exemplo. Seu crescente portfólio de aquisições engloba diversas franquias famosas (além das já mencionadas), como Borderlands, Darksiders, Homefront e Saints Row.
Agora é torcer para que franquiasque estão há anos sumidas — como Legacy of Kain e Deus Ex — saiam da gaveta. Não custa sonhar, né?
Jornalista, baterista, gamer, podcaster e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.
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