Tudo o que já sabemos sobre Pokémon Legends: Arceus

11 de janeiro de 2022
Tudo o que já sabemos sobre Pokémon Legends: Arceus

Pokémon Brilliant Diamond and Shining Pearl, os remakes da quarta geração dos tradicionais jogos da franquia, chegou há poucos meses – você confere nossa análise do jogo aqui – e, por mais que tenha se mantido fiel ao original (lançado em 2006 para Nintendo DS) e apostado no altíssimo valor nostálgico, dividiu opiniões ao não ousar e se manter em uma zona de conforto que parece apresentar sinais de desgaste mesmo junto à base fiel de fãs dos famigerados monstrinhos de bolso.

Além de manter uma lógica comercial da Nintendo de requentar, no bom sentido (na maioria das vezes), para um novo público algumas das experiências mais marcantes lá do início da série e que estiveram, por muito tempo, restritas à lógica dos consoles portáteis da empresa, essa geração se situa, oportunamente, na mesma região a ser explorada no próximo capítulo original da franquia, que tem lançamento previsto para o dia 28 de janeiro de 2022, Pokémon Legends: Arceus, um dos jogos mais esperados do ano. O vídeo abaixo, o mais recente lançado até aqui, nos apresenta um mundo bastante inspirado para a nova aventura:

Ainda que estejamos a pouco mais de duas semanas da data para conferirmos o que a Game Freak e a Nintendo querem com esse novo capítulo de uma das IPs de maior sucesso em toda a cultura pop mundial, ainda há mais dúvidas do que certezas sobre a nova produção e decidimos reunirs aqui tudo o que já sabemos – e algumas especulações – do jogo para que possamos todos nos preparar para essa nova aventura.

Ambientação

Pokémon Legends: Arceus deverá se passar na região de Hisui, área que no tempo presente passou a ser conhecida como Sinnoh, apresentada pela primeira vez no já citado Diamond/Pearl. Ainda que não seja exatamente uma área completamente nova, ela será muito diferente daquilo que já conhecemos e no lugar dos ambientes já bastante ocupados por vilas e cidades encontraremos regiões selvagens e pouco desbravadas. Isso significa que experimentar os jogos que apresentam a área – seja a versão original, seja a versão reformulada – não deve ser necessário e obrigatório para se compreender a nova aventura.

Tudo o que já sabemos sobre Pokémon Legends: Arceus

Isso porque Legends: Arceus se localiza cronologicamente cerca de 200 anos antes dos tempos atuais, em um momento histórico onde a sociedade era bem diferente, com Pokémon e humanos vivendo sem tanta integração assim como nos tempos atuais. É uma época, contudo, de ascensão da curiosidade e tem-se a criação de um grupo de estudos, uma unidade de pesquisa, por assim dizer, que pretende entender esse universo selvagem. No jogo, eles serão conhecidos como Galaxy Team.

Este, contudo, não é o único grupo organizado, por assim dizer, na região. Os clãs Diamond (liderado por Adaman) e Pearl (encabeçado por Irida) celebram e reverenciam os tais Pokémon nobres (cada qual à sua maneira particular), e até suas vestimentas são projetadas para externalizar essa admiração. Dentro de cada clã, há ainda figuras chamadas de guardiões, dos quais falarei mais adiante. Há ainda a guilda Ginkgo, basicamente formada por mercadores itinerantes que deverão aparecer pelo mundo para vender e comprar itens ao longo da jornada. O vídeo abaixo, intitulado “New Faces from the Hisui Region” apresenta algumas dessas novas caras da franquia:

Assumindo o papel de Akari ou Rei, jovens que se juntam a esse time com a dura missão de catalogar as espécies de Pokémon e que, para tal, deverão explorar os mais distintos biomas da região, aprender mais sobre comportamento e costumes, e ainda irão se deparar com um fenômeno que tem tornado algumas dessas criaturas um tanto quanto mais agressivas do que o normal. Há uma promessa de várias possibilidades de customização, que vão desde a aparência física inicial a uma infinidade de roupas e acessórios.

Essas aventuras ao redor do Monte Coronet ainda guardam surpresas e, ao que tudo indica, levarão os heróis a cruzar o caminho do lendário Arceus, o Pokémon que dá nome ao game cuja história diz ser aquele que teria dado origem ao mundo. É possível que algumas espécies icônicas da quarta geração, como Skorupi, Garchomp, Bronzong, Skuntank e Buneary, estejam presentes e espalhadas por todas a região, algumas um pouco diferentes das formas como as conhecemos.

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Exploração

Um outro aspecto que parecia totalmente parado no tempo até Pokémon Sword and Shield era o formato de exploração presente nos jogos da franquia. Muito se especulou que enfim teríamos um jogo de Pokémon em mundo aberto, e alguns fãs acabaram comparando a produção à Zelda: Breath of the Wild quando as primeiras informações e os primeiros vídeos de gameplay começam a surgir. Porém, ao que tudo indica, é grande a possibilidade de que o modelo do jogo seja mais próximo do que vimos em jogos como Monster Hunter Rise, Dragon Age: Inquisition e coisas do tipo.

Isso significa que é provável que tenhamos uma estrutura com algumas grandes áreas com liberdade para exploração, cenários mais abertos, menos barreiras naturais, mas que sejam interligadas por um hub, um ponto central de onde partiriam as expedições, que é muito provavelmente o vilarejo chamado Jubilife Village (que nos tempos atuais se tornaria a conhecida cidade de Jubilife City), um dos poucos lugares povoados do universo do game e base de onde se parte e para onde se retorna após executar cada missão do jogo.

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É lá também que encontraremos os NPCs que nos darão suporte nesta caminhada, como os já revelados Professor Laventon, Comandante Kamado, e Capitã Cyllene. Além disso, essa base também contará com localidades específicas, incluindo salão de cabeleireiro e a loja de roupas (que propiciam a personalização da/do protagonista); estúdio fotográfico; armazém; loja de artesanato e até viveiros para aqueles Pokémon que não serão utilizados na missão adiante; além da feitoria, que vai permitir a troca de Pokémon com outros jogadores on-line, lembrando que é necessária a assinatura do serviço Nintendo Switch Online para funções multiplayer.

Haverá também alguns pontos de interesse no mapa, algo como bases avançadas que servirão para descanso, possivelmente coleta de documentos e outros itens necessários para cumprir tarefas, quem sabe até receber missões secundárias complementares. São espaços que também devem aglutinar funções como forja de equipamentos e itens especiais, comércio, recuperação de vida e possivelmente pontos para viagens rápidas, e isso também é bastante similar aos acampamentos encontrados em Dragon Age: Inquisition.

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É possivel que Pokémon Legends: Arceus ofereça o mapa mais extenso e complexo da franquia até aqui, e com a locomoção livre, a possibilidade de usar montarias é mais que bem-vinda. Com uma flauta especial, o jogador poderá invocar criaturas especiais para percorrer distâncias no solo, na água ou nos ares. Importante dominar e abusar do recurso, já que parece evidente a necessidade de percorrer grandes áreas várias vezes, considerando que certas espécies só aparecem em condições climáticas e/ou horários do dia específicos.

Uma vez em campo, esqueça aquele formato de caminhar por corredores, passar pela grama alta e ser surpreendido por um Pokémon selvagem que leva diretamente ao modelo de batalha por turnos. Desta vez, as criaturas estarão espalhadas pelo ambiente de forma mais natural, visíveis e vivendo suas rotinas organicamente, e poderão interagir de formas distintas com o jogador, o que inclui uma série de possibilidades que não só a batalha comum 1×1 ou 2×2 que tanto nos acostumamos ao longo das últimas décadas.

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Será possível, por exemplo, abordar monstrinhos distraídos de forma furtiva sem chamar a atenção deles, acertá-los com algum objeto para atordoá-los e facilitar a captura, ou até mesmo ser atacado por algumas espécies mais agressivas. Como dito, será possível encontrar espécimes com algum tipo de atributo especial, os alphas e os nobles, cada qual com comportamento e habilidades diferenciados na comparação com outros comuns de mesma espécie. Certamente, descobrir o que os torna únicos será parte da trama da aventura.

Haverá inclusive a já citada figura dos guardiões dos tais Pokémon nobres, cujo objetivo é o de cuidar destas criaturas especiais. Os encontros com essas figuras – tanto os próprios bichos como seus protetores – deverá ser uma parte essencial da construção narrativa do jogo. Não é possível saber ainda se estruturalmente essas figuras terão um objetivo similar aos tradicionais ginásios, se cumprirão aquela função de chefes de cada sub-região, ou se a dinâmica será diferente daquilo que já estamos acostumados.

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Temos que pegar todos… e mais

Falando especificamente daquilo que tornou Pokémon algo tão icônico, não podemos esquecer de falar sobre as batalhas, conflitos e modelos de captura. Logo de início, aliás, já sabemos que o trio de iniciais apresentado em Diamond/Pearl (Turtwig, Chimchar e Piplup) ainda não deu as caras oficialmente nos materiais de divulgação. A lista para iniciar a campanha traz uma seleção de Pokémon de outras gerações: Cyndaquil, Oshawott e Rowlet.

Feita a escolha, será necessário encontrar e completar a famigerada Pokédex, mas desta vez não espere a facilidade de outrora, quando assim que capturávamos uma criatura selvagem ela já seria adicionada automaticamente ao “bestiário”. Desta vez, será necessário cumprir uma lista de tarefas determinadas, como vencê-los uma certa quantidade de vezes, vê-los utilizando uma habilidade específica, aplicar uma quantidade determinada de algum ataque, e assim por diante. Nada tão absurdo, mas faz sentido dada a temática do game.

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Nem sempre esse encontro será algo tranquilo. É provável que haja algumas espécies amigáveis, que se aproximem, quem sabe que até queiram acompanhá-lo, que tenham pré-disposição à amizade, mas haverá também aqueles mais arredios, que fugirão ao primeiro sinal da presença humana e que demandarão uma dose extra de estratégia. Outros, como dito, poderão ser mais agressivos, atacando não só os seus Pokémon como o próprio jogador, o que significa que é praticamente certo que tenhamos uma barra de HP do próprio avatar, ou sistemas de dano similares.

Será possível, claro, lançar um aliado para o confronto direto para enfraquecer o adversário e criar uma situação de captura, mas ao contrário do que estamos acostumados, o arremesso de uma pokébola vazia será em tempo real, e certamente será necessário usar algum comando de mira em para acertar o pobre coitado, e não uma opção em um menu como antes. Uma dose a mais de tensão, claro, já que será necessário calcular bem a distância de onde se joga o objeto e não permitir fugas ou algo assim.

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Dentro do confronto direto, espera-se um pouco mais de dinamismo, sem abandonar o modelo por turnos. Teremos a possibilidade, como visto em jogos recentes como Ruined King: A League of Legends Story, utilizar ataques com prioridade para velocidade ou para potência, o que significa que há uma outra camada estratégica a se considerar: ataco rapidamente antes de ser atingido, mesmo que com menos efetividade, ou arrisco demorar um pouco mais, mas buscar causar mais dano de uma vez só? Estudar as estatísticas e características de cada componente da sua party para saber quais e quantas ações podem se desenvolver dentro do intervalo da timeline da batalha será outra das tarefas mais exigentes para o jogador.

A produção de itens especiais deverá ser algo que valoriza ainda mais aquela busca minuciosa por itens de fabricação eplo cenário, assim como facilitar a vida em momentos de confronto. Será possível, por exemplo, criar bombas de fumaça para facilitar a aproximação sem ser detectado pelo alvo, criar pokébolas mais parrudas para a captura de Pokémon distraídos, e outras traquitanas que podem facilitar capturas ou ampliar a gama de possibilidades na abordagem. Em resumo, um pouco mais de liberdade para o jogador descobrir como quer fazer o que tem que fazer.

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Outro item importante será produzido com o objetivo explícito de acalmar aquelas criaturas que entrarem em estado de frenesi descontrolado, e que para isso deve ser feito com sua comida favorita. Uma vez que a situação exija, será importante acertar o máximo desses bálsamos para vencê-los. Mais um motivo para que a Pokédex seja algo para além de um simples catálogo. Será importante conhecer bem cada Pokémon para que se saiba o que fazer quando enfrentar situações como esta.

No vídeo abaixo, bem mais cadenciado que os trailers e vídeos de divulgação da produção, várias desses mecanismos são melhor ilustrados. Confira:

Com o lançamento, como adiantado lá no começo do texto, confirmado para 28 de janeiro de 2022 exclusivamente para o Nintendo Switch, o jogo já está disponível para pré-compra em sua versão digital custando R$ 299, e conta com um conjunto de roupas (lenço de cabeça, quimono, calças e sapatos) de bônus para quem adquirir o jogo até 9 de maio deste ano de 2022.

Update

Hoje, um novo trailer de pokémon Legends: Arceus foi revelado, trazendo nada menos que 13 minutos de gameplay, com muitas informações novas! Confira:

(Fontes: Site Oficial do jogo; Canal Nintendo Youtube; Canal Nintendo 公式チャンネル)

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