Análise Arkade – Chicken Assassin: Reloaded é um idle game disfarçado de beat ‘em up

21 de julho de 2018

Análise Arkade - Chicken Assassin: Reloaded é um idle game disfarçado de beat 'em up

Prepare-se para se tornar um frango marombado e martelar o botão de ataque freneticamente para surrar malfeitores e resgatar sua namorada. É a nossa análise de Chicken Assassin Reloaded que está no ar!

Não, não é um beat ‘em up

Confesso que fui enganado pelo que vi de Chicken Assassin Reloaded. Pelo trailer, eu realmente esperava que ele fosse um beat ‘em up 2D bem tradicional, do tipo “ande para a direita, surre inimigos, enfrente um chefe”. Nos moldes de Double DragonRaging Justice, saca?

Pois então, não é nada disso. A história até remete aos clássicos beat ‘em ups de antigamente, se liga: Candy, a namorada do marombado protagonista, o frango Mean Mcallister, foi raptada, e nós devemos abrir caminho na porrada para salvá-la.

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A história até lembra a de Double Dragon e Final Fight

Em termos de gameplay, porém, o que temos aqui está mais para um idle game — aqueles joguinhos de ficar clicando repetidamente para ganhar recompensas, tipo Cookie Clicker, Clicker Heroes e derivados — do que para um jogo de pancadaria de verdade.

Espancando hordas

Chicken Assassin Reloaded é um jogo de hordas. Cada fase possui um determinado número de hordas de inimigos, e nosso objetivo é meter a porrada em todas elas. Nosso protagonista fica no centro, e deve lidar com inimigos que chegam pelos 2 lados da tela.

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Tipo assim

O que faz o jogo parecer um clicker é que não realizamos ataques diretos, como em um beat ‘em up, mas movendo um cursor de mira até o inimigo e… clicando sobre ele. No Playstation 4, o botão de ataque é o X, e é basicamente esse botão que vamos apertar até o dedão latejar.

Confira meu gameplay de uma fase completa no vídeo abaixo:

Só isso? Pois é, só isso. Se fosse jogado com um mouse, imagino que Chicken Assassin Reloaded pareceria um point and click frenético. Se eu colocasse vídeos das 11 fases aqui, mecanicamente elas seriam praticamente iguais, mudando apenas o cenário e os tipos de inimigos enfrentados.

Sendo honesto, não chega a ser ruim, só que se torna repetitivo bem rápido. O jogo até segura a onda com seu humor nonsense e com as toneladas de armas e itens de customização que vamos liberando durante a campanha… mas não se pode negar que, em se tratando de gameplay, Chicken Assassin Reloaded é bastante simplório.

Aqui não tem franguinho!

O excesso de simplicidade do gameplay não se repetiu em outros aspectos do jogo: há dezenas de objetivos que você completa em troca de almas, e uma boa quantidade de upgrades e perks que você pode comprar (usando as tais almas) conforme sobe de nível.

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As opções de personalização são bem… pitorescas

Além disso, há toneladas de itens de customização que você equipa para melhorar seus atributos. Neste ponto, Chicken Assassin Reloaded quase parece um RPG, pois comparar estatísticas de equipamentos torna-se fundamental para derrubar os inimigos mais fortes — e há até algum grinding envolvido, visto que refazer as fases torna-se essencial para upar o personagem.

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De amuletos, chapéus e kimonos até máscaras, escopetas e facas, sobram opções na hora de transformar o herói Mean Mcallister em uma máquina de matar, e esses itens não só irão deixá-lo mais estiloso para a pancadaria, como também podem aumentar seus stats de força, vitalidade, defesa, e por aí vai.

Audiovisual

Sem dúvida o ponto em que Chicken Assassin Reloaded mais se destaca: o visual do jogo é muito bonito, um 2D cartunesco que parece pintado à mão e esbanja personalidade. Cada fase possui uma temática, com inimigos específicos, de modo que até mesmo os famosos “capangas genéricos” não se repetem muito. O character design como um todo é caprichado e muito estiloso.

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Alguns inimigos são REALMENTE grandes

A trilha sonora vai na mesma linha, sendo bem pauleira, condizente com o “estado de espírito” de nosso frango anabolizado. Há poucas vozes no jogo, mas elas mantém essa veia cômica estilo desenho animado que o game apresenta.

Infelizmente, Chicken Assassin Reloaded não recebeu nenhum tipo de tradução, e chega por aqui totalmente em inglês. Não que haja uma baita história sendo contada, mas as piadas e referências são boas o bastante para merecerem ser compreendidas.

Conclusão

Confesso que o formato de Chicken Assassin Reloaded me desanimou um pouco. Ele não é ruim, mas fica o tempo todo apoiado em uma mecânica repetitiva e sem graça que o transforma em um button masher capaz de gastar um só botão do controle.

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Meter bala à queima roupa nos inimigos? Tá liberado!

Eu vejo esse tipo de jogo funcionando melhor direto via browser, ou mesmo em smartphones — clicar na tela até faria mais sentido, na real –, mas do jeito que está, acho que o Playstation 4 não é a melhor casa para ele.

Considerando que Chicken Assassin Reloaded também está disponível para PC e Nintendo Switch, é provável que ele torne-se mais aprazível se jogado com tecaldo e mouse ou comandos touch. Nada disso vai mascarar a repetição inerente do jogo, mas talvez torne-a mais divertida… ou não.

Chicken Assassin Reloaded chegou ao Playstation 4 e ao Nintendo Switch em 17 de julho. Antes disso, ele já estava disponível para PC.

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