Análise Arkade: Death Stranding é diferente do comum, mas é excelente

8 de novembro de 2019
Análise Arkade: Death Stranding é diferente do comum, mas é excelente

Death Stranding já está chegando! Em apenas 7 dias o mais novo game de Hideo Kojima enfim será lançado! E nós já estamos com o game há um bom tempo e enfim podemos contar nossas impressões sobre ele!

Então chegou a hora de conferir nossa análise completa de Death Stranding, o novo e misterioso game de Kojima! Mas antes de prosseguirmos, temos que deixar algo bastante claro: Este é um review SEM SPOILERS, discutiremos a forma como a história é entregue, mas não o que a história conta além de sua sinopse. Dito isso, é hora de botar o pé na estrada, literalmente!

“Primeiro houve uma explosão…”

Análise Arkade: Death Stranding é diferente do comum, mas é excelente

Death Stranding conta a história de um planeta Terra completamente devastado após um misterioso evento cataclísmico chamado “Death Stranding“, um termo que não tem tradução, mas que significa algo como “Encalhamento da Morte”. Pouco se sabe sobre esse evento, apenas que uma série de explosões por todo o planeta devastaram tudo, reduzindo todas as nações do planeta a nada.

Anos se passaram, e o que sobrou do governo do que um dia foram os Estados Unidos quer reviver a nação, reconectando as poucas cidades que restaram na rede quiral, uma imensa rede que só entrará em pleno funcionamento quando todo o país for conectado, dando vida assim a UCA, as “Cidades Unidas da América“.

Nesse mundo, o jogador controla Sam Porter Bridges, personagem interpretado pelo ator Norman Reedus. Sam é um portador, alguém que faz entregas, e neste mundo essa á a profissão mais importante de todas, pois o Death Stranding deixou feridas tão graves no mundo que simplesmente sair ao ar livre é perigoso. Assim, compartilhamento de recursos e entregas de itens importantes é feito somente por Portadores, pois não há mais ninguém para fazer isso.

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As terríveis EPs, fantasmas que infestam locais atingidos pela Chuva Temporal

O Death Stranding deu origem à Chuva Temporal, uma chuva incessante que acelera o tempo de tudo o que toca, fazendo com que plantas germinem e morram em segundos, e fazendo com que uma pessoa envelheça décadas se exposta. Além disso, essas chuvas escondem os perigosos EPs (O game não oferece um significado para a sigla traduzida, ou eu não consegui achá-la, mas vem do nome Breached Things, ou “Coisas Encalhadas”), seres fantasmagóricos que, se entrarem em contato com humanos, causam obliterações, gigantescas explosões que destroem absolutamente tudo ao redor.

Sam é incumbido da importante mas muito perigosa tarefa de conectar todos os “Nós”, as cidades restantes do país, na rede quiral. E não apenas isso, Sam tem a crucial tarefa de unir novamente a população desse país dividido, em uma época em que ninguém mais confia na própria ideia de um país em um mundo fragilizado.

A Hideo Kojima Game

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Entregue a sinopse do game, vamos agora um ponto crucial do game: Afinal de contas, Death Stranding faz sentido? E a resposta é: Sim, faz muito sentido! O marketing de Death Stranding foi um dos mais estranhos já vistos nos últimos anos, Kojima entregou somente mistérios e pouquíssima informação em seus trailers, o que deixou muita gente obviamente sem entender nada do que o game se tratava.

Eventualmente a ideia central do game foi revelada de forma clara em trailers subsequentes (e eu fiz um compilado explicando todos eles, caso você ainda esteja confuso com o game). Mas ainda assim, muita gente continuou confusa, e a cada dia elevava-se mais a preocupação sobre o que afinal era o game, que história Kojima queria contar?

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Fragile é uma misteriosa e importante personagem na aventura

Como já dito, não entregarei nenhum spoiler do game, mas posso dizer que Death Stranding tem uma história muito surpreendente e complexa, exatamente aquilo que qualquer pessoa espera de uma obra de Hideo Kojima. Inicialmente sim, as coisas serão estranha, não farão muito sentido, mas conforme o jogador avança na narrativa, mais e mais segredos são revelados, com muitos plot-twists inesperados e uma história que no fim se torna concisa e crível.

Algo que deve-se mencionar é que a forma com que o game conta sua história é muito satisfatória. O game conta com um elenco Hollywoodiano de peso, todos com interpretações realmente excelentes, assim, o game valoriza muito suas cutscenes e os atores presentes para contar sua história de forma bem concisa e cinematográfica. E isso deve ser mencionado pois o último game de Kojima, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, contou sua história de forma estranha, com poucas cutscenes e muitos arquivos de áudio, o que tornou a história do game não muito divertida de se acompanhar.

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Amelie é a peça centra da missão de Sam de reconectar o Oeste

O game ainda incorpora muita filosofia e ciência em seu enredo, com uma história realmente riquíssima. Quando o jogador chegar ao final da aventura e todas as peças se encaixarem, sem dúvida se surpreenderá com tudo. Aliás, um aviso importante, como em qualquer outro game de Hideo Kojima, a história só realmente acaba quando a tela de resultados aparecer!

Um gameplay que dividirá opiniões

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E então, chegamos ao ponto que mais dividirá opiniões em relação ao game: seu gameplay. Além da história, outra coisa que foi deixada em mistério é como é o gameplay de Death Stranding. Só fomos formalmente apresentados ao gameplay durante a TGS 2019, com cerca de 1 hora de gameplay ao vivo.

Death Stranding é, essencialmente, um game de entregas. O objetivo das missões é ir até um local, aceitar pedidos, colocá-los nas costas e entregar à seus destinatários. Sam é um portador, não um soldado, então seu trabalho é fazer entregas ao longo do caminho até o Oeste, para reconectar o país.

Isso significa que não rola muita ação no game? Rola, mas de forma diferente. O objetivo do game é fazer entregas. É sair andando recolhendo pedidos e entregando à seus destinatários, porém existem muitas dificuldades no meio do caminho.

Nenhum caminho do game é uma linha reta e limpa. Todo o terreno do game é acidentado, com muitas montanhas, pedras, rios, penhascos e etc. Com isso o jogador precisa ficar muito atento com as rotas que escolher para evitar acidentes como quedas, deslizamentos de terra, ser arrastado pela correnteza de rios e etc.

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Além disso, o jogador precisará lidar com os MULAS, ladrões de encomenda insanos que roubam qualquer um que entre em seus territórios. E conforme o jogador avança, ainda precisará lidar com os perigosos Homo Demens, que não tem interesse em cargas, mas sim em matar. E é claro, o jogador deverá lidar diretamente com os dois maiores perigos do game: A Chuva Temporal e os EPs.

A Chuva Temporal acelera o tempo de tudo o que toca, e isso vale para todo e qualquer item que Sam estiver carregando. Tudo o que ficar exposto na chuva vai se deteriorar gradualmente, começando com as caixas que carregam os itens, se elas se deteriorarem por completo, os itens dentro vão se deteriorar. E isso vale para itens a serem entregues, armas e equipamentos. Nada do que o jogador carregar é indestrutível (com exceção de itens estéticos), por isso o jogador precisar de muito cuidado com o que carrega.

E se a chuva já era perigosa, ela ainda abriga os aterrorizantes EPs. Dois equipamentos importantíssimos de Sam são seu BB, o pequeno bebê que ele carrega em um útero artificial. E seu Odradek, o braço mecânico que fica no ombro esquerdo de Sam, servindo, como scanner. O BB e o Odradek combinados permitem que Sam veja as EPs, que são fantasmas invisíveis ligados por cordões umbilicais.

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O scanner do Odradek revela a posição das EPs

As EPs são cegas, mas podem ouvir e sentir Sam. Sempre que você estiver muito perto de uma, seu Odradek começará a girar mais e mais rápido na direção da EP mais próxima. Se uma EP identificar Sam, o perseguirá, atraindo mais EPs. Elas então cobrirão o chão com alcatrão, deixando a movimentação bem difícil, e corpos cobertos de óleo brotarão do chão tentando agarrar Sam.

Se elas agarrarem Sam, irão arrastá-lo para longe, deixando-o de cara com uma imensa EP monstruosa. E aí, a única opção do jogador é sobreviver. Se o jogador matar essa EP monstruosa, tudo volta ao normal, mas se morrer, acontece uma obliteração, uma imensa explosão que deixará uma enorme cratera no local da morte do jogador.

Death Stranding não possui Game Over: se o jogador morrer, ele será enviado para a Emenda, uma espécie de plano paralelo que conecta o mundo dos vivos ao dos mortos, e se apresenta como um local no fundo do mar. Nesse local, o jogador é livre para explorar em perspectiva em primeira pessoa, podendo até interagir com outros jogadores mortos. Basta que o jogador retorne a seu corpo e voltará a vida, mas a cratera da obliteração permanecerá. Ah, para não ficar dúvida: As obliterações ocorrem apenas se o jogador for morto por uma EP.

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Esse é o resultado de uma obliteração. Uma imensa cratera coberta em óleo

Felizmente consegui jogar o game do início ao fim sem sofrer nenhuma obliteração, nem encontrar uma no caminho, pois as obliterações de um jogador se espalham para os mundos de outros jogadores. E não quis arriscar ser morto para ver o que acontece, pois se já é difícil atravessar os cenários normais do game, imagina se houver imensas crateras no caminho?

E por fim, há o combate, que funciona como qualquer TPS padrão, L2 para mirar, R2 para atirar, quadrado para recarregar. O game oferece diferentes tipos de armas, letais e não-letais para o jogador, uma das mais criativas sendo a boleadeira, uma arma que dispara uma corda com bolas pesadas em suas pontas, que se enrolam e imobilizam inimigos sem matá-los. Aliás, matar é algo que o game deixa bem claro que não é uma boa ideia. Pois no mundo de Death Stranding, se um cadáver humano começar a necrosar, rapidamente se transformará numa nova EP, e isso vale para os inimigos humanos in-game.

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Higgs é o líder dos Homo Demens, alguém que usa cadáveres para causar obliterações

O gameplay de Death Stranding é fortemente baseado em crafting. Todos os equipamentos do jogo podem ser fabricados em qualquer terminal de entregas, contanto que haja recursos suficientes no local onde estão os terminais. Com isso, estratégia é primordial no game. Pois você precisa se equipar adequadamente para conseguir superar os desafios nas estradas, porém, carregar muitos equipamentos deixa sua carga pesada, fazendo você não conseguir levar muitas entregas. Além disso, há a chuva, terreno, MULAS e EPs para o jogador se preocupar.

Como já dito, Sam não é um soldado, ele é um personagem frágil. Isso significa que o jogador precisará descansar e dormir para recuperar energia, precisará cuidar de seu equipamento para não se machucar, por exemplo machucando os pés ao andar com calçados ruins, além de precisar urinar, defecar e tomar banho de quando em quando (essas três ações, se feitas num abrigo com chuveiro, premiam o jogador com granadas de fluídos para espantar EPs, então se aliviar é bem útil no fim das contas). Ah, e cada missão do game possui um ranking, quanto melhor seu desempenho, melhor seu resultado e curtidas recebidas.

Por conta disso, é certo que vai ter gente que não vai gostar de Death Stranding, por ser um game com muita andança, não ser um game de ação ou stealth puro como Metal Gear Solid e por todos os desafios que envolvem ir de um ponto ao outro do mapa.

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Mads Mikkelsen está especialmente aterrorizante no game

Se eu tiver que comparar, então digo que Death Stranding é muito semelhante a Shadow of the Colossus, um game que para uns é uma aventura de matar criaturas gigantes, para outros é um mundo vazio para ser cavalgado. Esse é um game em que se o jogador entrar para se investir em sua história, atmosfera e desafio, ou seja, se entrar já sabendo que é um game de Hideo Kojima, certamente apreciará muito. Mas se o jogador estiver buscando ação ou algo mais direto, não vai curtir o game.

O surpreendente Social Strand System

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Se desempenho no game gera reputação e níveis que melhoram seus atributos e fama

A característica principal de Death Stranding, e a própria razão para a própria existência do game é o Social Strand System. E como praticamente tudo relacionado ao marketing do game, isso também foi algo que ficou muito confuso. “É um novo gênero“, “não é um novo gênero“, problemas de tradução do japonês geraram diferentes interpretações. Mas em resumo, Death Stranding não cria nenhum gênero novo, mas o Social Strand System é realmente muito legal.

Quando Kojima tentava explicar o game há alguns anos, ele vivia mencionando o objetivo de conectar as pessoas através do game, mas não através de um multiplayer tradicional. A ideia era um sistema que os jogadores poderiam criar conexões entre si em um game single player. E a ideia deu certo!

Como já dito, o objetivo do game é reconectar a América. Para fazer isso o jogador deve acessar os terminais de entrega de abrigos e cidades espalhadas pelo mapa. Fazendo isso, a rede quiral se expande, e a cada território expandido, a presença de outros jogadores é revelada ao jogador.

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Em minhas andanças, encontrei um jogador que abandonou toda a sua carga

Assim, você encontrará vários vestígios da passagem de outros jogadores pelas áreas que você visitar. Verá diferentes construções, como Caixas Postais, pontes, torres de vigia, geradores de energia e etc. Verá mensagens de outros jogadores através de placas, que indicam perigos, ou alguma mensagem encorajadora. E verá vestígios diretos da presença de outros jogadores, como suas pegadas no chão e pequenos monumentos no chão, que indicam que algum jogador descansou naquele ponto.

E tudo o que você construir aparecerá no mundo de outros jogadores também! Assim, os jogadores, mesmo não interagindo diretamente, conseguem se ajudar muito através do Social Strand System, facilitando a travessia de diferentes rotas, deixando mensagens avisando sobre perigos ou caminhos seguros e etc.

Esse sistema ainda permite que os jogadores ajudem uns aos outros com entregas, se você deixar cargas e itens para trás e se afastar muito delas, elas serão enviadas para o mundo de outro jogador, exatamente no mesmo local onde foram abandonadas. Outros jogadores podem então recolher esses itens e devolver para você ou concluir suas entregas. O mesmo vale para veículos, mas de forma um pouco diferente. Se você deixar um veículo estacionado, seja em sua garagem ou ao ar livre, outros jogadores poderão utilizá-lo para atravessar o mapa. Tudo o que o jogador construir pode e vai ajudar outros jogadores ao redor do mundo.

A forma com que os jogadores podem agradecer pelas construções dos outros é através de “curtidas”. Assim como no Facebook, você pode deixar curtidas para todas as estruturas que encontrar no caminho (e quanto maior seu ranking de entregador, pode até dar centenas de curtidas de uma vez só), essas curtidas são convertidas em experiência que melhoram diferentes atributos de Sam, permitindo-o carregar mais itens, suportar mais peso, ser mais resistente e etc.

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Pontes são estruturas imensamente úteis para todos

E se você quiser ter uma conexão mais forte com algum jogador em particular, como por exemplo algum amigo seu, pode criar uma conexão privada com esse jogador, fazendo com que todas as construções dele sempre apareçam para você. Ah, e para que não fiquem dúvidas, as construções de outros jogadores que você encontrar são aleatórias, você não verá tudo de TODOS os jogadores ao redor do mundo, do contrário, não sobraria 1 centímetro de mapa não-explorado quando você iniciar o game.

Esse sistema pode parecer um enorme facilitador para o game, mas as construções de outros jogadores só aparecem, como já explicado, após você conectar um novo terminal. Assim, você primeiro precisará desbravar as áreas do mapa por conta própria antes de ver tudo o que outros jogadores que passaram antes deixaram ali. Por isso, deixe algumas curtidas para estruturas de outros jogadores que facilitarem sua vida, e construa pensando em ajudar todo mundo.

Audiovisual

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Death Stranding é um game verdadeiramente belíssimo. A Decima Engine, uma versão customizada da engine criada pela Guerilla Games para Killzone: Shadow Fall e posteriormente usada em Horizon: Zero Dawn, conseguiu dar ao game um visual fotorrealista!

O game possui cenários muito belos e realistas, com a predominâncias de montanhas e vegetação baixa, mas com algumas áreas de florestas, desertos e vários rios e cachoeiras. Os cenários do game são muito bem construídos com uma enorme riqueza de detalhes, mesmo ao ver cidades ou montanhas distantes, muitas vezes encobertas em névoa.

As chuvas do game também são muito bem feitas, e as texturas de terrenos, personagens e objetos molhados é excelente. Aliás, a própria chuva é indicativa de perigo. Se estiver chovendo, mas o céu estiver claro, você está seguro, mas se o céu escurecer, as gotas de chuva se tornarem pretas e você ver um arco-íris invertido no céu, se prepare para muito perigo.

O game possui várias cidades enormes que infelizmente não podemos explorar, com exceção de algumas poucas ruas. Da mesma forma, encontramos poucos personagens humanos pessoalmente, somente via hologramas e ocasionalmente algum portador controlado por IA.

Já os personagens do game são incríveis. O game já conta com um time hollywoodiano de peso, então não tinha como suas atuações darem errado. O game conta com nomes como Norman Reedus, Mads Mikkelsen, Léa Seydoux, Troy Baker, Margaret Qualley e até dos diretores Guillermo Del Toro e Nicolas Winding Refn (Ambos recriados digitalmente mas interpretados por outros atores). Além de muitas outras celebridades em papéis importantes e até alguns cameos interessantes, como as aparições do jornalista Geoff Keighley e do apresentador Conan O’Brien.

Além do caso especial da atriz Lindsay Wagner, a lendária Mulher Biônica da série dos anos 70. A atriz interpreta Bridget, a presidente da UCA e Amelie, uma personagem de suma importância para a narrativa. Bridget possui o visual atual da atriz (que já possui 70 anos de idade), enquanto Amelie recria o visual da juventude da atriz de forma simplesmente perfeita! Dá só uma olhada:

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Bridget, a presidente da UCA
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E Amelie, sua filha. A mesma atriz interpretando seu presente e sua juventude

Ah, e não posso deixar de falar do BB, o pequeno bebê que Sam leva consigo em sua aventura! Esse é um dos personagens mais legais de todo o game, sem dizer uma única palavra! O BB é uma pequenina criança muito inteligente, que reage de forma muito engraçada as situações a seu redor, fazendo caretas, mostrando o seu bumbum e até mesmo causando alguns pesadelos em Sam.

Sempre mantenha o BB seguro e alegre, pois além dele ser necessário para enxergar as EPs, ele reage a tudo o que Sam faz, rindo e brincando quando está feliz com você, soltando bolhas em formato de coração e fazendo “joinha” com suas mãozinhas. O jogador pode ainda cantar para acalmar o BB quando descansa, ou balançar o controle para niná-lo, e ao fazer isso o vemos sorrindo e as vezes até dançando. Ele é um personagem tão simples, mas que cria uma verdadeira conexão com o jogador.

As atuações de todos os personagens são realmente excelentes, e o visual fotorealista do game recria seus rostos e corpos a perfeição, com expressões e cenas que realmente parecem saídas diretamente de um filme. O game conta com localização completa em português brasileiro, em seus menus, legendas e até mesmo na dublagem. O trabalho de localização foi simplesmente perfeito, levando em conta várias dificuldades como termos em inglês que não possuem tradução direta para nosso idioma, com “Death Stranding”.

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Com poucos minutos de jogo você também vai amar o BB

A dublagem brasileira do game inicialmente parece um pouco estranha, principalmente se você já for familiarizado com as vozes originais dos atores do game, mas no geral o trabalho de dublagem foi realmente excelente, não se prendendo e dublando exatamente o que os personagens falam, com palavrões e tudo.

E por fim, há a magnífica trilha sonora do game, que conta com muitas músicas de bandas como Low Roar, Silent Poets e várias outras bandas, cujas músicas foram licenciadas para o game, incluindo algumas músicas originais, como Timefall, da banda eletrônica CHVRCHES, criada especialmente para o game.

Conclusão

Análise Arkade: Death Stranding é diferente do comum, mas é excelente

Death Stranding, a primeira obra da nova Kojima Productions é um game que certamente será lembrado por um longo tempo. É um game com ideias muito criativas e que inova alguns conceitos já existentes, como o sistema de mensagens de Dark Souls. Porém, é um game que terá uma recepção mista.

Esse é inegavelmente um trabalho de Hideo Kojima, o pai de Metal Gear, mas que se distancia por completo da série que o fez famoso. Por conta disso, o game não oferece ação constante, a maior parte do game consiste em andar para cima e para baixo. Conforme o jogador avança, as coisas ficam um pouco mais fáceis com o uso de veículos e até construção de estradas, mas continua sendo um game de entregas e exploração.

Isso não quer dizer que não há ação. Há, e quando ela ocorre é explosiva e bem intensa, mas em menor quantidade. A verdadeira ação do game é encontrada nas dificuldades da estrada, com a constante Chuva Temporal, encontros ocasionais com MULAs e Terroristas e com a constante e perigosa ameaça das EPs.

Análise Arkade: Death Stranding é diferente do comum, mas é excelente

Sendo assim, e repetindo minha comparação com Shadow of the Colossus, o game não agradará a todos. Há muitas missões principais e paralelas para se fazer no game, além de ter vários colecionáveis. Junto de trechos de combate bem intensos, principalmente ao visitar o Hades, um mundo paralelo que revive conflitos de guerras antigas. Mas o cerne do game é sem dúvida o Social Strand System, as conexões que os jogadores criarão entre si enquanto jogam, constroem e interagem uns com os outros.

Por isso, se você está em dúvida se investe ou não o seu dinheiro em Death Stranding, espero que esse review tenha te ajudado a entender de fato o que é o game. Ele é uma aventura bem diferente do convencional, mas com imensas qualidades. Já se você é fã de carteirinha de Hideo Kojima, embarque sem medo que não tem erro. O game pode não ter muita ação ou stealth, mas é sem dúvida um “A Hideo Kojima Game“.

Death Stranding será lançado na semana que vem, no dia 8 de novembro para Playstation 4. E chega em 2020 para os PCs. Ah! E se por um acaso você se deparar com alguma construção minha quando jogar (qualquer coisa construída por Renan_Solid), deixe umas curtidas lá!

7 Respostas para “Análise Arkade: Death Stranding é diferente do comum, mas é excelente”

  • 1 de novembro de 2019 às 10:56 -

    joan

  • Parabens pela análise

    • 2 de novembro de 2019 às 23:47 -

      Renan do Prado

    • Obrigado!

  • 1 de novembro de 2019 às 13:17 -

    R. Mazzali

  • Obrigado Renan por esse ótimo review e sincero!
    Espero que esse jogo faça muito sucesso, até mesmo para aqueles que estão achando que vai encontrar um MGS, mas acabará com uma espécie de Shadow of the Colossus by Kojima, que pra mim já é um super elogio ao game.

    • 2 de novembro de 2019 às 23:48 -

      Renan do Prado

    • Muito obrigado! Esse realmente não é um jogo pra todo mundo, muita gente não vai curtir e não os julgo por isso, mas também torço pro game ter um bom resultado!

  • 9 de novembro de 2019 às 16:57 -

    Gabriel Goedert

  • Ótimo Review Renan. Eu não tinha nenhuma vontade de comprar o Death Stranding há algum tempo atrás, porém, nos últimos dias eu já vinha cogitando ver mais sobre o game. E com essa sua destrinchada no jogo, eu fiquei realmente com vontade de jogar.

    Ainda vou esperar a versão de PC, mas tá valendo! hahahh

  • 10 de novembro de 2019 às 03:52 -

    Ronnie

  • Excelente review!
    Ficou a sensação de que será inevitável a aquisição do jogo quando sair para PC :)

  • 10 de novembro de 2019 às 17:23 -

    Conan

  • 10 horas de jogo e não vi o encantamento que todos falam…vcs também vão passar pano.

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