Análise Arkade: Devil May Cry 5 Special Edition na nova geração tem Vergil e ray tracing

17 de dezembro de 2020
Análise Arkade: Devil May Cry 5 Special Edition na nova geração tem Vergil e ray tracing

Um dos melhores jogos de 2019 retorna em 2020, maior e melhor do que nunca: estou falando de Devil May Cry V, que retornou em uma edição especial trazendo Vergil jogável e ray tracing para a nova geração de consoles!

A história ainda é a mesma

Não houve nenhum adendo narrativo neste relançamento: a campanha principal de Devil May Cry V ainda é a mesma, e mostra a trinca de heróis Nero, Dante e V tendo que lidar com uma árvore demoníaca chamada Qliphoth, que usa sangue humano para gerar frutos de imenso poder. É nosso trabalho derrubar essa árvore, e impedir que um demônio particularmente poderoso coloque as mãos nesses frutos.

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Cheia de ação, cutscenes cinematográficas e momentos puramente galhofa, a campanha principal de Devil May Cry V é ótima para apresentar os 3 personagens principais, cada um com um estilo de gameplay muito próprio: Nero tem sua ótima mecânica de trocar de braços, Dante dá um show com suas armas e posturas diferenciadas, e V summona suas crias infernais para lutar em seu lugar.

Revisitar a campanha principal de Devil May Cry V é um prazer, simplesmente porque ela já era boa no jogo original. E, vale ressaltar que esta nova versão do jogo é completa, e traz conteúdos que, em 2019, eram mimos exclusivos de pré-venda, como o Mega Buster do Mega Man, por exemplo, que é um dos braços equipáveis do Nero, ou a possibilidade de assistirmos as cutscenes em suas versões “originais”, com maquetes e atores japoneses (é impagável).

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Mega Man é você?

Aprimoramentos e novidades

Ray tracing é uma das palavras mais utilizadas no mundo dos games recentemente. Tecnologias de iluminação global e reflexos realistas em poças e vitrines aumentam a qualidade visual de um jogo, e também servem para demonstrar o poderio de hardwares mais parrudos — como o que temos no Playstation 5 e no Xbox Series X.

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Isso tudo é muito bom, mas você precisa decidir o que quer priorizar: o jogo não vai rodar em 4K com ray tracing a 60fps, mas ele te deixa escolher como quer jogar, seja para priorizar o desempenho (taxa de frames) ou o visual (resolução). Já é algo meio comum termos esse tipo de escolha, mas, em um jogo frenético como esse, manter os 60fps sempre me parece a escolha mais sensata. É possível jogar em 4K/60fps sem ray tracing, e como o ray tracing em si é meio que “bijuteria”, foi assim que eu rodei o jogo na maior parte do tempo.

Quem tiver TVs e monitores compatíveis vai poder inclusive rodar o jogo com o dobro disso: é possível curtir o jogo em 120fps (sem ray tracing). Não pude testar isso na minha TV, mas imagino como as coisas ficam frenéticas nesta taxa de quadros.

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E por falar em frenético, quem quiser uma jogatina ainda mais acelerada pode experimentar o Turbo Mode, que aumenta em 1.2x a velocidade de TUDO no jogo. Seus dedos vão sangrar para dar conta dos combos neste modo de jogo, mas não deixa de ser um bom adendo.

Ah, e vale lembrar que há um novo nível de dificuldade, a Legendary Dark Knight, que coloca muitos inimigos extras na tela, e oferece um nível de desafio muito mais alto — e aumenta a possibilidade de combos, o que facilita (ou não) alcançar o ranking SSS.

A cereja do bolo: Vergil

A novidade mais relevante em termos de gameplay é a presença — jogável — de Vergil, o irmão gêmeo malvado do Dante. Munido de sua sempre estilosa Yamato e suas “mirage blades”, o personagem chega com mecânicas muito próprias de gameplay, que acrescenta toda uma nova camada de complexidade à boa e velha arte de fatiar demônios.

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Vergil chega equipado com 3 armas principais: sua katana Yamato, o combo de manoplas/botas Beowulf e sua “mirage blade”, que é basicamente uma versão espectral da espada Rebellion, do Dante, e conta inclusive com alguns combos similares.

Confira um breve combate de Vergil no vídeo abaixo:

Sua personalidade, mais fria e metódica, acrescenta uma barra extra de “concentração” para o personagem: quanto mais você combina golpes e combos sem apanhar, mais fortes ficam seus golpes. Tomar dano zera o medidor de concentração, então, se você quiser aproveitar este recurso, vai se ter que jogar de forma muito mais estratégica e “pensada” com Vergil, o que é uma virada de mesa bem interessante para o estilo do jogo.

Entre suas habilidades especiais, Vergil pode conjurar seu clone das sombras para repetir seus movimentos — dobrando a quantidade de hits/dano — e, em casos de extrema necessidade, podemos inclusive sacrificar-se com a Yamato, para que V e suas criaturas infernais tomem a frente no combate por alguns segundos, enquanto Vergil recupera um pouco de vida.

A principal mancada é que não foi criada uma narrativa para Vergil. Isso não é novidade na série, mas não deixa de ser decepcionante. Há uma cutscene inicial (que já existe na campanha principal), depois só vamos atravessando as fases, sem nenhum contexto, nem cutscene, nem diálogo, nada. Vergil sequer é capaz de chamar a Nico; a van dela já está parada no lugar quando chegamos lá.

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Entendo que o jogo não foi planejado para ter uma história para o Vergil, mas é fato que o personagem merecia mais contexto, mais recheio. Se não estou enganado, o único jogo que acrescentou uma história para justificar a presença de Vergil foi o polêmico reboot DMC, no qual o personagem ganhou sua própria mini-campanha via DLC.

Conclusão

Devil May Cry V Special Edition não reinventa a roda: o jogo original já era excelente, e ele continua excelente, agora com um pouquinho mais de conteúdo… e trazendo recursos como o ray tracing, que não era suportado nos consoles da geração passada.

Análise Arkade: Devil May Cry 5 Special Edition na nova geração tem Vergil e ray tracing
Esse cenário é um dos que melhor usa o ray tracing

Este relançamento é altamente recomendável para quem “pulou” a geração passada, e caiu direto na nova. Vergil é um ótimo personagem, o ray tracing é bem-vindo, mas a experiência de jogar não é drasticamente alterada — de fato, o DualSense é bem pouco aproveitado, ficando restrito ao “acelerar” da espada do Nero.

De qualquer modo, o jogo em si segue sendo muito bom. Se você quer fatiar demônios na nova geração, esta Devil May Cry V Special Edition sem dúvida vai te trazer boas horas de diversão.

Devil May Cry V Special Edition está disponível para Playstation 5 e Xbox Series S|X. Em breve, um update (pago) com Vergil deve chegar para a geração passada.

Uma resposta para “Análise Arkade: Devil May Cry 5 Special Edition na nova geração tem Vergil e ray tracing”

  • 18 de dezembro de 2020 às 16:16 -

    Helinux

  • show de bola!!!! valeu!!!!

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