Análise Arkade: Immortals Fenyx Rising e seus DLCs do Passe de Temporada

6 de maio de 2021
Análise Arkade: Immortals Fenyx Rising e seus DLCs do Passe de Temporada

Lançado no final do ano passado, Immortals Fenyx Rising chamou atenção por trazer uma ventura leve e descontraída. A ambientação na mitologia grega foi um dos seus maiores acertos, mesclando a jogabilidade de Assassins’s Creed Odyssey com a de Zelda Breath of the Wild. Para 2021, a Ubisoft anunciou que três DLCs seriam disponibilizados. Agora que já tivemos acesso a todos eles e vamos falar um pouco sobre cada um nessa análise!

Com o lançamento sendo dividido em três partes, tivemos o DLC “A New God” no final de janeiro, “Myths of the Eastern Realm” no final de março e, por fim, “The Lost Gods“, lançado em 22 de abril. Os três conteúdos podem ser adquiridos avulsos, mas também fazem parte do Passe de Temporada do game.

Cada um trata de um tema único, e todos são bem diferentes entre si: o primeiro é voltado para a ascensão de Fenyx como divindade; o segundo nos apresenta a um novo reino, ambientado na mitologia chinesa e, por último, o último conteúdo é voltado para deuses não mostrados no jogo base, com nova jogabilidade e mecânicas.

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Uma nova divindade

O primeiro dos três DLCs de Immortals Fenyx Rising é chamado “A New God”. Este funciona como uma espécie de epílogo da história principal do jogo, então fique avisado que teremos alguns spoilers neste texto.

Aviso dado, vamos lá: A New God nos mostra Fenyx após libertar todos os deuses aprisionados e derrotar Tifão. Com isso, Atena convence Zeus de fazer a provação dos deuses com o/a protagonista, para que ela ascenda ao panteão como uma nova deusa.

A história encaixa bem com a conclusão do jogo principal, mas seu ritmo é bem menos épico do que na aventura principal de Fenyx. Em termos de jogabilidade, é um DLC focado quase que exclusivamente em resolução de puzzles. Se você gostou do ritmo de jogo dos Portões do Tártaro do jogo principal, vai curtir bastante Immortals Fenyx Rising: A New God.

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O mapa do Olimpo é pequeno, mas serve bem a seu propósito

Isso porque no DLC temos o mapa do Olimpo para explorar, que não é muito grande, mas serve para o seu objetivo. A ideia é explorar o Olimpo para encontrar as provações de cada um dos deuses que libertamos no jogo base. Cada um possui alguns desafios temáticos, focados em seus significados, como Atena com seus puzzles de inteligência e estratégia ou Ares com o foco no combate.

Os puzzles são bem mais difíceis do que a média de dificuldade que encontramos em Immortals Fenyx Rising. O que pode ser um atrativo e tanto para os mais ávidos por desafios. E para completar a experiência, temos também algumas relíquias olimpianas para coletar por todo o Olimpo, bem como dentro das provações de cada divindade.

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Alguns puzzles vão fazer você queimar bastante os neurônios

Mitos do Reino Oriental

O segundo DLC de Immortals Fenyx Rising funciona mais como um spin-off do que como uma expansão da história principal. Isso porque não temos nenhuma ligação direta à história de Fenyx ou dos deuses do Olimpo aqui. Myths of the Eastern Realm nos apresenta um novo mapa para explorar, um novo protagonista e uma nova história. Todos focados na mitologia chinesa.

A primeira vista surpreende bastante ter um spin-off completo como um DLC de Immortals Fenyx Rising. Entretanto, aos poucos você vai notando semelhanças — até demais — entre o DLC e o jogo base. Não me entenda mal, o mapa é inteiramente novo e até bem grande para um DLC. Além disso, toda a ambientação diferenciada agrada bastante também, mas não impede de que, ocasionalmente, role aquela impressão de que estamos jogando o mesmo game com outra “skin”.

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Isso se dá pela história, que mostra o protagonista acordando perto de amigos petrificados, com uma ameaça no alto de uma montanha que diminui o poder dos deuses. Além disso, as habilidades de Ku (pois é, esse é nome do protagonista) são exatamente as mesmas de Fenyx, mudando apenas os nomes.

Os inimigos também são reciclagens dos soldados, górgonas, harpias, ciclopes, javalis e minotauros, que chegam com uma cara nova, para parecerem criaturas da mitologia chinesa, mas seus comportamentos e ataques são essencialmente os mesmos.

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Novos monstros, velhos padrões de comportamento

Como se trata de um DLC e não um spin-off completo, esses elementos são até aceitáveis. Principalmente por termos um mapa novo, novos puzzles e um enredo com novos personagens para curtir algumas horas extras dentro de Immortals Fenyx Rising.

Entretanto, como se trata de um conteúdo tão tematicamente diferente da história principal , era de se esperar que houvesse mais trabalho criativo em sua concepção. No fim, fica um gostinho de comida requentada, ainda que o nível de qualidade seja o mesmo do jogo base.

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O mapa do segundo DLC é bem maior e mais interessante que o mapa do Olimpo

Os Deuses Perdidos

Por fim temos o terceiro DLC de Immortals Fenyx Rising, chamado de “The Lost Gods“. Esse sim consegue unir os acertos de A New God com a inovação que Myths of the Eastern Realm não conseguiu alcançar. The Lost Gods é uma espécie de continuação do primeiro DLC, mas que não traz mais Fenyx como protagonista. Na verdade, nós controlamos Ash, uma humana que precisa cumprir algumas tarefas para Fenyx, que [SPOILER] agora já responde como a Deusa da União.

Na história, Fenyx pretende usar seus poderes para reatar os laços de Zeus com os deuses perdidos. Estes deuses, que incluem figurões como Hades e Poseidon, acabaram brigando com Zeus antes dos acontecimentos do jogo base e se isolaram na Terra, em uma ilha levantada dos mares pelo próprio Poseidon. como Zeus não pode saber do plano de Fenyx, cabe à novata Ash completar missões e encontrar todos os deuses perdidos.

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Os combates são bem diferentes do que estamos acostumados no jogo base

O interessante desse DLC em comparação aos demais é que, para simbolizar que Ash é uma mortal e está em terras mortais, ele acontece todo em perspectiva isométrica. A mudança de perspectiva muda bastante a jogabilidade, trazendo frescor à exploração e aos combates. Além disso, algumas capacidades de Fenyx — como o pulo duplo — não estão presentes desde o início da jogatina. Ash é muito mais frágil e limitada que Fenyx, o que torna tudo mais desafiador.

O mapa de The Lost Gods aparenta ser o maior dentre todos os DLCs. Com microrregiões cheias de conteúdo coletável, precisamos encontrar o tempo todo altares para adoração dos deuses. Estes altares (outra mecânica exclusiva desse DLC) são responsáveis pelas nossas melhorias e salvamentos. Mas para isso precisamos coletar os mais variados materiais no mundo para usá-los de oferenda para os deuses.

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The Lost Gods consegue ser bem bonito, mesmo em perspectiva isométrica

Afinal, o passe de temporada vale a pena?

Quando colocamos os três conteúdos extras juntos para avaliar a qualidade desses DLCs, é difícil ter uma conclusão que abarque a todos. Isso porque os três DLCs possuem características bem diferentes, bem como focos bem diferenciados. É inegável que os DLCs focados em Fenyx e Ash possuem bem mais carisma do que o focado na mitologia chinesa, por mais que ele pareça o mais “diferentão” dos três.

Se formos considerar o pacote completo, o terceiro DLC é sem dúvidas o mais interessante. Tanto pelo seu conteúdo ser bem inovador em jogabilidade, por possuir mecânicas novas que dão novos ares à aventura e, ao mesmo tempo, conseguir ser uma continuação bem legal da história principal e do primeiro DLC.

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Nessa mesma lógica, a sensação de “clone” que o conteúdo chinês Myths of Eastern Realm causa no jogador não é lá muito agradável. A pouca identificação com os personagens da história e o isolamento dessa expansão em relação a todo o conteúdo restante do jogo deixa este DLC no último lugar, caso estivéssemos organizando um ranking.

Mas quando avaliamos o conteúdo todo do Passe de Temporada, temos alguns bons motivos para experimentá-lo. Se você gostou do conteúdo básico de Immortals Fenyx Rising, terá aqui mais de uma dezena de horas extras de jogatina. Cada DLC tem seu próprio conjunto de troféus novos, além de seu próprio mapa. Toda essa quantidade de conteúdo é muito bem-vinda, principalmente se considerarmos que um é focado em puzzles, outro repete a experiência “completa” do jogo base e o terceiro traz algo inteiramente novo.

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Uma boa expansão da jogatina

Considerando os três DLCs juntos de Immortals Fenyx Rising, temos aí bons sinais de que a nova IP da Ubisoft tem bastante potencial para o futuro. Com histórias que complementam o enredo principal e um vislumbre de outra mitologia a ser explorada (mesmo sem tanto carisma), as possibilidades são muitas. No que tange o conteúdo desses DLCs, temos boas horas extras de jogatina com variações que podem agradar a públicos diferenciados.

Por isso, como temos a possibilidade de adquirir cada DLC separadamente, vale a pena você pesquisar se irá realmente se engajar nos três conteúdos diferentes. Caso contrário, é mais indicado que você busque realmente somente aquele que te cativou mais. Mas se a curiosidade atinou para todos os DLCs, vale sim a pena o passe de temporada, principalmente pela variedade dos conteúdos disponíveis.

Se optar pelo pacote completo, talvez valha a pena esperar por uma promoçãozinha marota para valer o investimento.

Immortals Fenyx Rising foi lançado no dia 03 de dezembro de 2020 para Nintendo SwitchPlayStation 4PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|SGoogle Stadia e PC. Seus DLCs foram lançados respectivamente em janeiro, março e abril de 2021. Todo o conteúdo está 100% localizado para o nosso idioma.

Aproveite e relembre nossa análise completa de Immortals Fenyx Rising.

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