Análise Arkade: chame seus amigos para a guerra entre robôs gigantes de LiveLock

3 de setembro de 2016

Análise Arkade: chame seus amigos para a guerra entre robôs gigantes de LiveLock

Hora de salvar o mundo (mais uma vez): LiveLock é um twin stick shooter frenético onde robôs gigantes trocam tiros e porradas em um mundo devastado. Confira nosso review!

Mentes humanas em robôs gigantes

LiveLock se passa em um mundo pós-apocalíptico chamado Eden. Nada de zumbis ou pragas biológicas, o que rolou foi uma guerra entre humanos e máquinas, no melhor estilo O Exterminador do Futuro. Claro que a humanidade levou a pior, mas houve tempo de formar uma coalizão — a Capital — e transmitir mentes humanas para algumas máquinas de guerra, que são denominadas Intellects.

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O objetivo desses robôs com mentes humanas é apenas um: chutar os traseiros dos robôs malvados, abrindo caminho para que haja uma segunda chance da sociedade humana prosperar. Claro que isso não é tão simples: hordas de máquinas inimigas te aguardam em todos os cantos, e eles não estão dispostos a abrir mão de seus territórios sem luta.

Assim, você irá se aventurar — sozinho ou com mais 2 amigos online — por cidades destruídas, túneis de metrô decadentes, metrópoles abandonadas e bases inimigas, ficando perdido em meio às centenas de tiros, lasers e robôs que entopem a tela. A guerra é frenética e muitas vezes injusta no mundo de LiveLock.

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Pensado para jogar de galera

LiveLock possui uma campanha — com uma historia bobinha, mas que mantém a ação rolando — com mais de 15 missões. É possível encará-la jogando sozinho (aqui tem um pouquinho de gameplay single player), mas isso vai deixar sua vida bem mais complicada,simplesmente porque o jogo claramente foi pensado para jogar em trio, e sozinho você talvez nem dê conta de tantos inimigos.

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Hex é o Soldier

Isto fica claro pelos 3 robôs selecionáveis, que correspondem à classes distintas: Hex é o típico Soldier, Catalyst assume a função de Médica/Suporte, enquanto o grandalhão Vanguard é um Tank. Cada um possui seus próprios equipamentos e habilidades, que se complementam para fortalecer este “espírito de equipe” que o jogo tem.

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Vanguard é o Tank

Assim, enquanto o Hex pode espalhar minas pelo cenário, a Catalyst é capaz de curar os aliados à distância, e o Vanguard aguenta o tranco das investidas inimigas (e até começa sem armas de fogo, distribuindo porradas) para defender o time. E, como em qualquer jogo do gênero, jogar LiveLock de galera deixa o jogo muito mais divertido!

Batalhas frenéticas e customização

Como em todo twin stick shooter que se preza, o que temos aqui é um jogo de batalhas frenéticas, com dezenas de robôs inimigos pipocando pela tela o tempo todo. Ocasionalmente, rolam missões onde você deve assegurar áreas ou escoltar cargas, protegendo tais pontos de interesse contra ondas e mais ondas de inimigos.

Entre um tiroteio e outro, você também pode buscar segredos pelos cenários, que geralmente se convertem em pontos que podem ser trocados por upgrades. Cada vez que você sobe de nível, desbloqueia uma nova arma ou habilidade, e todas elas são passíveis de melhorias.

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Ao contrário de Alienation — jogo mais ou menos recente com a mesma pegada — LiveLock vai mais direto ao ponto: enquanto no jogo da Housemarque você pode adicionar perks às armas, e tudo mais, aqui basicamente vai melhorando todos os atributos da arma simultaneamente. É mais simples, mais “plug and play”.

Outro detalhe bacana é que você também pode customizar (de leve) a aparência do seu robô: é possível encontrar diferentes “cabeças” para ele, bem como diferentes pinturas e até capas (no estilo Helldivers). Eles não ficam realmente super diferentes, mas ajuda, para o caso de você acabar em um time com robôs iguais.

Tipo eu neste gameplay abaixo,que acabei caindo em uma partida onde todos estavam jogando de Hex:

Online meio capenga

Embora tenha sido pensado para partidas online, o matchmaking de LiveLock deixa um pouco a desejar. Entendo que a comunidade de jogadores ainda deve ser pequena, mas simplesmente faltam opções para você conseguir entrar em uma partida que seja realmente satisfatória.

Explico: ao buscar uma partida rápida, você não pode escolher nem mesmo a fase que vai jogar, e o jogo não se esforça para te colocar no mesmo ponto que você está na campanha. Assim, se quiser realmente jogar online com desconhecidos, prepare-se para acabar não progredindo na campanha, ou até mesmo jogar as mesmas fases várias vezes.

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O jogo também não se esforça para formar times mistos: conforme você viu ali em cima, é normal a gente cair em partidas onde todos os jogadores estão com o mesmo personagem. Ok, eu poderia ter mudado de robô, mas considerando que eu só estava upando meu Hex, acabaria ficando muito fraco se jogasse com outro personagem “zerado”.

Quando ele realmente te encaixa em um time misto, o jogo fica bem legal, e você percebe que a sinergia entre os robôs deixa tudo mais interessante. O problema é que vai demorar um bocado para você entrar em uma partida “redondinha”. E, mesmo jogando online em modo público, ninguém entrou nas minha partidas durante meus testes.

Audiovisual

LiveLock está longe de ser um jogo impressionante visualmente, mas também não é um jogo feio. Neste ponto, Alienation dá um banho, pois é muito mais colorido, e conta com muitos efeitos mais bacanas. O que temos aqui é um jogo de visual um tanto genérico, que não se preocupa muito em impactar, nem em aproveitar a vibe sci fi.

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O design dos robôs é interessante, mas como você nunca vai vê-los muito de perto, isso acaba não interferindo muito. Os inimigos se repetem um pouco mais do que deveriam, ainda que existam várias “espécies” diferentes. As músicas são bem tímidas, mas as dublagens são bem trovejantes, com vozes graves e robóticas no melhor estilo Transformers.

Falando em Transformers, os troféus do jogo merecem destaque, pois prestam homenagem a diversos robôs famosos da cultura pop: de Star Wars até O Guia do Mochileiro das Galáxias, passando até pelo lendário Johnny 5 do clássico Um Robô em Curto Circuito, diversos troféus são referências muito bem sacadas!

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Referências para Capitão América nenhum botar defeito! :)

Um fato curioso (e bizarro): o jogo não possui localização em português, mas eu precisei mudar até o idioma do console para inglês para poder jogá-lo. Sem fazer isso, todos os menus, legendas e textos do jogo eram substituídos pela frase “not translated”… tipo assim, ó:

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E a Catalyst é um misto de Medic com Suporte.

Pode não parecer, mas isso torna o jogo “injogável”, pois você sequer consegue navegar pelos menus. Nunca vi isso acontecer (até porque os caracteres são os mesmos para português e inglês), mas é sem dúvida um falha bem curiosa. Se rolar com você, já sabe: mude o idioma do console.

Conclusão

LiveLock é um jogo competente, ainda que não se esforce muito para se destacar em meio a tantos outros twin stick shoters isométricos que já existem no mercado. Ele é tão divertido e frenético quanto qualquer um deles, mas pode acabar passando meio batido simplesmente por chegar de mansinho e parecer um tanto genérico em uma primeira olhada.

Porém, se você é fã do gênero e tem mais 2 amigos igualmente fãs para jogar com você, vai fundo: LiveLock sem dúvida vai entregar partidas frenéticas e divertidas para todos. Mas, se você já tem Alienation, sugiro que continue só com ele, pois de modo geral ele oferece uma experiência mais robusta.

LiveLock foi lançado em 30 de agosto, com versões para PC, Playstation 4 e Xbox One.

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