Análise Arkade: Resident Evil Revelations faz bonito no PS4 e no Xbox One

31 de agosto de 2017

Análise Arkade: Resident Evil Revelations faz bonito no PS4 e no Xbox One

Mais de 5 anos após seu lançamento original para o Nintendo 3DS, a Capcom nos dá mais uma chance de embarcar no sinistro navio Queen Zenobia para enfrentar mais um ameaça biológica. Resident Evil Revelations está de volta — agora no PS4 e no XOne — e esta é uma viagem que merece ser feita mais uma vez!

Contextualizando

No começo de 2017, tivemos Resident Evil 7 e ele foi incrível, sem dúvida um dos melhores jogos da série nos últimos anos. Mas em 2012 — época do lançamento original de Resident Evil Revelations para o Nintendo 3DS, a situação era bem diferente: a série perdera de vez sua identidade com o indeciso Resident Evil 6, e spin offs de gosto duvidoso como Resident Evil: Operation Raccoon City só fortaleciam a imagem negativa da franquia.

Em uma tentativa de recolocar a série nos eixos, a Capcom trouxe Resident Evil Revelations, que deixava de ser um jogo tão focado na ação para trazer de volta um pouco do survival horror claustrofóbico dos primórdios da saga. O jogo foi tão bem recebido que foi relançado em HD para PC, Playstation 3 e Xbox One em 2013, ganhou uma ótima sequência em formato episódico em 2015 e agora retorna (de novo) aos consoles da atual geração.

Análise Arkade: Resident Evil Revelations faz bonito no PS4 e no Xbox One

Já temos análises tanto da versão Nintendo 3DS quanto da versão Playstation 3 do jogo aqui no site, então se quiser saber mais sobre o game, vale a pena dar uma lida nos textos anteriores, ok?

Uma nova ameaça

Resident Evil Revelations traz de volta os queridinhos Jill Valentine e Chris Redfield — cada um com um novo parceiro — para investigar uma tragédia bioterrorista que devastou a utópica cidade de Terragrigia. As pistas os levam até o navio de pesquisas Queen Zenobia, que foi tomado pelo grupo bioterrorista II Vetro, e sua tripulação serviu de cobaia para o teste de um novo e letal vírus: o T-Abyss, resultado da combinação de glândulas venenosas de uma espécie de peixe abissal com o T-Virus.

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A trama se passa entre os episódios 4 e 5 da série e é bem menos mirabolante que a série principal: mais contido, o game se passa quase todo a bordo do navio, o que traz de volta aquela vibe meio opressiva da boa e velha Spencer Mansion, com corredores escuros, úmidos e claustrofóbicos cheios de portas, escotilhas e buracos por onde uma ameaça pode aparecer do nada.

Uma experiência refinada

Por ser o relançamento de um relançamento (?!) não espere novidades muito significativas: a nova versão do game é essencialmente a mesma que jogamos na geração passada, agora rodando em resolução 1920 x 1080 com muito mais suavidade. A taxa de animação (tanto dos heróis quanto dos monstros) foi bastante otimizada, e os cenários estão mais detalhados. Na prática, o que temos aqui pode muito bem ser chamado de “versão definitiva” do game.

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Todas as novidades que foram trazidas para a primeira remasterização estão de volta — incluindo o sinistro Wall Blister, implacável inimigo que “brota da parede” e não estava presente na versão 3DS do jogo. O Genesis Scanner — que é meio que o “Detective Mode do Batman in a nutshell” também retorna, e continua sendo deveras útil na hora de encontrarmos itens e pontos de interesse pelos cenários.

O já tradicional modo Raide também volta com tudo, trazendo “de brinde” novas armas para os personagens e até um “velho novo mapa” — The Ghost Ship: Chaos —  reinterpretado, com armas e upgrades mais poderosos e inimigos reposicionados. O modo Raide prolonga bastante a vida útil do jogo, e jogá-lo cooperativamente com um amigo continua sendo uma das melhores coisas do game.

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Completa o quadro de novidades uma ampla variedade de configurações de controles: temos quatro padrões distintos, e cada um é baseado em um episódio clássico da série. Ou seja, a galera que quer ter o feeling dos jogos clássicos poderá curtir uma experiência mais old school, enquanto os fãs de shooters de ação modernos podem desfrutar de uma jogabilidade compatível com suas preferências.

Conclusão

Resident Evil Revelations ainda é um jogaço, mas é fato que rejogá-lo em um console atual não se faz tão necessário se você teve a chance de curtir o game na geração passada. Se bem que, considerando que hoje em dia diversos clássicos da franquia estão sendo remasterizados (já tivemos Resident Evil 0 e Resident Evil 1, e também os episódios 4, 5 e 6), os puristas que quiserem ter (quase) tudo em uma só plataforma sem dúvida vão querer ter este aqui também na coleção.

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Considerando a época em que foi lançado, ouso dizer que Revelations foi um divisor de águas para a franquia, um experimento que se mostrou muito acertado, e trouxe de volta o bom e velho terror — ainda que sem zumbis — ao game. Se isso não afetou diretamente a franquia principal, pelo menos deu início a uma sub-franquia que já conta com 2 títulos excelentes, e que merecem ser jogados por quem é fã da série ou de um bom survival horror.

Resident Evil Revelations chegou em 29 de agosto ao PlayStation 4 e Xbox One. O game está 100% legendado em português, e possui versões físicas e digitais.

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