Análise Arkade: Super Mario RPG Remake, um RPG por turnos simpático e acessível

18 de janeiro de 2024
Análise Arkade: Super Mario RPG Remake, um RPG por turnos simpático e acessível

No final do ano passado, a Nintendo trouxe ao Nintendo Switch o remake de um clássico do Super Nintendo: Super Mario RPG, lançado originalmente em 1996. Um pouco atrasados por conta da correria do fim de ano, eis aqui nossa análise do game!

Com visual atualizado e novidades interessantes, esta nova versão do jogo tem tudo para agradar aos fãs das antigas, ao mesmo tempo em que apresenta o game a um nova geração de jogadores — que, talvez, sequer era nascida quando o game foi originalmente lançado.

Antes de mais nada…

Aquele disclaimer de sempre: como alguém que não teve um Super Nintendo na infância, meu acesso a muitos “clássicos da Nintendo” foi um tanto limitado. Este Super Mario RPG, por exemplo, é um título que eu não tive a chance de experimentar na época. Ou seja, esta nova versão foi meu primeiro contato com o game.

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E, para completar, mais um disclaimer: meu “trabalho de verdade” anda consumindo muito do meu tempo e da minha energia nos últimos meses. Por isso, estou com alguns (vários) reviews pendentes. Vão sair… meio atrasados, mas vão. Se você ainda está por aqui, agradeço a compreensão. :)

História familiar, mas diferente

Super Mario RPG Remake começa com a típica situação de Mario enfrentando Bowser para resgatar a Princesa Peach. Entretanto, a reviravolta acontece com a chegada do vilão Smithy (que é uma espada gigante falante) e sua gangue, que invadem o Reino do Cogumelo e destroem a Star Road, por onde passam os desejos das pessoas, em sete fragmentos.

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Assim, o encanador e seus amigos — e até seu clássico arqui-inimigo, Bowser — embarcam em uma jornada em busca das sete Star Pieces, com o objetivo de restaurar a estrada dos desejos e, consequentemente, salvar o mundo.

A história é meio clichê, mas marca uma união bastante inusitada da Square (que ainda não era Enix) com a Nintendo. Sem contar que, foi aqui que o mundo de Super Mario passou a ganhar profundidade, e os personagens, mais personalidade. O lado mais cômico e fanfarrão do Bowser, por exemplo — como o que foi retratado no filme — nasceu aqui. Na prática, Super Mario RPG é, n o mínimo, uma parte importante da lore e do legado do bigodudo.

Jogabilidade

Super Mario RPG Remake apresenta uma mistura de elementos de RPG com a jogabilidade clássica de Super Mario. Apresentado em uma perspectiva isométrica, assumimos o controle de Mario enquanto ele explora um mundo vasto e diversificado.

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Os ambientes misturam elementos clássicos de Super Mario (tipo coletar moedas bater em caixas voadoras) com pequenos puzzles e mini-games. O game não é de mundo aberto, mas cada cenário é relativamente grande, com diversas telas e segredos escondidos.

Combate repaginado

Os combates não são aleatórios: podemos ver os inimigos na tela, e encostar neles começa o confronto. Nessas horas, Super Mario RPG Remake é um RPG tático por turnos simples, mas competente.

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Com um esquema de até 3 personagens na party, cada um possui um ataque básico, mas também pode utilizar magias, itens e power ups. Para agregar um pouco mais de estratégia, o game tem Action Commands, aquele sistema de “apertar o botão na hora certa” que vale tanto no ataque — para causar mais dano (e dano em área) — quanto na defesa, para minimizar o dano recebido pelos inimigos.

Somado a isso, temos uma novidade muito interessante, que é um medidor de acertos consecutivos de Action Commands. Quando essa barra se enche, o jogador pode acessar uma poderosa habilidade tripla, que pode tanto ser um ataque devastador quanto algum buff para o grupo — e chega acompanhada de belas cenas animadas.

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As novidades são “pequenas” na prática, mas tornam os combates muito mais acessíveis e dinâmicos. Não joguei o original para comparar, mas, dada a simplicidade das mecânicas originais, estes adendos sem dúvida chegam para deixar as lutas mais divertidas.

O lado “ruim” disso é que as novas mecânicas escancaram ainda mais quão fácil é o jogo. Eu havia lido por aí que Super Mario RPG Remake era um jogo fácil, e quando você tem ataques em área “ilimitados”, defesa praticamente máxima contra danos e ainda habilidades especiais, a maior parte dos combates fica fácil até demais… e ele ainda tem um “Breezy Mode” que diminui ainda mais o nível de desafio.

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Também senti falta de algumas melhorias de qualidade de vida que se tornaram comuns neste tipo de relançamento. Por exemplo, a possibilidade de acelerar a velocidade dos combates (ou mesmo da exploração). O ritmo dos jogos por turno evoluiu muito com a evolução do gênero, e jogar algo dos anos 90 hoje, com o pacing daquela época, acaba sendo um pouco cansativo.

Audiovisual

Talvez a mais significativa melhoria deste Super Mario RPG Remake sejá justamente o upgrade signifivativo que ele recebeu no departamento audiovisual. No Super Nintendo ele já era um título super charmoso, mas aqui temos uma releitura gráfica bastante fiel, mas que deixa tudo absurdamente mais bonito.

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Os visuais são vibrantes e coloridos, com muitos detalhes e efeitos especiais. Reflexos em pisos, chamas e efeitos. A trilha sonora, que sempre foi muito elogiada no jogo, traz releituras incríveis dos temas clássicos, e é simplesmente maravilhosa. Os nostálgicos podem curtir as músicas originais, e alternar entre a nova e a clássica sempre que quiser.

Na prática, ainda que não seja um “jogo da Nintendo“, ele fica muito próximo do padrão de qualidade da Big N — aquele capricho acima da média que vimos em Super Mario Wonder, por exemplo. Talvez o peso do mascote eleve o patamar (e a verba para produção), mas é fato que o que temos aqui não deve nada aos principais exclusivos first party do Switch.

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Adivinha no que faltou capricho? Pois é, na localização. Os exclusivos da Nintendo seguem inconstantes no que diz respeito à acessibilidade idiomática. O que temos aqui é um RPG, com muitos diálogos, muita história para contar… e sem suporte ao nosso idioma.

Ironicamente, parece que a Nintendo segue localizando os jogos que menos precisam. Tipo, qual a lógica de traduzir um remake de um jogo do Kirby (que nem precisava tanto assim disso), e deixar RPGs colossais como Zelda Tears of the Kingdom sem localização? Acho que jamais saberemos.

Conclusão

Como alguém que não jogou o Super Mario RPG em sua plataforma original, experimentar este Remake foi uma grata surpresa. É um jogo extremamente carismático e divertido, que combina com muita competência elementos de RPG com a jogabilidade clássica da franquia Super Mario.

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É interessante ver “a lore” do mundo do Super Mario ser expandida, ganhar novas camadas. E, esse jogo faz isso subvertendo as expectativas ao tirar o Bowser da posição de vilão e injetar muita personalidade nele.

Talvez o que eu vou dizer agora fizesse mais sentido lá em 1996, mas aí vai: se você nunca se aventurou por um RPG por turnos, Super Mario RPG Remake é uma ótima porta de entrada. Simpático, descomplicado e muito bonito, ele oferece uma jornada agradável e diferenciada por um dos mundos mais famosos dos videogames.

Super Mario RPG Remake está disponível exclusivamente para Nintendo Switch. O jogo possui menus e legendas em inglês.

Uma resposta para “Análise Arkade: Super Mario RPG Remake, um RPG por turnos simpático e acessível”

  • 19 de janeiro de 2024 às 23:01 -

    Helinux

  • Esse é o lado positivo de jogos Mario…todos são atraentes e bem coloridos, ainda mais para quem é fã!!!! Cheguei a jogar a versão SNES, mas não fui longe…lembro!!!! Valeu pela a analise

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