BGS 2022 – Os desafios do mercado brasileiro de games, pelos olhos da Abragames

12 de outubro de 2022
BGS 2022 - Os desafios do mercado brasileiro de games, pelos olhos da Abragames

O mercado nacional de games viveu um momento único com estes dois anos de pandemia. Afinal, seja pela necessidade de um trabalho, renda extra, ou apenas pelas circunstâncias terem sido favoráveis para novas ideias, o mercado nacional viveu dias bem únicos. Para entender um pouco disso, conversamos com a Abragames na BGS 2022.

Falei com Carolina Caravana, que, em nome da Abragames, nos trouxe um panorama, pelo ponto de vista da organização, em relação aos últimos três anos do mundo do desenvolvimento de games. Ela começou falando sobre a visão positiva do retorno de eventos, como a BGS, ou o BIG, onde também falamos com a organização, por entender que o online, embora via de regra em dias de pandemia, e que se tornou algo ainda mais presente na vida das pessoas, necessita de equilíbrio em relação a eventos e atividades presenciais, onde é possível obter resultados diferentes, cada um em seu contexto.

O online, para ela, acabou se tornando algo necessário e útil, especialmente para equipes que trabalham a quilômetros de distância entre si, mas também existia uma certa saudade, do presencial e das oportunidades que eventos dessa natureza proporcionam. “O virtual vai continuar ser uma coisa que continue acontecendo, mas o híbrido será cada vez mais comum, pela necessidade do contato”, explica.

Carolina também nos contou que a pandemia trouxe um novo momento para o desenvolvimento de games brasileiro. “Tiveram várias empresas que nasceram em 2020, se desenvolveram em 2021, e já estão lançando jogo em 2022”, disse. Um novo mundo, rendeu novas regras, o que trouxe, inclusive, novas maneiras de se desenvolver, onde muitos criam jogos na própria casa, adaptando o local para fazer trabalho.

Uma pesquisa recente, apresentada pela Abragames, mostrou que houve um grande crescimento em empresas e estúdios que desenvolvem games no Brasil, seja com estúdios já formalizados, ou ainda estúdios que atuam na informalidade, buscando crescimento. “Foi um interessante momento de introspecção, mas que fez com que mais pessoas olhassem com interesse para o mundo dos games”, disse, afirmando que isso gerou mais investimentos e consequentemente, mais projetos.

Ela nos comentou também que se houve maior interesse do mercado, também houve maior busca por parte do público. Isso também significa que outros segmentos da economia, como bancos, empresas, ramo da saúde e tantos outros, olhassem nos games a possibilidade de investir em games, para os mais variados fins.

Carolina terminou a conversa, dizendo que o mercado brasileiro de games expandiu muito nos últimos dois anos, mas que é importante que o desenvolvedor não fique sozinho. Através da Abragames, ela acredita que a união das pessoas pode fazer com que alguém que esteja começando possa ter menos problemas na jornada, ao contar com a experiência de outras pessoas.

Além disso, ela acredita que o Brasil seguirá, mesmo com todas as dificuldades, avançando neste universo, e trazendo games ainda melhores, além de construir um legado que só os brasileiros podem compreender.

Deixar um comentário (ver regras)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *