O N-Gage, a investida da Nokia no mundo dos games, completou 20 anos de vida

10 de outubro de 2023
O N-Gage, a investida da Nokia no mundo dos games, completou 20 anos de vida

20 anos atrás, em 2003, revistas de videogame estampavam um novo “celular-gamer”, antes mesmo deste termo se tornar mais popular. Era o N-Gage, cujo nome era um trocadilho com o N da Nokia, com o Gage da palavra “engajar”, ou “engage”, em inglês. Em duas décadas já distantes, mas que parece ter sido ontem, jogatina portátil era apenas via console portátil, sendo o Game Boy Advance da Nintendo a referência no assunto.

Por isso, a ideia de um celular (considerando o que era celular naquela época) que rodava jogos com um hardware poderoso, acessava a Internet e permitia realizar telefonemas e enviar SMS realmente chamou atenção. Mas só atenção, já que apesar de poderoso para época, o N-Gage nunca foi um sucesso em vendas, o que justificaria a sua existência por mais do que os três anos que tentou emplacar.

Quando chegou, o “celular-gamer” chegou com status de bater de frente com a Nintendo, que já era dominante no setor. O portátil tinha boas configurações, Internet e bons parceiros, que renderam jogos como Call of Duty, Sonic, Tomb Raider e Splinter Cell em sua biblioteca. Ou seja: ela tinha o que as outras candidatas a desbancar a Nintendo não conseguiram.

Mas o portátil nunca foi um sucesso de vendas. Vendeu apenas três milhões de unidades (o GBA e o PSP venderam, cada um, cerca de 80 milhões de unidades), com muita gente considerando os seus problemas mais do que suas qualidades. O maior problema, que inclusive foi um dos primeiros memes de uma crescente Internet, era o seu design esquisito, que fazia com que ele tivesse de ser virado de lado para falar com as pessoas, além do fato de ter que desmontar o celular, tirando tampa e bateria, para poder trocar o jogo.

A Nokia corrigiu alguns desses problemas com o N-Gage QD revisado em 2004, mas mesmo esse modelo tinha suas desvantagens; perdeu a reprodução de arquivos MP3 e não incluía um rádio FM.

Ao não conseguir superar a Nintendo, a Nokia descontinuou o N-Gage em 2006, redirecionando o foco para seus telefones Series 60, que “evoluíram” para o ‘N-Gage 2.0’, agora uma plataforma de jogos. O que foi seguindo em uma queda livre para a companhia finlandesa. A Nokia, na época do N-Gage, era o maior nome quando o assunto era celular, mas a partir do final dos anos 2000, esta liderança foi diminuindo.

O tempo foi passando, e a então líder viu iPhones e Androids tomarem seu lugar, enquanto ela errou mais uma vez, tentando com a Microsoft emplacar o Windows Phone, que tinha integração com o Xbox, mas que era bem mais limitado do que seus concorrentes, em seu sistema operacional e suporte de aplicativos. Assim, a Nokia foi adquirida, com seu negócio de telefonia, pela Microsoft em 2014.

E, apesar de tudo, a marca existe até hoje, com a sua marca estampando aparelhos, agora com Android, junto com um licenciamento da HMD Global. A Nokia, inclusive, continua comercializando, além de aparelhos e tablets atuais, os seus clássicos celulares, como o Nokia 110.

Inclusive, tem muitos aparelhos da Nokia disponíveis na Amazon, entre novos smartphones e o “básico com 4G” 2660. Vá lá conferir.

2 Respostas para “O N-Gage, a investida da Nokia no mundo dos games, completou 20 anos de vida”

  • 10 de outubro de 2023 às 22:04 -

    Helinux

  • Lembro de pegar emprestado de um amigo e jogar utilizando emulador no clássico The Revenge of Shinobi, valeu!!!!

  • 12 de outubro de 2023 às 11:46 -

    Marcus Crisostomo

  • Eu tenho um N-Gage de primeira geração q usei bastante de 2008 até 2010 quando troquei por um Blackberry. Pra usar como celular, usava um fone de ouvido pois era mais de boa de atender do que aquele jeito bizarro que eles chamavam de side-talk. Joguei muita coisa legal nele como Tomb Raider e Call of Duty na época. Era incrível como o hardware dele rodava esses jogos de forma fluída.

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