Além do Review Arkade: Red Dead Redemption 2 no PC – uma jornada fotográfica

30 de novembro de 2019
Além do Review Arkade: Red Dead Redemption 2 no PC - uma jornada fotográfica

Há pouco mais de um mês, no dia 26 de outubro, a Rockstar lançava nos PCs seu mais recente lançamento: Red Dead Redemtpion 2. Os PC gamers, que nunca receberam oficialmente o primeiro jogo da série, enfim puderam sentir a emoção de explorar o velho oeste idealizado pelos criadores de GTA.

A espera, felizmente, foi recompensada: o jogo não só roda muito bem nos PCs — desde que você tenha uma máquina boa o bastante para rodá-lo, claro — como ainda chegou com apetitosos extras, que por si só fazem valer a pena esta nova incursão pelo faroeste selvagem da Rockstar.

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Selvagem, mas animado!

Antes de prosseguir, quero deixar claro que isto não é uma análise de Red Dead Redemption 2 como jogo. Já temos uma publicada aqui no site. E já temos até uma discussão com spoilers sobre o jogo, em nossa coluna Depois do Fim. Nestes links você vai saber mais sobre como é o jogo Red Dead Redemption 2. Hoje, estamos aqui para falar sobre a versão PC dele, e, mais especificamente, sobre os adendos que ela recebeu.

O receio do recomeço

Eu já falei aqui, e repito: até hoje não consegui terminar Red Dead Redemption 2 (até por isso, quem assinou os textos linkados acima foi nosso amigo Junior). Já passou um ano que a versão para consoles foi lançada, o disco ainda está dentro do meu Xbox One X, mas eu nunca arrumei tempo para me dedicar a ele.

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Convenhamos: o início de RDR 2 não é lá dos mais empolgantes…

Não por acaso, foi Red Dead Redemption 2 que me inspirou a escrever o editorial A Difícil Missão de Zerar Jogos Muito Grandes — e foi um alívio ver que outras pessoas se identificaram com este problema. Há jogos que demandam muito mais tempo de que a gente dispõe depois que “vira adulto” e precisa trabalhar o dia todo para pagar boletos.

Justamente por isso, confesso que estava com medo de recomeçar Red Dead Redemption 2. O pessoal da Rockstar foi muito solícito em nos disponibilizar um código para análise, mas, após baixar os mais de 100GB do arquivo pelo Rockstar Games Launcher, foi com receio que eu iniciei o jogo. Eu lembrava que toda aquela introdução no gelo era meio chata, e saber disso já estava meio que tirando meu tesão pelo jogo.

O medo de não rodar bem

Além disso, há também os aspectos técnicos: desde que “me converti” à PC Master Race, eu montei um PC relativamente decente, mas não costumo jogar nada muito pesado nele simplesmente porque ainda sou, na maior parte do tempo, um gamer de console. Nada contra os PCs, é só que eu cresci com um controle na mão, não com teclado e mouse.

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O que os PC gamers querem fazer comigo ao ler isso

Enfim, o fato é: além da “preguiça” de reiniciar do zero a jornada de Arthur Morgan, eu ainda estava com medo de ter que rodar o jogo em uma qualidade muito baixa, com um desempenho inferior ao que eu obteria jogando no Xbox One X.

Felizmente, isso não aconteceu: como praticamente todo jogo de PC, Red Dead Redemption 2 traz uma infinidade de ajustes que podem ser feitos em texturas, iluminação, sombras, reflexos e diversos outros elementos visuais que, se deixados no “Ultra“, podem deixar o jogo muito pesado.

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Para quem não tem paciência de regular tudo isso, a Rockstar ainda colocou uma bem-vinda barrinha deslizante pela qual o jogador pode escolher se quer priorizar desempenho ou visual. Conforme arrasta este medidor para a esquerda ou para a direita, todos os outros (texturas, sombras, etc.) vão sendo automaticamente ajustados para otimizar a experiência do jogador de acordo com seu hardware. Há até um teste de benchmark com cenas do jogo, que você pode rodar para testar a eficiência das suas configurações.

A boa notícia é que eu consegui rodar o jogo bastante bem! Não alcanço um resultado realmente bom em 4K, mas jogando em “2K” (2048×1080), meu framerate está sempre entre 50~60, e o jogo roda muito bem, obrigado.

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Posso ver cada ponto na cara do John Marston

Ponto para Rockstar, que conseguiu fazer um bom trabalho de otimização para permitir que máquinas de diferentes potências rodem o jogo com qualidade. E isso é fundamental, porque, meu amigo, como esse jogo é bonito!

Claro que vai ter gente discordando, e o fato do jogo ter tido um lançamento atribulado no PC não ajuda. Mas também, há quem queira rodar o jogo com todo no Ultra, em um PC com o poder de processamento de uma torradeira! Sejamo mais humildes e realistas: ao adaptar o jogo ao poder do nosso hardware, dificilmente as coisas darão errado. E se ele não está tão bonito quanto poderia, a culpa deve ser mais sua/do seu PC do que da Rockstar. Eu botei umas sombras e folhagens no médio, fiz uns ajustes aqui e ali, e o jogo tá rodando de boas, em um PC que está bem longe de ser “da NASA“.

Redescobrindo o velho oeste

Passados estes medos iniciais, devo dizer que a versão PC de Red Dead Redemption 2 me fisgou de um jeito que não rolou na versão console. Não estou jogando com teclado e mouse (não me odeiem, PC gamers), mas usando um bom velho controle de Xbox One, e o framerate mais alto sem dúvida favorece bastante a experiência.

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Cowboy de cidade grande

Red Dead Redemption 2 chegou aos PCs com um punhado de conteúdos inéditos: há novas armas, novas montarias, novos mapas de tesouros e novas missões do tipo “caçador de recompensas”.

Isso sem falar na crescente comunidade de mods, que está empenhada em criar novidades para o jogo (ainda que isso deva ser feito com cuidado, pois quem for pego usando mods no Red Dead Online corre o risco de ser banido), como a possibilidade de controlarmos qualquer criatura, e até um mod inspirado em Undead Nightmare — e isso sem dúvida é só o começo, pois o jogo tem apenas 1 mês de vida no PC.

Uma jornada fotográfica

Mas não foi nada disso que me fez gostar mais desta nova versão de Red Dead Redemption 2. O que realmente agregou valor ao jogo para mim foi o Photo Mode. Este é o tipo de jogo que precisa de um Photo Mode para ser devidamente apreciado, e quem acompanha meus textos por aqui sabe que eu sou um fã deste recurso — de fato, tenho até uma conta no Instagram dedicada a isso.

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Além da indiscutível qualidade técnica do jogo, é o Photo Mode que está me mantendo interessado em Red Dead Redemption 2, de um jeito que eu não consegui ficar jogando nos consoles. Sendo honesto, acho uma baita sacanagem um recurso tão popular ser exclusivo de uma plataforma… porém, pelo menos o Photo Mode chegou, pois este é um jogo que MERECE ser apreciado e fotografado.

Ok, o Arthur carrega uma câmera para lá e para cá, mas isso não é Photo Mode. Eu quero poder pausar a ação a qualquer momento, mover a câmera, brincar com a profundidade de campo, alterar a saturação, colocar filtros, e por aí vai. Quero documentar minha passagem por aquele mundo do meu jeito, com o meu olhar.

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Boas fotos deixam o jogo ainda mais atmosférico e estiloso

As fotos que você confere ao longo deste artigo são quase todas de minha autoria, mas eu também peguei algumas de outros players lá no Rockstar Games Social Club só para evidenciar o talento dessa galera e o potencial artístico/cinematográfico que o um jogo deste naipe ganha com um Photo Mode de verdade.

Conclusão

Com tudo isso, quero dizer que não, eu ainda não terminei a campanha de Red Dead Redemption 2. Mas neste um mês jogando no PC eu já fui mais longe do que em um ano com o jogo no Xbox One X. E isso já diz muito sobre o quanto eu estou mais inclinado a ir até o fim nesta plataforma, documentando tudo. Sim, poder fotografar minhas aventuras tornou-se um diferencial e tanto para mim — aliás, segue lá meu perfil @gamesphotomode e acompanhe minhas jornadas fotográficas por games variados.

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“Mas Rodrigo, eu não me importo com Photo Mode. A versão PC tem algo que faça o jogo valer a pena para mim?” Bom, além dos conteúdos extras que eu já mencionei, o PC sem dúvida é a plataforma capaz de oferecer o melhor desempenho (4K a 60fps), e isso por si só já é um diferencial e tanto.

Mas, independente disso, Red Dead Redemption 2 é um baita jogo. Seu ritmo é lento, e ele demanda uma entrega (e um tempo) considerável do jogador, mas recompensa este esforço com uma grande história, personagens marcantes e o que sem dúvida é um dos mundos mais belos e exuberantes já criados para um jogo de videogame.

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Só para comprovar que eu não estou exagerando

Então, jogue onde puder. Mas se quiser o melhor desempenho (e Photo Mode <3), jogue no PC. A qualidade gráfica é insana, e o port foi muito bem otimizado. Você não vai se arrepender.

Red Dead Redemption 2 está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC, e traz menus e legendas em português brasileiro em todas as plataformas.

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